BLOQUEADOR DE AR NÃO REDUZ CONSUMO
DE ÁGUA, APONTAM TESTES DA UNB
Bloqueador de ar não reduz consumo de água, apontam testes da UnB
Estudo encomendado pela Adasa (Agência Reguladora de Águas, Energia e
Saneamento Básico do Distrito federal) a pesquisadores da Universidade de
Brasília sobre o emprego de equipamentos eliminadores e bloqueadores de ar em
ramais prediais de sistemas públicos de abastecimento de água aponta a
ineficácia desses dispositivos.
Existe à venda no mercado nacional alguns equipamentos que se destinam,
segundo os seus fabricantes, a fazer com que os hidrômetros prediais não meçam
a passagem de ar como se fosse de água, reduzindo, portanto, o volume de água
medido pelo hidrômetro e que é cobrado pela concessionária do serviço de
abastecimento de água.
O Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da UnB avaliou os
produtos disponíveis no mercado nacional e foi verificado que os dispositivos
testados podem acarretar problemas nos padrões de potabilidade da água, pois
podem ser contaminados pelo meio externo devido à entrada de impurezas através
de aberturas existentes no corpo do aparelho. Observou-se também que esse
acionamento dos hidrômetros pelo ar implica acréscimo pouco significativo no
volume total registrado no hidrômetro.
Considerando os problemas apresentados pelos equipamentos de eliminação
de ar e pela pouca significância dos valores acrescidos nas leituras pelo ar
expulso das redes, não se justifica a utilização desse tipo de dispositivo,
segundo os pesquisadores da UnB.
É necessário ressaltar que é normal que o ar entre no sistema de
abastecimento de água, de forma misturada ou solubilizada com a água, por
questões físicas e químicas. Além disso, nenhum dos dispositivos estudados
possui qualquer tipo de certificação ou de normatização do INMETRO (Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).