ELEIÇÕES EM BRASÍLIA
BRIGADEIRO ÁTILA MAIA ENFRENTA PODEROSOS NA DISPUTA PARA O
SENADO
Brigadeiro Átila Maia pontua com 3% para o Senado
Na eleição de 2014 no país, 888 militares de diversas
patentes e de todas as forças se colocaram como candidatos. Em 2018, segundo o
TSE, são 990 militares que concorrem a todos os cargos, ou seja; de deputado
estadual e distrital ao cargo máximo que é presidente da República, o que
corresponde a um acréscimo de 11%. A tomada do poder pelos militares por meio
do processo democrático não é um pensamento só da caserna, mas também daqueles
que entendem que os militares deixaram legado importante nos 21 anos que
comandaram o país (1964/1985).
Vale ressaltar que a ditadura militar restringiu o direito do
voto, a participação popular e reprimiu com muita autoridade todos os
movimentos de oposição. Mas 33 anos após o regime militar, tudo indica que
parte significativa de nosso povo tem saudade desse período de nossa história.
A ascensão do capitão do Exército Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas para
presidente da República é um exemplo clássico. Ele é o segundo colocado em
todas as pesquisas nacionais e só perde para o ex-presidente Lula (PT),
encarcerado em Curitiba e com poucas chances de sair candidato.
Átila Maia enfrenta poderosos com poucos recursos financeiros
Na pesquisa da Datafolha, do dia 22 de agosto, Luiz Inácio
Lula da Silva lidera com 39% de intenção de votos, enquanto que o capitão Jair
Bolsonaro é o segundo colocado com 19%. Neste sentido, diversas empresas de
pesquisas são categóricas em afirmar que Lula transfere para Fernando Haddad
(PT), percentuais que variam de 30% a 35% de seus votos, o que consolida a
candidatura de Haddad com 11% e 14% respectivamente. Com esta análise, fica claro
que Fernando Haddad e Jair Bolsonaro disputarão o segundo turno. A não ser que
ocorra um grande terremoto em Curitiba, para impedir a transferência de votos
de Lula para Haddad e uma desconstrução em 40 dias pelos políticos de centro da
candidatura de Bolsonaro, o que é pouco provável! Veja bem: Marina Silva
(REDE), Ciro Gomes do PDT, Geraldo Alkmin (PSDB), Henrique Meirelles do MDB e
Álvaro Dias do Podemos não apresentam fatos novos para um crescimento e indicam
patinar nas pesquisas até o dia 7 de outubro. Enquanto isso, a caserna e seus
aliados travam uma disputa contra a militância petista, que é implacável!
Vale ressaltar que a nova ordem mundial permitiu mudanças
efetivas no sistema de comunicação em nosso país, onde as redes sociais estão
dominadas pelos que estão com a caserna e os que estão contra.
Os contrários, a
maioria reza na cartilha de Lula da Silva, que por meio das cartas do cárcere
comanda blogueiros de plantão nos 5570 municípios brasileiros.
O blogueiro-mor,
Paulo Henrique Amorim, funciona como porta voz da campanha: Lula é Haddad e
Haddad é Lula! A estratégia avança e impede o crescimento de Marina e de Ciro
principalmente. Com isso, a militância se anima a cada dia. Centenas de Paulos
Henriques Amorins surgem nos 27 estados da federação, ao tempo em que fabricam
milhões de Lulas que se transformarão em Haddad no dia 7 de outubro. Nesta
seara, a palavra de ordem, tanto na caserna como na militância petista, é a
obediência. Obediência aos dois líderes do momento: Lula e Bolsonaro, que comandam
os brasis divididos.
O jornalista e blogueiro, Paulo Henrique Amorim
Foi neste clima que estivemos na sede nacional do PRTB,
localizado em um belo edifício comercial, no Setor Hoteleiro Norte no DF,
quando entrevistamos o brigadeiro Átila Maia, candidato ao Senado pelo PRTB,
mesmo partido do vice de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão. É importante
lembrar que o brigadeiro Átila, exerceu fora da caserna diversas atividades,
entre as quais assessorou a Aeronáutica durante 25 anos no Congresso Nacional e
foi o vice-ministro da Pesca, tendo como titular o atual prefeito do Rio de
Janeiro, Marcelo Crivella. O brigadeiro também é autor de um livro intitulado -
Enfrentar: A Única Possibilidade. Em sua obra, Átila mostra de forma clara que
a maioria das pessoas tem dificuldades de resolver os seus próprios problemas.
Ele ensina a arte de transformar a dor, o medo, a frustração, a decepção e a
perda em energia realizadora, em favor da vitória final.
Pedimos ao amigo pessoal de Jair Bolsonaro que falasse sobre
o seu projeto rumo ao Senado pelo PRTB. De forma sempre alerta e antenado com o
pensamento militar e também conhecedor do pensamento de fora da caserna, Átila
foi direto ao assunto: “Eu me preparei para este momento. Cumpri a minha missão
na carreira militar e convivo com o mundo da política há 25 anos, quando tive a
oportunidade de trabalhar como assessor parlamentar da Aeronáutica no Congresso
Nacional. Esta candidatura que abraço com muita fé representa uma oportunidade
única para mim e também para o eleitor brasiliense que conheceu e está
conhecendo na campanha o trabalho que prestei ao Brasil. Por meio de minha
experiência, certamente ainda posso contribuir muito. Estou disponibilizando o
meu nome, a minha capacidade técnica e minha credibilidade ao povo de Brasília.
Percebo nestes poucos dias da pré-campanha e agora em plena campanha rumo ao
Senado, que apesar de ser um enfrentamento contra os poderosos da política, o
nosso projeto está dando certo, pois já tenho 3% na maioria das pesquisas”, argumentou.
Perguntamos ao candidato Átila Maia qual a mágica que ele
está fazendo para pontuar nas pesquisas enfrentando políticos profissionais e,
um deles, o candidato mais rico do Brasil, superando inclusive a fortuna de
todos os presidenciáveis. Ele respondeu de forma descontraída: “Embora eu já
esteja à frente de pessoas conhecidas da política brasiliense, eu só gastei com
a gasolina de meu automóvel, pois participo de diversas reuniões todos os dias
no DF. É por meio de meu celular que disparo a maioria das notícias minhas que
são lidas pelos eleitores na internet. Os textos são de minha autoria, sou o
cinegrafista, o fotógrafo e o motorista de minha campanha. Estou produzindo
pessoalmente meu material que entregarei pelas ruas de Brasília de mão em mão.
Estou inscrito na plataforma de doações populares de onde vou tirar o sustento
de minha campanha. Trata-se de uma doação simbólica de R$ 2,81. Este é também o
meu número e o meu eleitor poderá digitar na urna. Quem quiser doar uma
quantidade maior, basta conservar o final do número. Por exemplo, caso ele
tenha a intenção de doar entre duzentos e cinquenta e trezentos reais, a opção
seria R$ 281,00, ou R$ 1.281,00 , se tiver a intenção de ser mais de mil reais.
Acredito na mudança e tenho a convicção de que a mudança ocorrerá,
independentemente do poder econômico”, arrematou Átila Maia.
Referente à candidatura do capitão Bolsonaro para presidente
da República, o brigadeiro Maia pontuou: “Trata-se de uma candidatura legítima
que representa muito bem os anseios da sociedade neste momento de instabilidade
política e econômica, além da corrupção que é um câncer que impede o
desenvolvimento da nação. Bolsonaro tem serviços prestados ao país, estou com
ele e acredito firmemente em sua vitória. Ele escolheu como vice o general do
Exército Hamilton Mourão, que pertence ao meu partido, o PRTB. Obviamente que
um militar de alta patente complementa e fortalece a chapa do Bolsonaro.
Estamos portanto na mesma coligação no plano nacional. No plano local eu apoio
o general Paulo Chagas, que tem possibilidades reais de virar o jogo e vencer a
disputa para o Palácio do Buriti. Acrescento ainda que a primeira suplente na
minha chapa é a professora da rede educacional de Brasília, Sulamita Muniz”,
disse Átila.
Perguntamos ao candidato do PRTB se a segurança pública tem
que ser focada na prisão de delinquentes. Ele argumentou de forma categórica:
“Os governantes precisam entender que segurança pública é um conjunto de
medidas, pois não adianta apenas combater a criminalidade, se não tivermos uma
boa escola para todos, bem como a saúde pública de qualidade e emprego para o
nosso povo. Por isso precisamos desenvolver atividades econômicas em todo o DF
e incentivar indústrias na região metropolitana de Brasília. As pessoas
precisam ter empregos e receber dinheiro para o seu sustento. Caso contrário, a
alternativa será a marginalidade. Isso precisa ser ajustado. A juventude
brasiliense tem vocação para a tecnologia. Portanto, precisamos de criar aqui
um grande parque tecnológico, que vai propiciar emprego e renda. Outra saída
para dar emprego ao nosso povo seria a realização de grandes eventos nacionais
e até internacionais, pois aqui, durante seis meses, não cai um gota d’água, o
que facilita abrigar eventos de grande porte”, opinou Maia.
A primeira suplente Sulamita Muniz e Átila Maia - 281
Nas despedidas desta entrevista, o brigadeiro disse que
durante os 25 anos em que assessorou a Força Aérea Brasileira no Congresso
Nacional, sua maior referência foi o saudoso senador Antônio Carlos Magalhães,
pois era um político decidido, organizado e amava o seu trabalho no Congresso.
“Não conheci nenhum outro igual. Aproveito para me despedir, oportunidade em
que agradeço o espaço do jornal Diário da Manhã. Aos eleitores eu digo o
seguinte: a decisão nas urnas no dia 7 de outubro é de cada um de nós. Você
decide se quer mudar ou não”, concluiu.
Por: Walter Brito