A CRISE DE IDEOLOGIA, IMAGEM E DE INTERESSES POLÍTICOS NA CAMPANHA DO DF.
Partido ameaça tirar tempo de TV de
quem não mostrar apoio a majoritários
Com alta rejeição dos eleitores, o nome do governador Agnelo Queiroz (PT),
candidato à reeleição, quase não tem aparecido no material de campanha da
coligação Respeito por Brasília, principalmente no dos companheiros do próprio
partido. Por este motivo, os petistas foram
notificados para que façam a correção o mais rápido possível, sob pena de
perderem tempo de propaganda na TV. "E pode haver sanção maior, que pode
chegar à suspensão da candidatura", diz o presidente do PT-DF, deputado
federal Policarpo, que também tenta a reeleição.
"Tem que ter pelo menos 10% de espaço para os majoritários", explica Policarpo. "O PT-DF baixou uma resolução e mandamos carta registrada para cada candidato". O prazo, segundo ele, não foi especificado, mas os materiais de campanha serão observados pelo diretório regional. "No primeiro momento, vamos tirar o tempo de TV", ameaça.
Para o presidente do PT, mais importante que as candidatura dos proporcionais é a dos majoritários. "Estamos numa coligação cujo objetivo central é ganhar o governo. Nós temos um projeto, que é a eleição da Dilma (Rousseff, presidente e candidata à reeleição) e do Agnelo", opina Policarpo.
Velocidade atrapalha
A campanha do distrital Patrício (PT) diz que ainda não foi notificada sobre a orientação do partido. Mas garante que apenas o material confeccionado antes do dia 10 de julho não menciona os majoritários. O petista frisa que a legislação não obriga que os proporcionais façam a citação, mas que suas placas obedecem à orientação do partido.
"Apenas nas placas que ficam em vias expressas têm cavaletes sem menção aos majoritários", argumenta Patrício. "O espaço é pequeno e os carros passam em velocidade alta", explica.
"Tem que ter pelo menos 10% de espaço para os majoritários", explica Policarpo. "O PT-DF baixou uma resolução e mandamos carta registrada para cada candidato". O prazo, segundo ele, não foi especificado, mas os materiais de campanha serão observados pelo diretório regional. "No primeiro momento, vamos tirar o tempo de TV", ameaça.
Para o presidente do PT, mais importante que as candidatura dos proporcionais é a dos majoritários. "Estamos numa coligação cujo objetivo central é ganhar o governo. Nós temos um projeto, que é a eleição da Dilma (Rousseff, presidente e candidata à reeleição) e do Agnelo", opina Policarpo.
Velocidade atrapalha
A campanha do distrital Patrício (PT) diz que ainda não foi notificada sobre a orientação do partido. Mas garante que apenas o material confeccionado antes do dia 10 de julho não menciona os majoritários. O petista frisa que a legislação não obriga que os proporcionais façam a citação, mas que suas placas obedecem à orientação do partido.
"Apenas nas placas que ficam em vias expressas têm cavaletes sem menção aos majoritários", argumenta Patrício. "O espaço é pequeno e os carros passam em velocidade alta", explica.
Alto índice de rejeição
Sem se identificarem, assessores de candidatos petistas dizem
que associar o nome dos políticos à imagem do governador Agnelo Queiroz não tem
sido bom negócio, considerando o alto índice de rejeição do petista. A última
pesquisa do Instituto Datafolha mostrou que 48% dos eleitores do DF não
votariam nele de jeito nenhum. A direção do partido, no entanto, segundo dizem
os assessores, têm obrigado os candidatos até a gravarem seus programas de TV
no mesmo estúdio, para garantir a “identidade visual”.
Saiba mais
O Jornal de Brasília já havia mostrado, na edição do dia 25
de julho deste ano, que o PT vive uma crise de imagem. E que, na tentativa de
se desvencilhar da já velha forma de fazer política, candidatos petistas eram,
inclusive, orientados por suas equipes de marketing a se vestirem com mais
sobriedade, livrando-se, principalmente, da famigerada cor vermelha.
Millena Lopes — Jornal de Brasília
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