O TROCO DO PT, ENQUANTO A DIREITA SE
ESFACELA! CORTINA DE FUMAÇA OU MAIS UMA
GRANDE E INDIGESTA PIZZA?
Como e porque o PT quer
dar o troco do mensalão de 2008 aos democratas
e tucanos.
(Redigi esse artigo, para
mostrar e tentar entender a grande confusão e tiroteios verbais cuja única
ideologia doutrinária, parece ser o interesse financeiro de partidos, corruptores
e corrompidos, que procuram cada qual a seu tempo dar o troco pela denúncia do escândalo
dos adversários-
Carlão-Sam)
A foto que todo eleitor deveria
guardar: Sérgio Cabral e a turma de amigos apontados pelo bicheiro Cachoeira, se esbaldam em Paris.
Enquanto
a direita se esfacela no Brasil e surgem todos os dias novos focos da influência
do todo-poderoso Carlinhos Cachoeira, que com seus tentáculos que enlaçam,
delegados de polícia, federal e civil, deputados e senadores, pequenos e grandes
empresários e se vê até o governador de Goiás, que posava de impoluto e
defensor da democracia, dos direitos do humildes e agora envolvido, manda
censurar redes sociais (como se fora
possível cercear a liberdade total da rede mundial de computadores), fica
uma grande pergunta a e3coar por esse país tropical: quem é mais errado, ou
corrompeu e roubou mais? Qual dos “mensalões” foi o mais descarado e pesado?
E lá se vai a
esperança, especialmente quando o povo, o simples e enganado trabalhador
brasileiro, donas de casa e quem não tem as chaves do cofre e do poder para
distribuir aos amigos, enganar, usar subterfúgios e manhas de todo tipo no dia
a dia e por quatro anos, após prometer novos caminhos e democracia plena, vê
até mesmo nas mais altas e intocáveis esferas do poder, a justiça e seus
portentosos tribunais superiores, respingarem
lamas e tentar amordaçar o CNJ, cuja destemida e aguerrida primeira guerreira,
vai de encontro a interesses inconfessáveis, pagamentos falsificados e
falcatruas de todo tipo.
Mas os dragões do desmando, da bandalheira e
da corrupção tão enraizada neste como nos governos anteriores independente das
cores, são muito grandes e espalhados por cada rincão do país, onde a voz comum
do povo não consegue exercer vigilância.
Fato é, que cada partido tem suas táticas e
seus mentores e suas doutrinas para tentar eternizar-se no poder, como os
idealistas de direita, com suas estratégias neoliberais da globalização econômica,
ou como agora no presente quadro político brasileiro, a esquerda com seus
dogmas, nascidos de Karl Max, Gramsci, Lênin, Trotsky e outros, igualmente com
pendores e estratégias para se eternizar no poder, como já dizia há séculos, o
brilhante Franz Kafka: O poder e o prazer, buscam a eternidade”.
E
com certeza, no momento da chegada de qualquer um deles ao poder, erguendo-se a
taça da vitória nas urnas, sempre supostamente vestidas de democracia, com certeza o único que não é lembrado
nessa hora é o povo.
E das
pizzas feitas em cada CPI, esse mesmo povo só sente mesmo, depois da divulgação
dos sempre ridículos resultados, o cheiro.
Eles
roubam, brigam e dão o troco; mas quem providencia sempre o pagamento, somos
nós!
Leia agora o artigo abaixo,
de Reinaldo Azevedo e entenda como se dá hoje no mundo e no Brasil os caminhos
que levam, especialmente a esquerda a planejar a perpetuação no poder, pelos fundamentos de
seus ideólogos.
By, Karlão Sam
ARTIGO REINALDO
AZEVEDO
O MURO CAIU, MAS A AMORALIDADE DA ESQUERDA SOBREVIVE
O MURO CAIU, MAS A AMORALIDADE DA ESQUERDA SOBREVIVE
"Os
petistas não reconhecem os direitos de um sujeito na sua particularidade. Não
existem indivíduos, mas categorias. É uma sindicalização do espírito, de
corporativismo anímico"
VEJA TAMBÉM
|
A campanha a
que o PT recorreu contra o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, indagando se
ele tinha mulher e filhos é expressão da amoralidade de seus promotores. Mas
também é fruto de uma mentalidade que antecede os amorais da hora: nela, o
indivíduo está morto. Voltarei a este ponto. Antes, convido o leitor a um
passeio pela paisagem ideológica que abriga esta narrativa. Na semana passada,
em entrevista a um jornal paulistano, a petista disfarçada de intelectual Maria
Victoria Benevides explicou a reeleição do prefeito do DEM segundo a ótica da
patologia social: para ela, estivesse o eleitor mais bem informado sobre os
seus próprios interesses, e fossem as elites paulistanas menos reacionárias, a
eleita teria sido a petista Marta Suplicy. Para essa senhora, ou os vitoriosos
são de seu partido, ou a democracia está com uma doença regressiva. Algo a
estranhar?
Não. A
história da esquerda é a história do esmagamento do indivíduo e do homem que
há, com suas precariedades, em nome do homem a haver, livre de
"deformações". Seus utopistas nunca viram o horror, o massacre e a
morte de milhões como empecilhos para construir esse "novo homem".
"Só a esquerda?", logo indagaria um inconformado. Não. A direita
também cometeu crimes hediondos. A diferença, o que não a perdoa moralmente, é
que nunca reivindicou a condição de um novo humanismo. Em termos um tanto
especulativos, pode-se dizer que a direita reacionária – já que existe a
reformista – matou para tentar reconstruir o passado, e a esquerda
revolucionária, dezenas de vezes mais para construir o futuro. Outra diferença
nada ligeira é que o fascismo, felizmente, não deixou senão defensores
residuais e sem importância. Já os epígonos intelectuais do socialismo
homicida, como se nota acima, estão na academia, na imprensa, nos governos e
integram o establishment das democracias, construídas à sua revelia. Afinal, o
regime democrático é obra do liberalismo. "Que papo mais antigo, Reinaldo!
O muro já caiu!" É fato. Mas a amoralidade da esquerda sobreviveu aos
escombros.
Aquele mesmo aparelho intelectual que sustentou a sua facinorosa trajetória continua vivo, ainda que se adapte às circunstâncias de cada país e consiga disfarçar o seu caráter deletério. A débâcle socialista obrigou os "engenheiros de gente" a procurar outro lugar onde pôr a sua "luta de classes". Os esquerdistas desviaram o foco das relações econômicas para a esfera das relações sociais. De certo modo, inverteu-se a equação clássica segundo a qual, para ser muito sintético, seria preciso fazer a revolução na economia para mudar as mentalidades. Incapazes de operar na base econômica, decidiram tentar o contrário: "Primeiro mudamos as mentalidades; o resto vem como conseqüência". Bem, "o resto" não veio nem virá. O máximo que esse esquerdismo bocó consegue é tornar o mundo mais xucro. De comum com o seu passado remoto, o mesmo desprezo pelos indivíduos.
Comecemos a
ligar os fios. Mergulhemos, ainda que com o devido cuidado, na mentalidade do
PT, caudatário desse pensamento que aposta na reengenharia do homem. Uma das
vertentes formadoras do partido são os chamados "movimentos sociais",
onde se incluem as "minorias organizadas", antigamente chamadas de
"coletivos": havia o das mulheres, o dos negros, o dos homossexuais
etc. Hoje, converteram-se em ONGs subordinadas ao partido. Os petistas,
sabemos, não viram mal nenhum em fazer ilações sobre a vida pessoal de Kassab.
Tentaram ainda conferir ao que pretendiam ser uma pecha o caráter de coisa
escusa, sub-reptícia, ilegal.
Por que o
partido que um dia se notabilizou pela defesa dos chamados "direitos dos
homossexuais" atribui tal condição a um adversário, fazendo-o de maneira
oblíqua, covarde e com o óbvio objetivo de desqualificá-lo? Essa gente sabe
que, diante do preconceito, todas as respostas se igualam: negar, ignorar ou
confirmar têm peso idêntico. O que se quer é disparar a máquina do medo ou da
repulsa irracionais. Nas batalhas mediadas por uma ética – e até as guerras têm
a sua –, há coisas que não podem ser feitas. Mas, para tanto, é preciso ter uma
ética. Trata-se daquele conjunto de interdições e permissões que tanto eu como
meu adversário reconhecemos como aceitáveis e justas. Se esse acordo entre
desiguais está presente até na guerra, isso significa que, sem ele, também não
se faz a paz – e a democracia se torna impossível. A ditadura nada mais é do
que um desequilíbrio de valores: "Eu posso fazer o que ao outro é
vedado". O PT substituiu a ética pela administração das necessidades da
hora, pelo presente eterno. Retomo a questão na conclusão do texto.
Creio ter a
resposta para a pergunta que abre o parágrafo anterior. Os petistas não
reconhecem os direitos de um sujeito na sua particularidade. Aceitam, por
exemplo, a homossexualidade, mas como condição geradora de demandas, o que está
longe de ser sinônimo de respeito ao homossexual na sua especificidade. Assim,
o gay, para ser admitido no mundo dos justos, precisa ser um militante:
exposto, "assumido", porta-voz de uma causa, carregando bandeira. Um
negro tem de trazer a escravidão estampada na alma. Ou negará a si mesmo.
Também à mulher cabe se organizar contra o seu feitor. Não existem indivíduos,
mas categorias. É uma espécie de sindicalização do espírito, de corporativismo
anímico. É preciso que as "minorias" sejam dotadas de um rancor
escravo que as torne dependentes existenciais de seus algozes. O ódio
impotente, que tem de conquistar na marra o que supostamente lhe falta, está na
origem de uma nunca contada história sentimental das esquerdas. Uma das filhas
de Karl Marx relata que o pai lhes ensinava que Cristo era o filho de um
carpinteiro pobre assassinado pelos ricos... Não tinha como dar em boa coisa.
Estaria eu
surpreso ou chocado com a baixaria do PT? Não. Como vêem, considero isso um
ponto numa longa trajetória. E o partido repetirá o procedimento, com conteúdo
novo, tão logo considere necessário. Nessa mesma campanha, os valentes fizeram
coisa ainda pior: acusaram a prefeitura de São Paulo de discriminar negras na
hora do parto. E que fique claro: não me alinho àqueles que acreditam ou
defendem que a política deva ter receio de tratar deste ou daquele tema. Em
princípio, todas as questões são "politizáveis" e podem passar pelo
escrutínio popular. Num país em que a nova aristocracia sindical, ora abraçada
ao velho mandonismo, pretende chamar de vida privada o que não passa de vício
público, é preciso tomar especial cuidado ao estabelecer as justas fronteiras
entre o individual e o coletivo.
Se a amante
de um parlamentar com poder de interferência nos negócios da República tem a
pensão alimentícia paga por uma empreiteira; se uma concessionária de serviço
público faz negócio com o filho de um político com autoridade sobre essa
empresa; ou, ainda, se a vida privada de um homem público influente está em
flagrante contradição com sua pregação, tanto o jornalismo como os adversários
desses "representantes do povo" têm o direito – e o dever – de levar
a questão à arena, à ágora da democracia. Errado é silenciar. Se, no sentido em
que trato, todos os assuntos cabem à política, isso não significa ausência de
medidas.
E qual é a
régua? Justamente a ética, que estabelece as regras, muitas delas não escritas,
da convivência pública entre as diferenças. Não se vendo o PT, no entanto,
obrigado a dispensar ao outro o respeito que exige para si mesmo, também não se
sente comprometido com a sua própria trajetória, rendendo-se à lei da
necessidade: "Perca-se a vergonha, mas não a eleição". Nesse juízo
perturbado, o escrúpulo é uma herança da cultura que deve incomodar apenas as
sandálias da "direita", assim como a coerência é uma cruz que deve
pesar exclusivamente sobre os seus ombros. De um modo muito particular, o PT
acerta neste caso: ter princípios é mesmo algo próprio da direita democrática,
tanto quanto não os ter constitui a verdadeira tradição das esquerdas.