A VIOLÊNCIA PERTO DE NÓS.
Há alguns anos em conversa entre políticos e lideranças,
esse jornalista e editor, chamava a atenção
para um comparativo que até então, ninguém levava
a sério; o DF estaria a caminho de ver o seu entorno
crescer, ou melhor “inchar”, vindo a sofrer dos mesmos
e crônicos problemas que vivem hoje todas as capitais
brasileiras e mais especialmente, Rio de Janeiro,São Paulo e
Belo Horizonte; a violência descontrolada
e o quase fim do respeito aos mais elementares direitos
humanos.
Algo como que, quase a volta a barbárie e
a selvageria dos crimes hediondos. Isso dito em tom
de análise, e de comparação entre o que éramos e o
que acontece hoje em dia rotineiramente.
Até o final da década passada, os grandes crimes, os hediondos,
aqueles com requinte de crueldade, e que ficam na cabeça
das pessoas por muito tempo, até mesmo pela constância com que a mídia, hoje bem mais ampla e profunda em seu alcance globalizado, bate e rebate sobre eles, como o recentemente acontecido numa escola
no Rio de Janeiro, estes eram um fato distante, bem
distante para a realidade do Distrito Federal. Um dos
que ficaram marcados na memória e nos anais policiais
da cidade, o da menina Ana Lídia Braga, até hoje
não solucionado, e segundo o que se comenta, não
teve um desfecho em função de envolver parentes de
altas autoridades ligadas ao regime ditatorial militar,
o chamado período dos “anos de chumbo”, no qual as
informações eram filtradas antes de chegar a imprensa
e a população, algo mais ou menos do tipo, “não
pense, se pensar não fale; se falar, fale baixo”. Nossa
cidade, bem como outras ao redor, não passavam de
esboços e sonho, enquanto levavam-se anos até que crimes como o de Ana Lídia Braga, se repetissem.
E a cidade viveu assim por muito tempo, sem levar sustos
com crimes do peso dos que aconteceram no ano
passado em Luziânia, quando seis adolescentes foram
chacinados, por um maníaco, que depois de preso,
apareceu morto numa cela da cadeia local. E como
se fosse um filme de horror, da noite para o dia, eles
passaram a suceder, aqui e em todo o entorno do DF,
mas de forma mais gritante e acentuada, em cidades
que antes não passavam de bucólicos dormitórios de
uma população que parecia vir tranquilamente ao DF,
ganhar o seu pão, e voltava para dormir e descansar no entorno
de forma plácida nas suas quase despercebidas
cidades. De repente, passamos a descobrir, que
o entorno do DF, tem vida, tem gente como a gente, e
tem morte. Muitas mortes, e dos tipos mais assustadores,
em plena luz do dia, sem nenhum sinal de respeito
pela vida humana e pelas pessoas ao redor, e sequer
pelas autoridades. Como as que aconteceram de novo
em Luziânia recentemente, com mais duas adolescentes assassinadas, estupradas e com suas gargantas cortadas.
Um novo e repetido festival de bestialidades contra jovens inocentes
E de novo e sem respostas, a população do entorno, inchado de problemas, esquecido pelo governo de Goiás, jogadas em suas cidades qual gado, sem direitos básicos, vê seus filhos sem segurança, sem saúde e que agora já não podem sequer ir a escola tentar ser cidadãos decentes e de futuro, e que olham para o DF, quase a implorar por socorro. O DF de um novo governo eleito pelo povo, mas que herdou um buraco orçamentário gigantesco, igualmente recheado de problemas parecidos com os do entorno, frutos do desgoverno passado cujas falcatruas continuam a aparecer, e que desde o seu inicio neste ano, manquitola administrativamente, tentando ficar de pé, e vislumbrar soluções para a crise moral e ética sem precedentes, herdada do pior governo dos seus 51 anos de vida, que corroeu qual câncer ainda não debelado, até mesmo a casa que deveria fazer e honrar suas leis, numa relação sórdida e putrefata, entre Legislativo e Executivo. E foi em pronunciamento nesta mesma Câmara Legislativa em 2008, que o deputado
distrital Chico Leite também alertava para o crescimento desordenado e o aumento da violência no entorno, que viria a se refletir sobre o DF.
Estupro com violência, mortes com requintes de crueldade, mulheres
assassinadas e incendiadas, adolescentes envolvidos com drogas e mortos após serem torturados, frentistas mortos após serem roubados em míseros tostões, em seus locais de trabalho, maridos e ex-maridos matando
suas mulheres, ou ex-esposas e suicidando-se em seguida, patrão matando empregado e vice-versa, e até mesmo um grande empresário, outrora responsável pelo crescimento da cidade, sendo preso e condenado
por assassinar aqueles que reivindicavam seus direitos.
E deixando no ar um que de espanto, nós os cidadãos, que custeamos toda esta gigantesca estrutura de privilégios, mordomias e saques aos nossos
impostos, tão bem cobrados pelo estado arrecadador, fiscalizador e punidor, já convivemos até mesmo com casos em que, aqueles que deveriam fazer nossas leis, exerceram seus mandatos, levando sobre suas cabeças, a nuvem da suspeição por acusações de homicídios.
Os padrões morais e éticos estão sendo abalados?
As pessoas se perguntam: Em quem confiar?
No padre? Na policia? No promotor? No jornalista? No lavador de carros? Difícil a resposta, quando se lembra de que, quase todas estas categorias que compõem o tecido social, algumas durante muito muito tempo,
donas de altos níveis de isenção e credibilidade popular, surgem agora indícios de envolvimento de seus componentes, antes plenamente confiáveis, em todos esses fatos. E não se pode perder de vista o fato de
que, mesmo sem respostas e soluções para estes problemas,
três de seus componentes medulares, saltam aos olhos; a queda da qualidade do ensino, a falta de oportunidade de trabalho para a grande massa humana que campeia pelas grandes periferias e invasões nas
grandes capitais, e o aumento desenfreado e precoce
do uso de drogas, que está minando uma geração inteira
de jovens, alimentada pelo baixo custo da droga,
proporcional ao aumento dos crimes que conduzem
aos recursos para adquiri-la.
Portanto, fica o alerta de que para se recompor o tecido social corrompido
velozmente, é necessário primeiro, restaurar valores e oportunidades perdidas e comprovadas pelo baixo nível de aprendizado atual em nossas escolas, onde não existe mais, a hora da leitura, os ditados, a saudável
obrigação de ler livros, jornais e revistas, a falta da antiga Educação Moral e Cívica, a religiosidade perdida, delegando a último plano enfim, os valores morais que durante tantos anos, formaram os grande homens
e nomes públicos desse país. Sem alerta, sem pânico; é preciso uma revolução moral espiritual e de valores humanos, como no iluminismo e na renascença. O ser humano, a família, e o amor ao país em primeiro lugar,com a força de um tsunami direto na alma, corações e
mentes dos que governam e são governados.
KARLÃO-SAM.
Há alguns anos em conversa entre políticos e lideranças,
esse jornalista e editor, chamava a atenção
para um comparativo que até então, ninguém levava
a sério; o DF estaria a caminho de ver o seu entorno
crescer, ou melhor “inchar”, vindo a sofrer dos mesmos
e crônicos problemas que vivem hoje todas as capitais
brasileiras e mais especialmente, Rio de Janeiro,São Paulo e
Belo Horizonte; a violência descontrolada
e o quase fim do respeito aos mais elementares direitos
humanos.
Algo como que, quase a volta a barbárie e
a selvageria dos crimes hediondos. Isso dito em tom
de análise, e de comparação entre o que éramos e o
que acontece hoje em dia rotineiramente.
Até o final da década passada, os grandes crimes, os hediondos,
aqueles com requinte de crueldade, e que ficam na cabeça
das pessoas por muito tempo, até mesmo pela constância com que a mídia, hoje bem mais ampla e profunda em seu alcance globalizado, bate e rebate sobre eles, como o recentemente acontecido numa escola
no Rio de Janeiro, estes eram um fato distante, bem
distante para a realidade do Distrito Federal. Um dos
que ficaram marcados na memória e nos anais policiais
da cidade, o da menina Ana Lídia Braga, até hoje
não solucionado, e segundo o que se comenta, não
teve um desfecho em função de envolver parentes de
altas autoridades ligadas ao regime ditatorial militar,
o chamado período dos “anos de chumbo”, no qual as
informações eram filtradas antes de chegar a imprensa
e a população, algo mais ou menos do tipo, “não
pense, se pensar não fale; se falar, fale baixo”. Nossa
cidade, bem como outras ao redor, não passavam de
esboços e sonho, enquanto levavam-se anos até que crimes como o de Ana Lídia Braga, se repetissem.
E a cidade viveu assim por muito tempo, sem levar sustos
com crimes do peso dos que aconteceram no ano
passado em Luziânia, quando seis adolescentes foram
chacinados, por um maníaco, que depois de preso,
apareceu morto numa cela da cadeia local. E como
se fosse um filme de horror, da noite para o dia, eles
passaram a suceder, aqui e em todo o entorno do DF,
mas de forma mais gritante e acentuada, em cidades
que antes não passavam de bucólicos dormitórios de
uma população que parecia vir tranquilamente ao DF,
ganhar o seu pão, e voltava para dormir e descansar no entorno
de forma plácida nas suas quase despercebidas
cidades. De repente, passamos a descobrir, que
o entorno do DF, tem vida, tem gente como a gente, e
tem morte. Muitas mortes, e dos tipos mais assustadores,
em plena luz do dia, sem nenhum sinal de respeito
pela vida humana e pelas pessoas ao redor, e sequer
pelas autoridades. Como as que aconteceram de novo
em Luziânia recentemente, com mais duas adolescentes assassinadas, estupradas e com suas gargantas cortadas.
Um novo e repetido festival de bestialidades contra jovens inocentes
E de novo e sem respostas, a população do entorno, inchado de problemas, esquecido pelo governo de Goiás, jogadas em suas cidades qual gado, sem direitos básicos, vê seus filhos sem segurança, sem saúde e que agora já não podem sequer ir a escola tentar ser cidadãos decentes e de futuro, e que olham para o DF, quase a implorar por socorro. O DF de um novo governo eleito pelo povo, mas que herdou um buraco orçamentário gigantesco, igualmente recheado de problemas parecidos com os do entorno, frutos do desgoverno passado cujas falcatruas continuam a aparecer, e que desde o seu inicio neste ano, manquitola administrativamente, tentando ficar de pé, e vislumbrar soluções para a crise moral e ética sem precedentes, herdada do pior governo dos seus 51 anos de vida, que corroeu qual câncer ainda não debelado, até mesmo a casa que deveria fazer e honrar suas leis, numa relação sórdida e putrefata, entre Legislativo e Executivo. E foi em pronunciamento nesta mesma Câmara Legislativa em 2008, que o deputado
distrital Chico Leite também alertava para o crescimento desordenado e o aumento da violência no entorno, que viria a se refletir sobre o DF.
Estupro com violência, mortes com requintes de crueldade, mulheres
assassinadas e incendiadas, adolescentes envolvidos com drogas e mortos após serem torturados, frentistas mortos após serem roubados em míseros tostões, em seus locais de trabalho, maridos e ex-maridos matando
suas mulheres, ou ex-esposas e suicidando-se em seguida, patrão matando empregado e vice-versa, e até mesmo um grande empresário, outrora responsável pelo crescimento da cidade, sendo preso e condenado
por assassinar aqueles que reivindicavam seus direitos.
E deixando no ar um que de espanto, nós os cidadãos, que custeamos toda esta gigantesca estrutura de privilégios, mordomias e saques aos nossos
impostos, tão bem cobrados pelo estado arrecadador, fiscalizador e punidor, já convivemos até mesmo com casos em que, aqueles que deveriam fazer nossas leis, exerceram seus mandatos, levando sobre suas cabeças, a nuvem da suspeição por acusações de homicídios.
Os padrões morais e éticos estão sendo abalados?
As pessoas se perguntam: Em quem confiar?
No padre? Na policia? No promotor? No jornalista? No lavador de carros? Difícil a resposta, quando se lembra de que, quase todas estas categorias que compõem o tecido social, algumas durante muito muito tempo,
donas de altos níveis de isenção e credibilidade popular, surgem agora indícios de envolvimento de seus componentes, antes plenamente confiáveis, em todos esses fatos. E não se pode perder de vista o fato de
que, mesmo sem respostas e soluções para estes problemas,
três de seus componentes medulares, saltam aos olhos; a queda da qualidade do ensino, a falta de oportunidade de trabalho para a grande massa humana que campeia pelas grandes periferias e invasões nas
grandes capitais, e o aumento desenfreado e precoce
do uso de drogas, que está minando uma geração inteira
de jovens, alimentada pelo baixo custo da droga,
proporcional ao aumento dos crimes que conduzem
aos recursos para adquiri-la.
Portanto, fica o alerta de que para se recompor o tecido social corrompido
velozmente, é necessário primeiro, restaurar valores e oportunidades perdidas e comprovadas pelo baixo nível de aprendizado atual em nossas escolas, onde não existe mais, a hora da leitura, os ditados, a saudável
obrigação de ler livros, jornais e revistas, a falta da antiga Educação Moral e Cívica, a religiosidade perdida, delegando a último plano enfim, os valores morais que durante tantos anos, formaram os grande homens
e nomes públicos desse país. Sem alerta, sem pânico; é preciso uma revolução moral espiritual e de valores humanos, como no iluminismo e na renascença. O ser humano, a família, e o amor ao país em primeiro lugar,com a força de um tsunami direto na alma, corações e
mentes dos que governam e são governados.
KARLÃO-SAM.
A VIOLÊNCIA PERTO DE NÓS.
KARLÃO-SAM.
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