CONSIDERAMOS SUPER IMPORTANTE ESSE ASSUNTO, A HISTERECTOMIA, POR ISSO PUBLICAMOS AQUI. LEIAM E VEJAM A IMPORTÂNCIA.
Saúde da mulher brasiliense (e brasileIra, por que não?)
A saúde da mulher brasileira é preocupante e os números são impressionantes. Anualmente, no Brasil, cerca de duzentas mil mulheres se submetem à histerectomia — ou seja, à retirada do útero — e, por esse motivo, se tornam inférteis. Essa é uma cirurgia que, apesar de corriqueira, apresenta riscos, requer internação hospitalar, convalescência e é coberta pelo SUS.
A histerectomia é uma técnica que, apesar de eficiente e largamente praticada, acarreta sério distúrbio psicológico e emocional à mulher (pela perda do útero e da possibilidade de gerar a vida), além de poder trazer outras complicações futuras, como a incontinência urinária, por exemplo.
Recentemente, recebi em meu gabinete no Senado um especialista no assunto, o médico Néstor Kisilevzky, do Hospital Albert Einstein para tratarmos a respeito da técnica da embolização uterina para o tratamento de miomas.
Essa técnica da embolização foi desenvolvida na França e já existe há pelo menos 40 anos, mas apenas há 10 anos vem sendo empregada no combate aos miomas. Trata-se de um procedimento bem simples, que pode ser feito em regime ambulatorial ou, no máximo, com apenas um dia de internação. Com anestesia local, por meio de uma punção na virilha, é introduzido um cateter que injeta micro esferas nas artérias que irrigam os miomas fazendo com que o sangue, então, não chegue mais até eles.
Com isso, os miomas morrem por falta de nutrientes e de oxigenação e a mulher poderá engravidar normalmente. O pós-operatório também é tranquilo e, em geral, as pacientes retornam rapidamente às atividades normais. Mas o procedimento ainda não está disponível a todas as brasileiras pelo SUS, o Sistema Único de Saúde!
Na rede particular, a embolização uterina custa cerca de quatro mil reais, o que inviabiliza sua realização para a imensa maioria das mulheres brasileiras. Ciente dessa realidade, o Hospital Albert Einstein, de São Paulo, vem desenvolvendo um projeto piloto, junto a hospitais da rede pública estadual, para levar essa técnica à população carente.
De acordo com o Dr. Néstor Kisilevzky, estima-se que cerca de um milhão de mulheres na área metropolitana de São Paulo irão precisar desse procedimento. Mas volto a afirmar: ele não está à disposição das mulheres de baixa renda. Sabemos, porém, que a taxa de incidência dos miomas é alta, afetando quase 50% das mulheres entre 30 e 50 anos de idade, com um sério comprometimento da qualidade de vida (pessoal e conjugal).
Faço um apelo à sensibilidade do competente Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para que inclua na tabela do SUS, o quanto antes, o procedimento da embolização uterina. Ao fazer isso, o governo da presidentea Dilma, estará prestando mais um serviço inestimável a um imenso número de mulheres que, portadoras de miomas, ficarão livres, de uma vez por todas, do fantasma da histerectomia.
Senador Gim Argello é presidente do PTB/DF
Vice-líder do governo no Senado
Publicado no Jornal de Brasilia no dia 13/11/2009
A histerectomia é uma técnica que, apesar de eficiente e largamente praticada, acarreta sério distúrbio psicológico e emocional à mulher (pela perda do útero e da possibilidade de gerar a vida), além de poder trazer outras complicações futuras, como a incontinência urinária, por exemplo.
Recentemente, recebi em meu gabinete no Senado um especialista no assunto, o médico Néstor Kisilevzky, do Hospital Albert Einstein para tratarmos a respeito da técnica da embolização uterina para o tratamento de miomas.
Essa técnica da embolização foi desenvolvida na França e já existe há pelo menos 40 anos, mas apenas há 10 anos vem sendo empregada no combate aos miomas. Trata-se de um procedimento bem simples, que pode ser feito em regime ambulatorial ou, no máximo, com apenas um dia de internação. Com anestesia local, por meio de uma punção na virilha, é introduzido um cateter que injeta micro esferas nas artérias que irrigam os miomas fazendo com que o sangue, então, não chegue mais até eles.
Com isso, os miomas morrem por falta de nutrientes e de oxigenação e a mulher poderá engravidar normalmente. O pós-operatório também é tranquilo e, em geral, as pacientes retornam rapidamente às atividades normais. Mas o procedimento ainda não está disponível a todas as brasileiras pelo SUS, o Sistema Único de Saúde!
Na rede particular, a embolização uterina custa cerca de quatro mil reais, o que inviabiliza sua realização para a imensa maioria das mulheres brasileiras. Ciente dessa realidade, o Hospital Albert Einstein, de São Paulo, vem desenvolvendo um projeto piloto, junto a hospitais da rede pública estadual, para levar essa técnica à população carente.
De acordo com o Dr. Néstor Kisilevzky, estima-se que cerca de um milhão de mulheres na área metropolitana de São Paulo irão precisar desse procedimento. Mas volto a afirmar: ele não está à disposição das mulheres de baixa renda. Sabemos, porém, que a taxa de incidência dos miomas é alta, afetando quase 50% das mulheres entre 30 e 50 anos de idade, com um sério comprometimento da qualidade de vida (pessoal e conjugal).
Faço um apelo à sensibilidade do competente Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para que inclua na tabela do SUS, o quanto antes, o procedimento da embolização uterina. Ao fazer isso, o governo da presidentea Dilma, estará prestando mais um serviço inestimável a um imenso número de mulheres que, portadoras de miomas, ficarão livres, de uma vez por todas, do fantasma da histerectomia.
Senador Gim Argello é presidente do PTB/DF
Vice-líder do governo no Senado
Publicado no Jornal de Brasilia no dia 13/11/2009
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