⚖️ *“MORREU VIOLENTADA PORQUE QUIS ” — a frase cruel que marcou o caso Mônica Granuzzo*

Em 1985, o Brasil vivia tempos de mudanças. O fim da ditadura militar se aproximava, Tancredo Neves havia morrido antes de assumir a presidência, os jovens respiravam mais liberdade e o *Rock in Rio* agitava o país. Mas nesse mesmo ano, um crime brutal interrompeu a vida de uma adolescente de apenas 14 anos: Mônica Granuzzo.

👧 Mônica morava no bairro Humaitá, no Rio de Janeiro, com sua mãe, Marieta. Era uma menina estudiosa, ingênua, sonhadora, que adorava dançar e curtir a vida com amigos. Apesar da idade, era madura o suficiente para saber o que queria — e o que não queria.

🎶 Frequentava a danceteria *Mamão com Açúcar*, point dos adolescentes cariocas da época. Foi lá que conheceu *Ricardo Peixoto*, um rapaz de 22 anos que se apresentou mentindo: dizia ter 17. Bonito, modelo fotográfico, mas envolvido com drogas, prostituição e más companhias.

Dias depois, Ricardo ligou convidando Mônica para sair. Ela hesitou — precisava estudar. Mas acabou cedendo. Antes de irem à pizzaria, Ricardo a convenceu a passar em seu apartamento “para pegar um casaco” e conhecer seus supostos pais. Mônica nunca mais voltou para casa.

🚨 Dois dias depois, seu corpo foi encontrado enrolado em um cobertor vermelho, numa ribanceira da Estrada Dona Castorina, na Tijuca. A perícia mostrou que ela havia sido *espancada, abusada e arremessada do sétimo andar*.

Ricardo alegou uma versão absurda: disse que Mônica teria se revelado “travesti”, que ele teria “sentido nojo” e que ela mesma teria se jogado da varanda. Uma desculpa cruel, sem sentido.

Segundo o Ministério Público, a verdade era clara: Mônica foi torturada, abusada e assassinada por Ricardo, com a ajuda dos amigos Alfredo e Renato, que ajudaram a ocultar o corpo.

⚖️ Em 1990, os três foram a júri popular. Ricardo foi condenado a 20 anos de prisão, mas cumpriu apenas 8 em regime fechado. Alfredo e Renato pegaram apenas 1 ano e meio, em liberdade condicional.

📢 O caso gerou enorme repercussão. A mãe e o pai de Mônica lideraram protestos por justiça. A atriz *Daniela Perez*, ainda adolescente, chegou a ir às ruas com cartazes — ironicamente, anos depois, seria também vítima de feminicídio.

Enquanto a família lutava, parte da elite carioca atacava: diziam que “Mônica morreu porque quis”. Um poderoso da época chegou a chamar o pai dela de “palhaço” por insistir em buscar justiça. Em resposta, ele foi a um protesto com o rosto pintado, segurando cartazes contra a impunidade.

🎵 A indignação foi tão grande que até a cantora *Angela Ro Ro* compôs a música “Mônica”, denunciando a violência e a injustiça.

📌 E o destino dos envolvidos?

* Ricardo Peixoto, o assassino, hoje dá *aulas de vôlei de praia para adolescentes em Ipanema*, mas nunca comenta o caso.
* Alfredo morreu jovem, em 1992, vítima de uma parada cardíaca.
* Renato se tornou executivo em uma multinacional.

👩‍🦰 Já Mônica Granuzzo... teve a vida interrompida brutalmente aos 14 anos. Um símbolo da violência contra meninas no Brasil e da impunidade de quem tem dinheiro e poder.

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