26 DE FEVEREIRO DE
1802: NASCE O ESCRITOR FRANCÊS VICTOR HUGO, AUTOR DE "OS MISERÁVEIS".
Victor Hugo nasceu em 26 de Fevereiro de 1802 em Besançon, sendo o mais novo de três irmãos. O seu pai era general do Império Napoleónico. Mas foi a sua mãe, em particular, que o educou. O autor de Os Miseráveis, O Corcunda de Notre-Dame, Hernâni, Contemplações e tantas outras obras-primas brilhou em vários géneros, passando da poesia ao romance histórico e às peças de teatro.
Ainda no liceu, Hugo parecia já ter uma ideia bem precisa do seu futuro. Aos 14 anos escreveu: “Quero ser como Chateaubriand ou nada.” A sua inspiração, François-René de Chateaubriand foi um escritor que se imortalizou pela magnífica obra literária pré-romântica. É notado pelo rei Luis XVIII que lhe manda pagar uma pensão. Em 12 de Outubro de 1822 casa-se com Adele Foucher, uma amiga de infância, com quem teve cinco filhos.
Hugo junta-se a alguns
escritores e formam o grupo Cenáculo. Este círculo de jovens autores seria o
foco do romantismo. Em 1827, publica a peça Cromwell. O prefácio
anuncia claramente a sua vontade de romper com as regras clássicas – unidade de
tempo, de lugar e de acção. Aos 27 anos, Hugo apresenta uma nova peça, Hernâni,
na Comédie-Française.
Os partidários do
classicismo mostram-se ofendidos uma vez que a regra das três unidades não fora
respeitada. O confronto entre os românticos e os clássicos é violento.
Travariam a mesma batalha a cada representação deHernâni. Hugo torna-se
o cão de fila da escola romântica, em companhia de Gérard de Nerval e Théophile
Gautier.
Em 1828, surgem
os Orientais e o Último Dia de um Condenado. Em
1831, publica o seu primeiro romance histórico, O Corcunda de Notre
Dame, que celebrizou as personagens Quasimodo e a cigana Esmeralda. Desde o
lançamento, a obra conheceu um extraordinário sucesso. O público romântico
apreciou sobremaneira o universo da Idade Média recriado magistralmente por
Hugo.
Em Fevereiro de 1833,
é levada ao palco a primeira representação da sua Lucrécia Bórgia. Entre os
actores encontrava-se Julie Drouet, por quem Hugo se apaixona. Essa
história de amor duraria cinquenta anos.
Em 1841, é eleito para
a Academia Francesa de Letras. A sua filha primogénita, Léopoldine, morre jovem
em 1843. Esta tragédia afecta-o profundamente e muitos creem que foi o
acontecimento que o levou para a política.
É eleito pelo Partido
Republicano, deputado à Assembleia Constituinte de 1848. Condena asperamente o
Golpe de Estado de 2 de Dezembro de 1851 do príncipe Luís Napoleão, sobrinho de
Napoleão Bonaparte, a quem cognominava ‘Napoleão, o Pequeno’ em
contraposição a Bonaparte que chamava ‘Napoleão, o Grande’.
Forçado ao exílio na
Bélgica, Hugo aproveita para compor poemas que reúne em Les Châtiments (1853) e
Contemplações (1856). Em 1862, conclui Os Miseráveis, que obtém
estrondoso sucesso de público e crítica e que torna imortais personagens como o
trabalhador Jean Valjean e o chefe de polícia Javert.
Com a proclamação da
República em 1870, Hugo regressa a Paris. Encarna aos olhos do povo a
resistência republicana ao Segundo Império. Em 8 de Fevereiro de 1871, é eleito
para deputado e, em 1876, senador. Uma de suas primeiras intervenções é a
defesa em favor da amnistia aos ‘communards’ da Comuna de Paris. Quando
completou 80 anos, uma multidão estimada em 600 mil pessoas desfilou diante das
suas janelas na Place Vendome.
Victor Hugo
sobressaiu-se também no campo político e social. Lutou contra a pena de morte,
pela paz, pela condição feminina, denunciou o clero. Reconhecido em vida pelos
seus pares e pelo povo como o grande escritor de seu tempo, a obra imortal de
Victor Hugo é um património da cultura universal.
O AMOR
PROIBIDO ENTRE O HORRENDO CORCUNDA QUASÍMODO E A BELA CIGANA ESMERALDA
Ele nasceu deformado e, rejeitado pela mãe, foi encontrado abandonado nas
escadas da Catedral de Notre-Dame, em Paris. Mas as escadarias de Notre-Dame
não são qualquer escadaria e um dia ele foi encontrado por um nobre burguês. Ou
seria burguês nobre?
Não importa. O que importa é que seu tutor cuidou dele como se fosse um
dos seus, amado ou não, era um dos seus. Com o tempo, essa criatura horrenda,
bestial, se tornaria sineiro.
Mas não um sineiro qualquer, e sim o sineiro da maior e mais imponente
catedral do mundo.
A Catedral de Notre-Dame. Ele é o Corcunda de Notre-Dame, ilustre
personagem criado pelo escritor francês Victor Hugo, no século 19.
Clássica obra da literatura universal, o livro conduz o leitor à Paris
medieval de Luís XI para contar uma história de amor impossível entre um
aleijado e uma bela mulher, a cigana Esmeralda.
Contudo, o impasse amoroso é só um pano de fundo para o autor tratar de
temas contundentes, universais e, infelizmente, atuais como intolerância,
soberba, mentiras e intrigas palacianas, rejeição e preconceito.
Fontes: Opera
Mundi
wikipedia
(imagens)