JAIR BOLSONARO É TRANSFERIDO PARA SÃO PAULO NESTA MANHÃ

Fontes médicas informaram que o candidato teve hemorragia e perdeu muito sangue, precisando ser operado. A cirurgia terminou por volta das 19h20. Durante o procedimento, foi feita uma ileostomia, que forma um novo trajeto para a saída das fezes. Com isso, os dejetos vão do intestino delgado direto para uma bolsa fora do corpo, sem passar pelo intestino grosso. Seu quadro de saúde é estável.
Inicialmente, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho da vítima, disse que o ferimento havia sido superficial, mas exames posteriores mostraram que o golpe atingiu parte do fígado, do pulmão e da alça do intestino do capitão reformado do Exército. Ainda segundo Flávio, seu pai chegou ao hospital com a pressão baixa, "quase morto".

Ele está sendo transferindo de avião neste momento para São Paulo.

SOBRE A SEGURANÇA:

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) é o único presidenciável com escolta da Polícia Federal. Desde o início da campanha, ele é acompanhado por até 30 agentes que se dividem em dois ou três turnos, conforme o EL PAÍS apurou. Por razões de segurança, a PF não costuma divulgar quantos policiais estão à disposição em cada ato político do candidato. Além desses PFs, há ainda policiais militares da reserva (vários deles militantes do PSL) que ajudam na segurança de Bolsonaro.
Foi o próprio candidato que solicitou essa escolta policial. E, como concorrente à presidência, ele tem direito a receber esse acompanhamento. Em outras ocasiões, Bolsonaro já afirmou estar sob o “máximo risco de morte”. Em todas as cidades pelas quais passa, costuma fazer os deslocamentos por terra em viaturas da PF.
Na carreata realizada na quarta-feira em cidades satélites do Distrito Federal, o EL PAÍS identificou ao menos dez policiais em sua escolta. No ato, enquanto ele estava em um dos trios elétricos que atravessaram as cidades de Taguatinga e Ceilândia uma policial feminina ficava o tempo inteiro atrás do candidato. Outros quatro cuidavam para que galhos de árvores não tocassem em sua cabeça e miravam as pessoas que estavam ao redor dele para tentar identificar qualquer ameaça. Havia ainda ao menos mais dois que se alternavam correndo a pé atrás do veículo no qual Bolsonaro estava. E outros três dirigiam veículos nos quais o candidato e sua equipe se deslocavam.
Apesar de estar sempre monitorado, o candidato vive em constante desconfiança. Nessa carreata de quarta-feira, um de seus filhos, o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), estendeu a mão pelas costas de Jair e lhe deu uma garrafa de água mineral aberta para que ele se hidratasse. Antes de beber, o presidenciável olhou novamente de onde tinha vindo a garrafa e só a levou à boca depois que Eduardo lhe disse: "Pode beber, não está batizada, não".
Em Juiz de Fora, quando foi esfaqueado, boa parte de seus seguranças fazia a sua proteção, segundo aliados dele. Mas como esse era um ato no meio de uma multidão, o controle sobre quem se aproximava do candidato é mais difícil. “Quando você está entre 5.000 ou 10.000 pessoas, como estava em Juiz de Fora, é difícil controlar”, alertou o deputado Fernando Francischini (PSL-PR), que é delegado da Polícia Federal.

Bolsonaro levou uma facada no abdômen na tarde desta quinta-feira enquanto participava de uma passeata no centro da cidade mineira. Seu agressor foi identificado como Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos. Ele foi preso em flagrante pela Polícia Federal.

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