GDF gasta R$ 20 milhões em
publicidade no primeiro trimestre de 2017
Dados são de janeiro a março.
Campeãs, TVs receberam R$ 7,3 milhões. Investimento em internet cresceu 177,6%
na comparação com 2016
Em véspera de ano eleitoral,
Rodrigo Rollemberg (PSB) tem apostado na publicidade como ferramenta de
divulgação de seu governo. Nos três primeiros meses de 2017, desembolsou R$
20.941.352,42 em anúncios e propagandas oficiais nos veículos de comunicação do
Distrito Federal e até de fora do Brasil. A cifra corresponde a um crescimento
de 18,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram gastos R$
17,6 milhões.
A maior parte do
dinheiro foi investida em televisões. Uma bolada de R$ 7,3 milhões. Mas os
dados confirmam uma tendência verificada nos levantamentos anteriores: o
crescimento notável de recursos destinados à internet. Enquanto o investimento
total na web foi de R$ 828,5 mil no primeiro trimestre de 2016, a cifra saltou
para R$ 2,3 milhões no mesmo período deste ano — um aumento de 177,6%.
Na comparação
dos primeiros trimestres de 2016 e 2017, o investimento nas TVs também cresceu,
embora em percentuais bem menores do que no campo virtual. O aumento de R$ 6,7
milhões para R$ 7,3 milhões corresponde a 8,9%. Do montante, a fatia mais gorda
ficou com a Globo: R$ 3,1 milhões. Em segundo lugar veio a Record (R$ 1,4
milhão) e, em terceiro, o SBT (R$ 1,1 milhão).
Impressos mantêm vice-liderança
Em segundo lugar, atrás das TVs, vêm os jornais impressos, que receberam R$ 3,9 milhões – 69,5% a mais do que os R$ 2,3 milhões gastos pelo governo local no primeiro trimestre de 2016.
Em segundo lugar, atrás das TVs, vêm os jornais impressos, que receberam R$ 3,9 milhões – 69,5% a mais do que os R$ 2,3 milhões gastos pelo governo local no primeiro trimestre de 2016.
Com circulação
média diária de 29.673 exemplares em maio deste ano, segundo dados do Instituto
Verificador de Comunicação (IVC), o Correio Braziliense ficou com a maior parte
(R$ 1 milhão, ou R$ 333,3 mil por mês). O jornal registrou queda na comparação
entre os meses da circulação diária, mas, ainda assim, recebeu 17,64% a mais do
Executivo neste ano em relação a 2016. Em maio do ano passado, por exemplo, a
média era de 34.021 exemplares.
Já o Jornal de
Brasília, que mês passado distribuiu média diária de 3.813 unidades, ficou com
a segunda maior fatia de propaganda oficial entre os impressos (R$ 531 mil). Em
2016, a empresa recebeu uma média de R$ 166,6 mil mensais de publicidade do
GDF, ou seja, houve um incremento de 6,2%. A distribuição do Jornal de Brasília
também apresentou queda em um ano. Em maio de 2016, por exemplo, eram 5.445
edições distribuídas diariamente.
Deu no New York Times
Entre todo esse dinheiro reservado para publicidade em jornais impressos, um aporte parece inusitado: propaganda no periódico norte-americano The New York Times. A publicidade internacional, que custou R$ 24,7 mil aos cofres públicos, consistia no aviso de uma licitação internacional demandada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) para compras de capacetes de voos e equipamentos de proteção individual.
Entre todo esse dinheiro reservado para publicidade em jornais impressos, um aporte parece inusitado: propaganda no periódico norte-americano The New York Times. A publicidade internacional, que custou R$ 24,7 mil aos cofres públicos, consistia no aviso de uma licitação internacional demandada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) para compras de capacetes de voos e equipamentos de proteção individual.
A exigência do
CBMDF foi de publicação regional, nacional e internacional. O aviso de
licitação saiu no periódico estrangeiro em 18 de fevereiro de 2016, mas seu
gasto só veio faturado na prestação de contas do primeiro trimestre deste ano.
Veja o anúncio do GDF no The
New Times (role a barra para ver a peça no pé da página)
Produções
A gestão Rollemberg também apostou alto em produções: R$ 3,1 milhões em filmes, fotos, banners e propagandas em geral. A empresa Start Produções recebeu a maior quantia (R$ 620,2 mil). Studio Treze e Plural Comunicação ficaram em segundo e terceiro lugares, com R$ 542,5 mil e R$ 295 mil, respectivamente.
A gestão Rollemberg também apostou alto em produções: R$ 3,1 milhões em filmes, fotos, banners e propagandas em geral. A empresa Start Produções recebeu a maior quantia (R$ 620,2 mil). Studio Treze e Plural Comunicação ficaram em segundo e terceiro lugares, com R$ 542,5 mil e R$ 295 mil, respectivamente.
Seguindo a
sequência de prioridades da atual gestão, de acordo com a prestação de contas
publicada no Diário Oficial do DF em 11 de abril, as rádios
receberam R$ 3,2 milhões. Em 2016, foram R$ 2,5 milhões. O destaque ficou para
Jovem Pan FM (R$ 336,2 mil), Atividade FM (R$ 289,7 mil) e Clube FM (R$ 264,4
mil).
Cresce aporte na internet
A publicidade na internet seguiu a tendência e foi maior do que no primeiro trimestre de 2016. De R$ 828,5 mil, o investimento passou para R$ 2,3 milhões neste ano. O domínio com maior investimento foi o Correio Braziliense (R$ 154,4 mil), seguido pelo Metrópoles (R$ 135,2 mil) e pelo Fato Online (R$ 98,8 mil).
A publicidade na internet seguiu a tendência e foi maior do que no primeiro trimestre de 2016. De R$ 828,5 mil, o investimento passou para R$ 2,3 milhões neste ano. O domínio com maior investimento foi o Correio Braziliense (R$ 154,4 mil), seguido pelo Metrópoles (R$ 135,2 mil) e pelo Fato Online (R$ 98,8 mil).
Chama a atenção na categoria o aporte
ao Facebook (R$ 66,1 mil) e ao Twitter (R$ 53,6 mil). Esses gastos significam
que as publicações do Executivo nas redes sociais são impulsionadas, ou seja,
atingem um público maior mediante pagamento às plataformas.
O restante do
gasto com publicidade foi para mídias alternativas (R$ 752,7 mil), com destaque
para as empresas Look Indoor (R$ 226,5 mil), Fluxo Mídia (R$ 187,1 mil) e
Linforte (R$ 74,8 mil). A fatia das revistas (R$ 192,9 mil) foi dividida
especialmente entre Correio Braziliense (R$ 34,7 mil), Isto É (R$ 23,5 mil) e
Veja Brasília (R$ 19 mil). Com o Diário Oficial da Uniãoforam
gastos R$ 5,7 mil.
Público-alvo
Em nota, o GDF informou que a publicidade é dividida entre “utilidade pública”, “institucional” e “legal”, e que “distribui a sua verba de mídia de acordo com a necessidade de abrangência de cada ação, levando em consideração o público-alvo que se quer atingir e o período de veiculação”.
Em nota, o GDF informou que a publicidade é dividida entre “utilidade pública”, “institucional” e “legal”, e que “distribui a sua verba de mídia de acordo com a necessidade de abrangência de cada ação, levando em consideração o público-alvo que se quer atingir e o período de veiculação”.
Sobre a publicidade no New York
Times, o Buriti detalhou apenas que tratou de uma peça referente “à compra de
equipamentos para o Corpo de Bombeiros, conforme solicitação do próprio órgão.”
Em relação ao
investimento nas redes sociais, o governo disse que se justifica pelo fato de a
internet ser o segundo meio mais consumido por seu público-alvo, pela possibilidade
de alcançar a população de forma “direta, efetiva e quase sem dispersão da
mensagem”. “O meio ainda permite uma mensuração dos resultados rapidamente,
visto que podem ser analisados alguns dados em tempo real. Não há, portanto,
relação com a performance do governo nas suas redes sociais”, completou a nota.
Gasto por gestão
No ano passado inteiro, as propagandas oficiais consumiram R$ 87,7 milhões dos cofres do GDF — 68,9% a mais do que 2015, primeiro ano da atual gestão. Do total de 2016, porém, R$ 16,9 milhões eram dívidas de exercícios anteriores.
No ano passado inteiro, as propagandas oficiais consumiram R$ 87,7 milhões dos cofres do GDF — 68,9% a mais do que 2015, primeiro ano da atual gestão. Do total de 2016, porém, R$ 16,9 milhões eram dívidas de exercícios anteriores.
METROPOLES.COM