SOBRE O CLIMA POLITICO HOJE NO BRASIL
- A JUSTIÇA E O EDITORIAL DO CORREIO BRAZILIENSE DESTE DOMINGO.
Ou, o Brasil em tempos de “Febêapá-Festival
de besteiras que assola o país”. Não esqueçamos de acrescentar também, “de
corrupção”
Tempos modernos!
A manhã deste domingo parecia
normal para mim, quando após levantar-me, deparei-me com as manchetes do jornal
Correio Braziliense, e comecei a ler o seu tradicional editorial.
Nas permanentes conversas políticas
que viraram rotina nas redes sociais e especialmente nos grupos de Watts app,
deparei-me e por que não satisfeito, com uma incrível coincidência.
O editorialista usa em
determinado trecho, a mesma expressão que utilizei em comentários que fiz no
meu Facebook, e em alguns grupos do Watts app, quando referi-me a forma cínica
e debochada, que os dois verdadeiros bandidos desta história toda que está
fazendo “tremer o Temer”, e os alicerces da República atualmente cotada infelizmente
entre as mais corruptas do mundo.
A expressão refere-se a forma cínica
e debochada como este empresário tremendamente malandro e armador dos mais fantásticos
trambiques para saquear os cofres da nação, se apresenta diante dos nobres
procuradores da República, em tom debochado, desfilando notas e papeis em tom completamente
tranquilo sabedor de que não haveria punição aos seus crimes, como se estivesse
“batendo papo” com amigos em um reles boteco.
Exatamente isso, coincidentemente na
minha e na opinião do conceituado jornal, mostrando que as impressões que se tem
diante do desesperador quadro de terremoto politico que se abateu sobre o Brasil e
especialmente sobre Brasília, tem causado reações idênticas em todo o país, e
não passa apenas como mais uma bobagem de redes sociais e de opiniões formadas
sem base segura de informação. Impacto forte
Previsto e acontecido; no país que é
seguramente um dos mais tributados do mundo, este senhor fez as suas delações,
com gravações que não tiveram nada de bombásticas, delatando um Presidente da
República legalmente instalado no cargo após um demorado e caro processo de
impeachment contra a verdadeira quadrilha que saqueou o país por 13 malditos e
longos anos, entregou uma gravação onde em momento algum se vê ou ouve, o
Michel Temer assinar em baixo as afirmações dele em relação aos atos de
banditismo do grupo em questão, prolatadas pelo MPF.
Ato contínuo, discordou da multa de
11 bilhões de reais, disse que vai pagar como puder apenas 1 bilhão, e viajou
tranquilamente para um indefinido período de lazer e vida alegre em Nova
Iorque, tudo devidamente pago à custa dos bilhões roubados da falida República,
já sangrada pelo último Governo do PT e seus aliados, ou seriam asseclas e
sicários?
Alguém ficou devendo muitas explicações
nesta história, seguramente. Desde os renomados e bem preparados procuradores
tendo a frente o senhor Janot, tão cioso de suas habilidades e poderes
ilimitados como Procurador Geral, quanto os dirigentes da malsinada, punidora,
severa, bem montada e dotada dos mais modernos recursos, a Receita Federal, que vive para suprir com suas
cobranças absurdas, o alimento financeiro da fabulosa agourenta e pesada máquina de
Governo, mas que sempre e misteriosamente deixa passar elefantes em suas malhas,
e peneira mosquitos a chicote, esta já tão mal afamada e até as vezes
truculenta Receita Federal. Entre elas, ficam sem resposta, o porquê de se
conseguir realizar tal “Dança dos bilhões”, de forma tão segura e sem nenhum vestígio
de rastreamento, por parte da punidora, gulosa , raivosa e fiscalizadora Receita
Federal, que parte sempre com fome de leão enjaulado para cima de milhares de
pequenos e micro empresários, simplórios e humildes contribuintes, brandido
suas famintas garras, cobrando multas astronômicas, ameaçando processos e
abrindo punições e até negativação em cadastros
de informações, sobre a vida deste empresas e pessoas, de forma voraz e
aviltante.
Coincidiram pois, a minha
afirmativa e a do editorialista, assim como devem ter sido as opiniões de
milhões de brasileiros ao ver o comportamento evasivo e tranquilo, como se não
fossem bandidos bem vestidos, os irmãos de mais esta dupla formada em Goiás, lamentavelmente
não para encantar e maravilhar os brasileiros com música sertaneja, mas sim,
para saqueá-lo de Norte a Sul, de forma criminosa ante a leniência, calma e
placidez, de um Ministério Público, onde apesar de vacilos e erros, salva-se pelo
menos a boa vontade e seriedade de alguns do seus componentes, que buscam
Justiça e reparação de tanta corrupção que faz sofrer o povo e nos submete ao
vexame e humilhação internacionais.
O Brasil e os brasileiros esperam
sim, por muitas explicações por parte dos gestores da grandiosa máquina de
Justiça do Brasil, muito além de apenas editoriais coincidentes e opiniões e
explicações políticas.
Estaremos de volta afinal com uma recaída
no nosso velho ”Complexo de vira-latas”, como dizia Nelson Rodrigues?
Ou os corruptos pagam por seus
crimes, ou corremos o risco de ver a mais estrondosa e fracassadas eleições,
motivos de ausência de eleitores em massa, piadas e insultos e palavrões nas bocas
de urnas e uma grande demonstração de insatisfação com os rumos do Brasil, com descrédito
total da classe política, com o fim da votação obrigatória?
Brasileiros já dizem aos montes,
que será melhor pagar uma pequena multa do que votar em bandidos; alguém em sã consciência
poderá desmenti-los?
Já passou da hora de se ver não
mais a luz, mas a saída do túnel deste país outrora do futuro.
Afinal anda crescendo o coro das
piadas do tipo “Com a Justiça não se brinca; só se você fizer uma dupla goiana”!
Ou ficaremos parados a margem da
História recitando o humorista Stanislaw Ponte Preta, que já dizia na década de
70: “Ou restaura-se a moralidade, ou nos locupletamos todos!
E sobre Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, para quem não sabe:
O escritor Sérgio Porto completaria 94 anos em 11 de janeiro.
Nos anos 40, muito antes dos comediantes de Stand Up e esquetes de
Youtube, as autoridades brasileiras já estavam na mira de uma língua ferina.
Sérgio começou sua carreira de jornalista em publicações como as revistas
Sombra e Manchete, além dos jornais Última Hora, Tribuna da Imprensa e Diário
Carioca. Foi aí que surgiu o personagem Stanislaw Ponte Preta e suas crônicas satíricas
e críticas, criação do escritor juntamente com Santa Rosa – o primeiro
ilustrador do personagem. Seu humor ácido marcou época e, ainda hoje, fala
muito da realidade brasileira. Confira algumas frases e Sérgio Porto, quer dizer, Stanislaw
Ponte Preta.
Sérgio criou o “Febêapá”-Festival de besteiras que assola o Pais.
-“No Brasil, as coisas acontecem e depois com um simples desmentido,
deixam de acontecer!
-“Consciencia é como vesícula, a gente só se preocupa com ela quando dói”.
-“A polícia anda dizendo que prende um bandido de meia em meia hora,
então a gente fica desconfiado que eles assaltam de 15 em 15 minutos.”
-“Difícil dizer o que incomoda mais, se a inteligência ostensiva ou a
burrice extravasante.”
-“A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente
de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento.”
-“Homem que desmunheca e mulher que
pisa duro não enganam nem no escuro.”
-“Lavar a honra com sangue suja a
roupa toda.”
Opinião e pesquisa:
Carlos Alberto.