FALTANDO ÁGUA EM BRASÍLIA! MAS, EM 2009 NÓS JÁ AVISÁVAMOS NESTA MATERIA! E O QUE FOI FEITO?

NÃO BRINQUE COM ÁGUA; ELA VAI FALTAR NO DF E ENTORNO!
(Matéria que publicamos em 2009, e que pelo jeito nunca foi tão atual!)

Até o ano  2025, 12 bilhões de pessoas no mundo estarão sem água!


É bom ir começando a se preocupar, quem adora gastar água, em banhos bem demorados, ou lavando carro, áreas de sua casa e outras coisinhas perdulárias, com uma boa e gastadora mangueira.
É que além da capital e cidades satélites, num total de 19 cidades, compreendendo o Entôrno, poderão ficar sem água nos próximos três anos. 
É o que divulgou um relatório publicado pela ANA-Agencia Nacional de Águas, caso não se faça um investimento de mais de 758 milhões de reais, para atender uma área estimada em mais de 35 mil quilômetros quadrados e com quase três milhões de pessoas. E ainda segundo a ONU, cerca de três bilhões de pessoas vão ser atingidas pela completa falta de água até o ano 2025. Mesmo sendo dono de 13,7% da água potável existente na Terra, e dos maiores aquíferos como o Guarani e o recém-descoberto Alto do Chão no Pará, o Brasil enfrenta outro tipo de problema; a cobiça internacional, com alguns países como o Japão, que estão construindo super tanques marinhos com capacidade para até 1 milhão de litros d’água, ou seja o dobro de um grande cargueiro de petróleo.
É bom lembrar que a água doce existente no planeta é a mesma há milhares de anos, mas a população não parou de crescer e consumir cada vez mais, e mesmo desaguando mais de 180 milhões de litros de água doce no oceano, o Brasil ainda é autossuficiente em matéria de abastecimento, mas já dá sinais de escassez em determinadas regiões. 
 Sofrimento maior com certeza nas regiões de maior índice de pobreza e falta de estrutura em saneamento.


Neste quadro, é que o engenheiro e doutor em recursos hídricos da Agencia Nacional de Águas-ANA, Luciano Menezes Cardoso da Silva, estima que, segundo estudos feitos em todo o país, serão necessários investimentos de mais de R$18 bilhões até 2015 para evitar o colapso de abastecimento em mais de 50% dos municípios brasileiros.
Dificuldades com falta de água vai refletir mcom cveretza nos preços agrícolas.
Para ele, outra questão a ser debatida com extrema seriedade independente do foco religioso, social ou político, é a transposição das águas do Rio São Francisco, que resolveria o problema de mais de 12 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará, e Rio Grande do Norte, beneficiadas com uma fonte permanente de águas, elas que são as mais atingidas em todo o país por este problema que lá, deve-se muito mais a causas naturais do que ao mau uso, ou poluição do meio ambiente e onde as pessoas  vivem na eterna dependência de chuvas, que nunca se sabe se virão.
E completa afirmando, que o grande problema a ser resolvido ainda, é não se preservar e deixar contaminar as fontes disponíveis.  


SAIBA MAIS E ENTENDA A IMPORTANCIA DA NOSSA REGIÃO E DOS NOSSOS AQUÍFEROS:
Aquífero Guarani: Estimado em 45 mil KM³ em uma área total de 1,2 milhão de quilômetros quadrados. É tido como uma das maiores reservas de água doce do mundo.

Aquífero Alter do Chão – Pará. Pesquisadores da UFPA-Universidade Federal do Pará, defendem que o volume de água deste aquífero, é maior do que a do Guarani, Tem 437 mil quilômetros quadrados de extensão e está sendo estudado agora para se descobrir a quantidade de água que armazena.


O Dia Mundial da Água
foi criado pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas em 1993, e é celebrado em 22 de março em todo mundo. O Brasil concentra 13,7% das bacias hídricas do planeta, a maior parte na Amazônia. O Pantanal, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é a maior área alagada em continente e é prioridade em conservação de biodiversidade aquática. Já o Distrito Federal tem a Estância de Águas Emendadas, que concentra o nascimento de rios que se encontram com três grandes bacias do país: do Tocantins, de São Francisco e do Paraná.
Ainda segundo a ONU, nos próximos 30 anos, alguns locais da áfrica e Oriente Médio em especial deverão estar em situação de quase guerra por causa de nascentes e locais com concentração de recursos hídricos, ocasião em que segundo os mesmos estudos, a água deverá estar mais valorizada do que os derivados de petróleo.
E VEJA O DESPERDÍCIO NO BRASIL:

 você tem feito a sua parte para evitar o desperdício?

ATUALIZANDO:

O BRASIL CONTA GOTAS: ENTENDA AS CAUSAS E DESAFIOS DA FALTA DE ÁGUA QUE SE ESPALHA PELO PAÍS
Escassez hídrica tem epicentro no Sudeste com efeitos como desabastecimento permanente, risco de apagão e alimentos mais caros
Na virada do século, em 2001, o especialista em recursos hídricos Marcos Freitas, então diretor da Agência Nacional das Águas (ANA), foi convidado por uma revista a fazer projeções sobre o futuro do Brasil e como seria a vida dos brasileiros em 2015. À época, a resposta de Freitas pareceu um tanto esdrúxula: o país, mesmo tendo o maior volume de água doce do planeta, viveria uma grave crise hídrica.
Em São Paulo, a população já sofre com a pressão reduzida na rede, o que muitas vezes significa conviver com torneira seca por até 18 horas. E pior: pode ser obrigada em breve a enfrentar um rigoroso racionamento e ficar quatro ou até cinco dias por semana sem água.

A medida drástica tem uma razão. Se a chuva não vier e o consumo não for reduzido, os reservatórios podem ficar sem água ainda no primeiro semestre. A previsão mais pessimista fala em desabastecimento completo em março. O cenário faz serem cogitadas possibilidades como antecipação das férias escolares de julho para maio, uma maneira de incentivar que muitas famílias deixem o Estado e, assim, diminuam o uso de água.
Mas se o problema era conhecido há tantos anos, por que não foi evitado? A resposta é complexa. O fato é que a previsão de Freitas mais de uma década atrás não tinha nada de sobrenatural. Estava baseada em números:

– Entre 1998 e 2000, trabalhei na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), onde nos preocupávamos muito com a quantidade de água disponível. Quando fui transferido para a ANA, em 2001, e comecei a prestar atenção na qualidade. Fiquei estarrecido com a poluição de rios e a falta de tratamento. Era questão de tempo.
Mesmo comunicados, governos não tomaram providências

Hoje professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o técnico conta que a situação observada quase 15 anos atrás foi comunicada aos governos paulista e federal, mas não teve efeito. E atribui isso à “surdez pluripartidária”, já que obra de saneamento “não aparece” e, por isso, “não dá voto”.

– É impressionante que, até hoje, a ANA não consegue exercer poder de polícia e cuidar dos mananciais – observa Freitas.
O alerta da agência em 2001 não foi o único. Em 2009, o próprio governo paulista, com base na análise de mais de 200 especialistas, apontava risco de desabastecimento em 2015. E pior: a estiagem que afeta o Sudeste há pelo menos três verões foi apenas um dos fatores que intensificaram o problema. Não o gerou sozinho. É preciso incluir na conta o descuido com as fontes de água, a falta de investimento das empresas para evitar desperdício e a gestão inadequada, que tratou a água como fonte inesgotável quando era cada vez mais escassa.
Soma-se a isso outro ingrediente: a falta de diálogo com a população. Em ano eleitoral, como foi 2014, candidatos tucanos e petistas fizeram malabarismos retóricos para amenizar a dimensão do colapso e evitar a palavra racionamento. O resultado é a pior crise hídrica da história de São Paulo.
Racionamento e “guerra” à vista
Mesmo que a falta de chuva se concentre no Sudeste, é consenso que o impacto se espraiará pelo país. Se não por dificuldades no abastecimento, na alta do preço da luz e da comida e no enfraquecimento da economia. Analistas projetam que o Brasil crescerá 0,1% em 2015, só que o ajuste fiscal do governo e a falta de água podem levar a taxa para baixo de zero.
Veja 12 soluções para a crise da água que desafia o Brasil

Em Minas Gerais, após sobretaxar o consumo, o governo sinalizou que pretende adotar racionamento para diminuir o uso em pelo menos 30%. Eventos tradicionais, como o Carnaval em Ouro Preto, terão de ser adaptados. Até as repúblicas de estudantes, que costumam receber milhares de turistas durante o feriado, limitarão o tempo de banho.
No vizinho Rio de Janeiro, pelo menos dois reservatórios que abastecem o Rio Paraíba do Sul, principal fonte de água do Estado, já atingiram o volume morto. Incapaz de evitar a escassez, o governo aventa a possibilidade de racionamento nos próximos meses.
Até onde a crise hídrica é capaz de chegar? Difícil dizer. Mas especialistas indicam que o cenário atual é só o início de uma “guerra hídrica” entre os Estados por rios que cortam o Sudeste do país.
A primeira trincheira já foi, inclusive, definida: o Paraíba do Sul, que nasce em São Paulo, mas também corta Minas e o Rio, ao longo de 1.137 quilômetros de extensão.


Aos cariocas, o rio é vital por abastecer 11 milhões de habitantes. Na sexta-feira, foi revelado o projeto da obra que interligará a Bacia do Paraíba do Sul ao Sistema Cantareira, que só deve ficar pronta em 2016. O uso dessa água gera divergências desde novembro e parou no Supremo Tribunal Federal, que fixou prazo até 28 de fevereiro – pouco antes do previsto para o colapso hídrico paulista – para cada governo apresentar propostas para resolver a crise.

– É uma escassez que se arrasta. E mesmo que chova muito acima da média durante cinco anos, e os reservatórios voltem a ficar totalmente cheios, nada vai ser como antes – sentencia Roberto Kirchheim, geólogo especializado em recursos hídricos.


Pesquisa: Karlão-Sam

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