EJACULAÇÃO FREQUENTE REDUZ O RISCO DE CÂNCER DE PRÓSTATA.
De acordo com estudo
da European Urology, homens que ejaculam mais de 21 vezes por mês têm menor
probabilidade de desenvolver o tumor.
EJACULAÇÃO FREQUENTE REDUZ O RISCO DE CÂNCER DE PRÓSTATA.
De acordo
com estudo da European Urology, homens que ejaculam mais de 21 vezes por mês
têm menor probabilidade de desenvolver o tumor
De acordo com o estudo, homens que ejaculavam pelo menos 21
meses por mês corriam um risco 20% menor de desenvolver câncer de próstata, em
comparação com aqueles que tinham entre 4 e 7 ejaculações mensais. Já naqueles
que ejaculavam entre 8 e 12 vezes mensais, tiveram uma redução de 10% no
risco(Thinkstock/VEJA)
Ejacular com frequência reduz o risco de câncer de próstata.
De acordo com um estudo publicado recentemente na versão online da revista
científica European Urology, homens que ejaculam pelo menos 21 vezes por mês
têm um risco 20% menor de desenvolver este tipo de tumor.
O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de
Boston, nos Estados Unidos, acompanhou cerca de 32 mil homens ao longo de 18
anos. Durante este período, 3.839 participantes foram diagnosticados com câncer
de próstata, dos quais 384 foram fatais.
Em um questionário preenchido no início do estudo, os
participantes relataram a sua frequência média de ejaculação por mês em três
períodos de suas vidas: entre 20 e 29 anos, de 40 a 49 anos e no ano anterior
ao início do estudo.
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Homens não sabem cuidar da própria saúde, diz urologista
Os resultados mostraram que, em geral, os homens que
ejaculavam pelo menos 21 meses por mês corriam um risco 20% menor de
desenvolver câncer de próstata, em comparação com aqueles que tinham entre
quatro e sete ejaculações mensais. Embora uma maior frequência de ejaculação
tenha sido associada a um risco menor, mesmo homens que reportaram um número
menor de ejaculações por mês - de 8 a 12 - conseguiram reduzir o risco em 10%.
"Esse grande estudo prospectivo fornece uma evidência
forte do papel benéfico da ejaculação na prevenção do câncer de próstata. Não
devemos enfatizar o número exato de ejaculações, mas o fato que uma atividade
sexual segura é benéfica para a saúde da próstata.", disse Jennifer Rider,
líder do estudo.
Uma das explicações para a associação estaria na liberação de
substâncias, como os hormônios ocitocina e DHEA durante a ejaculação. Os
compostos teriam um efeito benéfico para a saúde.
SEGUNDA NOTÍCIA:
HOMENS NÃO SE CUIDAM DIREITO:
HOMENS NÃO SABEM CUIDAR DA PRÓPRIA SAÚDE, DIZ UROLOGISTA.
Sexo,
envelhecimento, fertilidade, músculos e tratamento hormonal do homem. Esses
estão entre os principais assuntos abordados pelo urologista paulista Aguinaldo
Nardi em entrevista ao site de VEJA. Nardi é autor do livro 'A Fragilidade do
Sexo Forte', que acaba de ser lançado.
Para o urologista paulista Aguinaldo Nardi, ex-presidente da
Sociedade Brasileira de Urologia e diretor da Clínica Integra e Fertility, em
Bauru (SP), ao contrário da mulher, os homens ainda não incorporaram a
prevenção e os cuidados com a saúde em seu dia a dia. "Eles se consideram
indestrutíveis e por isso não aceitam sua própria fragilidade", disse em
entrevista ao site de VEJA. Resultado: os homens adoecem mais. Em seu livro
recém-lançado "A Fragilidade do Sexo Forte", o especialista propõe
uma reflexão sobre as principais doenças urológicas que podem afetar o homem ao
longo da vida. Nardi também esclarece alguns mitos relacionados à saúde
masculina, como andoprausa, reposição hormonal e disfunção erétil.
Qual é o principal ponto fraco do homem no trato da saúde? É
imaginar ser o sexo forte. O homem é mais fraco e há provas estatísticas. A
cada cinco mortes no Brasil, três são de homens. Além disso, os homens vivem
7,6 anos menos que as mulheres. Esses dados são brasileiros, mas em relação ao
mundo desenvolvido, a saúde masculina no Brasil também deixa muito a desejar. O
homem não aceita sua própria fragilidade e, com isso, deixa de procurar ajuda.
Eles vão menos aos médicos também. Não se preocupam com prevenção.
A mulher é fundamental no papel de levar o homem ao médico...
Sem dúvida. Uma pesquisa recente feita pela Sociedade Brasileira de Urologia
com o Datafolha mostrou que 80% dos homens que vão aos médicos, o fazem porque
foram influenciados pela família, em especial pela esposa. Por consequência,
criam-se inúmeros mitos em relação à saúde masculina.
A andropausa, de fato, existe? Sim. Mas não existe a parada
de produção do hormônio masculino, como muitos imaginam. O que ocorre é um
"distúrbio androgênico do envelhecimento masculino ou hipogonadismo".
Significa a diminuição das taxas do hormônio masculino, a testosterona. Não há
parada da produção, repito. A partir dos 40 anos de idade, a redução é de em
torno de 1% ao ano. Os sintomas relacionados ao hipogonadismo são: perda da
libido, impotência ou disfunção erétil, irritabilidade, alterações cognitivas,
diminuição da massa muscular e óssea, aumento da gordura visceral.
A reposição hormonal para o homem é benéfica, afinal? Quando
há o conjunto dos sintomas acima citados e a dosagem hormonal mostrar que a
queda é maior que o normal, pode haver essa possibilidade, sim. Aliás, há aqui
outro mito referente à saúde masculina: a reposição de testosterona não causa
câncer de próstata, como se imagina. O que pode acontecer o tumor de próstata
já existente crescer com a reposição. Então podemos dizer que o tratamento de
reposição hormonal no homem é muito eficaz e com pouquíssimos efeitos
colaterais. É importante lembrar que, quando os sintomas citados aparecem e
estão relacionados aos hormônios, eles surgem de maneira gradual e contínua,
nunca abrupta. Quem passa por um stress intenso também pode apresentar estes
sintomas e, nesse caso, não é suficiente para fazer reposição hormonal. O
tratamento com testosterona só deve ser feito em homens cuja baixa dosagem
hormonal for comprovada por exames laboratoriais.
O homem se torna infértil com o passar da idade? Não. Estudos
recentes mostram que após os 40 anos há um declínio gradual dos índices de
fertilidade masculina. Mas ele produz espermatozoides a vida toda.
Diferentemente do que ocorre com as mulheres. Elas param de produzir óvulos.
A disfunção erétil acomete todos os homens ao longo da vida?
Estima-se que 50% dos homens acima dos 40 anos sofre de disfunção erétil, em
graus diferentes. A situação se agrava com o passar do tempo. Aos 40 anos,
estima-se que 5% dos homens não consigam ter ereção. Já aos 70 anos, essa
porcentagem sobre para 15%. Os principais fatores de risco para a impotência
sexual são doenças cardiovasculares, tabagismo, vida sedentária e obesidade.
Muitas vezes a disfunção erétil é um sintoma que antecede, por exemplo, uma
doença coronariana. Isso porque a artéria que irriga o pênis tem um terço do
calibre da coronária (a artéria do coração). Então, se a coronária está por
entupir, a do pênis pode entupir antes. Por isso, homens que têm disfunção
erétil devem procurar um médico porque isso pode ser indicativo de um problema
ainda mais grave.
Em quais situações as pílulas para disfunção erétil podem
prejudicar a saúde? Os remédios para disfunção erétil podem ser fatais para
homens com problemas de angina e que utilizam nitritos ou nitratos. Para eles,
o medicamento pode levar a uma redução abrupta da frequência cardíaca. Então,
antes de qualquer tratamento medicamentoso, é fundamental haver uma avaliação
médica adequada.
É possível ganhar massa muscular depois dos 50 anos? Sim,
desde que se faça exercícios. Os homens perdem massa muscular após os 40 anos e
isso está associado, sobretudo, aos níveis baixos de testosterona. Nestes
casos, além da massa muscular, também há perda da massa óssea. Ainda assim, é
bom lembrar que, independentemente das taxas de testosterona, o músculo precisa
ser estimulado a crescer, então aqueles homens que levam uma vida sedentária, mesmo
se tiverem a dosagem normal do hormônio, podem ter diminuição da massa
muscular.
O homem, de fato, pode consumir mais calorias que a mulher?
Sim. Mas é claro que isso depende do metabolismo individual. Homens obesos ou
que têm o metabolismo baixo devem seguir uma dieta mais rigorosa. Mas, em
geral, o homem realmente precisa de mais calorias do que a mulher porque seu
metabolismo é mais rápido e ele gasta mais energia.
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