O GOLPE DO PPCUB, PELOS DISTRITAIS QUE SÃO DONOS DE TERRAS!
A drástica
mudança no Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), no
tombado Plano Piloto, não passa apenas pela especulação do insaciável setor
imobiliário em conivência com a Câmara do Distrito Federal, mas também por
projetos pessoais dos deputados distritais que votarão o projeto.
O mapa do Plano Piloto com as mudanças do novo PPCUB – As aéras em
amarelo e laranja, hoje parques e áreas verdes com bosques, conforme prevê o
projeto original de Niemeyer e Lúcio Costa, serão loteadas para construção de
prédios comerciais e residenciais.
O que hoje são descampados para lazer vão se
tornar 'selva de concreto'.
O novo PPCUB vai abrir caminho para
loteamentos de outras áreas em cidades satélites, as quais de propriedades dos parlamentares.
É que
a LUOS – Lei de Uso e Ocupação do Solo tramita junto com o PPCUB e deve
ser aprovada a reboque, por interesses pessoais.
O presidente
da Câmara Distrital, Wasny de Roure (PT), confirmou ser dono
de terras na satélite Santa Maria, e requereu ao IBRAM, Instituto Ambiental de
Brasília, autorização para parcelamento de solo e venda.
Ele as adquiriu no fim dos anos 70.
Ele as adquiriu no fim dos anos 70.
Acuado,
Wasny ainda soltou: ‘Muitos outros parlamentares possuem terras no mesmo
local’.
Wasny é
padrinho do administrador de Santa Maria. Suas propriedades são no setor
Tororó, na DF-140.
Ele, porém,
não quis citar quais outros deputados têm lotes na região.
Segundo DAR
594/13, pág. 68 do Diário Oficial do DF, foi autorizada elaboração de estudo
ambiental nas terras de Wasny.
Aliado, o
Governo do DF faz de conta que não vê, em troca da aprovação do PPCUB pressionado
pelas construtoras.
O trator
governista do PPCUB que será votado semana que vem prevê um crime contra
Brasília: o loteamento do restante das belas áreas verdes do Plano Piloto.
Pressão das construtoras e incorporadoras também sobre a Câmara.
Cobrado pela
sociedade sobre a mudança no PPCUB no Plano Piloto, Wasny, em nome de parte da
Câmara, faz jogo de cena e diz que talvez não votem a mudança no plano.
A jogada é
justamente para pressionar o apoio do GDF, para que avalize a aprovação
conjunta do LUOS, que beneficiará as terras dos parlamentares para
negociações com construtoras.
O descalabro do Governo de Brasília e da Câmara Distrital é tão grande que o projeto será votado sem a resposta da UNESCO, que mantém o título de patrimônio da Humanidade para a cidade por preservar seu projeto original – e seus parques.
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