MAS QUE VERGONHA "MACHAIADA"!!!



QUE VERGONHA!

Duas cidades do Entorno estão entre as 10 onde mais mulheres são mortas.

Planaltina de Goiás e Santo Antônio do Descoberto figuram no topo de uma lista nacional que em nada orgulha a população. As duas cidades aparecem entre as 10 com mais registros de homicídios femininos no Brasil. O ranking dos 582 municípios mais perigosos para as mulheres traz três do Entorno e coloca Brasília na190ª posição do país. Entre as unidades da Federação, as estatísticas apontam Goiás em 6º lugar, com o DF logo em seguida, em 7º. A pesquisa Mapa da Violência foi feita em parceria com o Ministério da Justiça e divulgada este ano.

Nos oito primeiros meses de 2011, pelo menos 40 mulheres foram assassinadas nas cidades ao redor da capital federal. O número pode estar defasado e esconder uma situação ainda pior. Isso porque nos 17 municípios do Entorno existe apenas uma delegacia especializada em violência contra a mulher, criada por decreto em Luziânia. Nas outras cidades, o atendimento é feito em instalações precárias dentro da própria delegacia comum. Em todo o estado de Goiás, existem dez unidades do gênero para os 246 municípios.

Além de faltar estrutura para a denúncia, as mulheres goianas encontram dificuldades de proteção contra agressões. Em todo o estado, existe apenas um juizado especializado, que fica em Goiânia. O único abrigo para resguardar essas mulheres também está na capital de Goiás e é gerenciado pelo Centro de Valorização à Mulher (Cevam), uma organização não governamental. Existe uma casa abrigo no DF, mas, normalmente, não acolhe vítimas que registraram ocorrência no Entorno.

Em todo o Centro-Oeste, são seis casas, sendo três só em Mato Grosso. No Brasil, são 87 casas desse tipo. “Goiás não tem casa abrigo de responsabilidade do governo. Também não tem delegacias suficientes, juizado especializado, e falta qualificação às equipes. É preciso responsabilizar o Estado pela falta de cumprimento da legislação”, denuncia Maria de Fátima Veloso, coordenadora do Fórum Goiano de Mulheres.

O desespero das vítimas goianas é tão grande que muitas procuram auxílio em Brasília. “Elas ligam e vêm até aqui pedindo ajuda. Nós registramos as ocorrências, mas enviamos para as delegacias responsáveis no Entorno. Não podemos interferir no trabalho de outro estado”, afirma Mônica Loureiro, delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher do DF. Pelo menos seis registros de violência contra a mulher são denunciados diariamente na Deam da capital federal.

Números do horror

De acordo com o Mapa da Violência, Planaltina de Goiás é a 6ª cidade do país onde mais mulheres são assassinadas. A primeira é Escada, em Pernambuco, e a segunda, Sorriso, em Mato Grosso. No município com os maiores números de homicídios femininos de Goiás, desde maio não existe delegada na seção especializada. O atendimento é feito pelo titular do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), Fernando Alves Barbosa. “A delegada que recebia as mulheres foi transferida e agora eu também estou no atendimento a elas. De vez em quando, peço ajuda às agentes para conversar com as vítimas”, afirmou o delegado. Neste ano, cinco mulheres morreram na cidade.

No Novo Gama, onde seis mulheres morreram assassinadas este ano, a seção especializada foi criada há três semanas. Como muitos dos homicídios são frutos de violência doméstica, o objetivo da seção é tratar as queixas de forma diferenciada. “Em crimes passionais, dificilmente as mulheres são mortas com arma de fogo. Os homens querem demonstrar poder, raiva e humilhar aquela mulher. Geralmente, eles usam facas e machucam o rosto das companheiras”, explica Karina Duarte, delegada da seção da mulher no Novo Gama.

Para o delegado Fernando Alves Barbosa, além dos crimes passionais, o crescimento de mortes femininas se deve ao ingresso delas no tráfico de drogas. “Os companheiros são presos e elas traficam no lugar dos maridos para garantir o sustento da casa”, diz.


UMA ANÁLISE DO FATO:

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Violência contra a mulher

Muitas mulheres sofrem violências de seus companheiros o que resultam em traumas para a vida toda.

O que diz a declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres, Resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas, dezembro de 1993:

“A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduziram à dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens e impedem o pleno avanço das mulheres…”

Os fatores que são responsáveis pela violência contra as mulheres algumas vezes vem através do álcool, drogas ilegais e ciúmes, a causa dessas reações na realidade vem da educação desde de pequenos pois os meninos são orientados a valorizar a agressividade, a força física, a ação, a dominação e a satisfazer seus desejos, inclusive os sexuais, já as meninas são valorizadas pela beleza, delicadeza, sedução, submissão, dependência, sentimentalismo, passividade e o cuidado com os outros.

A maior parte das mulheres agredidas se calam e não pedem ajuda por vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor; outras acham que “foi só daquela vez” ou que, no fundo, são elas as culpadas pela violência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não querem prejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado socialmente ou ainda pior as que pensam que “ruim com ele, pior sem ele”.

Toda mulher agredida e que sofram violência devem procurar qualquer delegacia, mas é preferível que elas vão às Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher (DDM). Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

Na verdade aquelas mulheres que sofrem qualquer tipo de violência deve denunciar sim o agressor pois só assim as coisas podem começar a mudar.

As leis já começaram a mudar a favor das mulheres agredidas como exemplo uma lei que chegou não tem como escapar é a Lei Maria da Penha por isso não tenha medo, não se curve a esse tipo de homem denuncie faça valer o seu grito de mulher.

Tipos de violência

Violência contra a mulher é qualquer conduta ação ou omissão de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.

Violência de gênero é a violência sofrida pelo fato de se ser mulher, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema social que subordina o sexo feminino

Violência doméstica é quando ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação.Violência familiar é a violência que acontece dentro da família, ou seja, nas relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural (pai, mãe, filha etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto ou outros), por afinidade (por exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que more na mesma casa).Violência física é a ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à integridade física de uma pessoa.Violência institucional é o tipo de violência motivada por desigualdades (de gênero, étnico-raciais, econômicas etc.) predominantes em diferentes sociedades. Essas desigualdades se formalizam e institucionalizam nas diferentes organizações privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes grupos que constituem essas sociedades.Violência intrafamiliar/violência doméstica – acontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.Violência moral é a ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da mulher.Violência patrimonial – ato de violência que implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores.Violência psicológica é a ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal.Violência sexual é a ação que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal.Considera-se como violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros.

Consta ainda do Código Penal Brasileiro: a violência sexual pode ser caracterizada de forma física, psicológica ou com ameaça, compreendendo o estupro, a tentativa de estupro, o atentado violento ao pudor e o ato obsceno.



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