MÉDICA IMUNOLOGISTA ALERTA!
Decisão do STF pode provocar morte de milhares de infectados pelo
coronavírus, alerta Nise Yamaguchi
A imunologista emitiu comunicado dizendo que ao apontar o uso da cloroquina como “erro grosseiro” de agente público, Supremo tira chance de cura de milhares de pessoas.
A médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi divulgou, nesta segunda-feira,
comunicado à imprensa em que alerta que o Supremo Tribunal Federal (STF) pode
prejudicar milhares de usuários do Sistema Único de Saúde ao não permitir a
eles o acesso à cloroquina e à hidroxicloroquina em seus tratamentos.
“O Supremo Tribunal Federal, através da restrição da MP 966, passa a
considerar ‘erro grosseiro’ de agente público, atos que ‘não observarem normas
e critérios científicos e técnicos, tal como estabelecidos por organizações e
entidades médicas e sanitárias, internacional e nacionalmente reconhecidas’.
Causa estranheza, o STF, a pedido de vários partidos políticos, tomar essa
decisão antes mesmo que a Medida Provisória fosse apreciada no Congresso
Nacional”, aponta Nise.
De acordo com a médica, o remédio está sendo utilizado com sucesso em
diversos hospitais particulares e convênios médicos e o próprio Conselho
Federal de Medicina (CFM) deixou a critério dos profissionais de saúde
definirem a utilização ou não da medicação no tratamento da covid-19, em nota
técnica de 23 de abril, o que passou a ser respeitado pelo Ministério da Saúde
em 22 de maio.
“A decisão do Supremo Tribunal Federal leva à ‘perda de chance ou
oportunidade de ter uma vantagem ou de evitar o “A decisão do Supremo Tribunal
Federal leva à ‘perda de chance ou oportunidade de ter uma vantagem ou de
evitar o prejuízo’ (obter no futuro algo benéfico e onde a oportunidade foi
irremediavelmente destruída).
No caso, a chance de receber um protocolo de tratamento que pode trazer
benefícios é irremediavelmente destruída pela penalização de prescrição dos
medicamentos pelos médicos da rede pública”, continua a imunologista.
Para Nise Yamaguchi, o STF, ao tomar decisões médicas, vai contra o
princípio do uso da compaixão e retira toda e qualquer oportunidade ou chance
de esperança, questionando que tribunal vai se responsabilizar caso no futuro o
medicamento se prove benéfico e vidas tenham sido ceifadas pelo não uso dele.
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