AÇÃO PENAL CONTRA DISTRITAIS CITADOS NA OPERAÇÃO DRÁCON COMEÇA A TRAMITAR
NO TJ
Ação penal cita Celina Leão, Bispo
Renato, Julio Cesar, Raimundo Ribeiro e Cristiano Araújo, pelo crime de
corrupção passiva. Grupo cobrou propina para liberar emendas, diz investigação.
A ação penal apresentada pelo
Ministério Público do Distrito Federal contra os cinco deputados distritais
investigados na operação Drácon foi protocolada, formalmente, no sistema do
Tribunal de Justiça nesta quinta-feira (10). A denúncia tinha sido recebida
pelo Conselho Especial do TJ em março, mas o processo ainda aguardava os
trâmites burocráticos.
A denúncia cita os deputados Celina
Leão (PPS), Raimundo RIbeiro (PPS), Bispo Renato Andrade (PR), e Julio Cesar
(PRB) – que compunham a Mesa Diretora da Câmara Legislativa entre 2015 e 2016 –
e o deputado Cristiano Araújo (PSD), apontado como articulador do esquema.
Vice-presidente da Casa na época e autora das gravações que deram origem à
apuração, Liliane Roriz (PTB) não é citada.
O G1 tenta contato com a defesa dos parlamentares e com o
Ministério Público. Em função do Dia do Advogado, o TJ e o MP do DF não têm
expediente nesta sexta (11). Apesar da denúncia e do processo, os deputados
continuam exercendo os mandatos porque o pedido de afastamento, feito pelo MP,
foi negado pelo Conselho Especial.
A operação Drácon foi deflagrada em
agosto do ano passado, e investiga a existência de um esquema de propina na
Câmara Legislativa, em troca da destinação de emendas parlamentares para quitar
dívidas do Palácio do Buriti.
Próximos passos
A partir de agora, serão ouvidas
testemunhas de defesa e de acusação, além dos próprios réus, antes do
julgamento final. Novas provas também podem ser apresentadas, tanto pelo
Ministério Público – o órgão acusador – quanto pelos envolvidos.
A denúncia foi oferecida em
novembro do ano passado. Para os investigadores, há provas de que o grupo
recebeu propina para articular e aprovar emendas em favor de empresas da área
da saúde e da construção civil que detêm contratos com o governo.
Se forem condenados, eles perdem o
mandato eletivo e podem ser punidos com multa e até 24 anos de prisão.
Mesa de corrupção
A Drácon recaiu sobre os
parlamentares que, na época, compunham a Mesa Diretora da Câmara Legislativa.
Além de Celina e Liliane, então presidente e vice, Ribeiro ocupava o cargo de
primeiro-secretário; Julio Cesar era segundo-secretário e líder do governo, e
Andrade, terceiro-secretário.
O grupo chegou a ser afastado da
Mesa mas, depois, retornou. A Drácon também investiga a conduta do deputado
Cristiano Araújo, que não fazia parte da Mesa Diretora, mas é visto pelo MP
como "interlocutor" entre as empresas beneficiadas e os
parlamentares.
Metrópoles.com
VALE ATÉ REZAR NO GABINETE DO DISTRITAL JÚLIO CÉSAR PARA QUE ELE NÃO SEJA PUNIDO PELA JUSTIÇA.
OUÇA O ÁUDIO:
https://youtu.be/FkkgG5vdF4k
VALE ATÉ REZAR NO GABINETE DO DISTRITAL JÚLIO CÉSAR PARA QUE ELE NÃO SEJA PUNIDO PELA JUSTIÇA.
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