PRIMEIRO BEBE COM MICROCEFALIA NO DF ESTÁ EM
SAMAMBAIA.
Definitivamente esta não é uma noticia comum para os moradores de Samambaia no Distrito Federal. Por isto, o impacto causado pelo ineditismo do fato antes nunca registrado.
A Secretaria
de Saúde do DF ocorreu na região administrativa de Samambaia. Segundo a pasta,
trata-se de uma gestante que teria contraído o vírus no próprio DF. O bebê, que
nasceu em abril, está hoje com oito meses e é acompanhado por uma equipe
multidisciplinar da rede pública de saúde. Este é o único caso, até o momento,
em que a gestante se contaminou com o zika no DF e deu à luz uma criança com
microcefalia, de acordo com a pasta.
“O caso
estava sob investigação, desde que foi notificado. A informação só entrou no
informativo epidemiológico após a confirmação”, comunicou o governo, em nota.
A
Secretaria também informa que o crescimento nos casos da doença foi de 8.550% –
passou de dois para 173, até semana passada.
Antes, um
caso já tinha ocorrido em uma família que reside em Águas Claras. Porém, nesse
caso, a contaminação tinha acontecido em outra unidade da federação. Em outros
casos detectados no DF, o governo informa que o vírus não chegou a resultar na
malformação dos bebês.
De acordo
com a Secretaria de Saúde, 26 gestantes tiveram a doença na capital. O vírus
está concentrado nas Asas Norte e Sul; no Guará; no Lago Norte; Águas Claras; e
Samambaia. Juntas, essas regiões somam 98 casos — 56,65% do total.
VACINA A CAMINHO:
Primeira vacina contra o Zika segue em andamento na
pesquisa e testes.
A pesquisa
em estágio inicial terá 40 pessoas saudáveis para avaliar segurança, tolerância
e resposta imunológica geradas pela vacina GLS-5700
–
Planejamos dosar nossos primeiros indivíduos nas próximas semanas e esperamos
relatar os resultados interinos da fase 1 posteriormente neste ano – disse o
presidente-executivo da Inovio, Joseph Kim.
Em
fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o zika como emergência
de saúde pública global. O vírus foi associado à microcefalia, uma má-formação
congênita em bebês.
Na semana
passada, autoridades norte-americanas relataram três bebês nascidos com
má-formações congênitas provavelmente ligadas ao zika.
O
laboratório francês Sanofi provavelmente vai iniciar seus próprios testes de
vacina em humanos no ano que vem.
Já a
indiana Bharat Biotech é outra companhia que está na corrida para desenvolver
uma vacina para a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
INVESTIMENTOS SERÃO ALTISSIMOS DIZ OMS.
Quase US$ 122 milhões são necessários para evitar e
administrar as complicações provocadas pelo vírus zika
É preciso
se concentrar especificamente no apoio a mulheres e jovens em idade de
engravidar, afirmou a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU)
no momento em que dá início a uma estratégia revisada conjunta com a
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para decidir como lidar com o vírus
transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
O zika vem
provocando alarme nas Américas desde que casos de microcefalia, uma má-formação
craniana, foram relatados no Brasil, o país mais afetado pela epidemia.
O defeito
de nascença raro se caracteriza pelo tamanho anormalmente pequeno da cabeça e
por problemas de desenvolvimento em potencial. As autoridades brasileiras já
confirmaram mais de 1.400 casos de microcefalia em bebês cujas mães foram
expostas ao zika durante a gravidez.
Na
quinta-feira, autoridades de saúde dos Estados Unidos relataram que três bebês
nasceram com defeitos de nascença ligados a prováveis infecções de zika vírus
nas mães durante a gestação, além de três casos de abortos espontâneos ligados
ao zika.
A
diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que já se descobriu muito sobre o
zika, como ele se dissemina, as consequências da infecção e como controlá-la.
desde que
autoridades de saúde globais começaram a adotar seus primeiros planos de reação
no começo deste ano. A OMS declarou o zika uma emergência de saúde global no
dia 1o fevereiro.
– A reação
agora exige uma estratégia única e integrada que tenha como foco o apoio a
mulheres e garotas em idade de conceber – disse ela em um comunicado.
O plano
enfatiza vários aspectos do surto de zika “que exigem uma reação colaborativa e
global”, afirmou a OMS.
Entre eles
estão o potencial de uma disseminação internacional maior do zika devido à
grande presença do mosquito Aedes Aegypti, que tem capacidade de transmitir o
vírus, a falta de imunização das populações de áreas onde o zika vírus está
circulando pela primeira vez e a falta de vacinas, tratamentos e exames de
diagnósticos rápidos.
Pesquisa: Karlão-Sam.