ACABOU! NO MARANHÃO, BENS PÚBLICOS NÃO PODERÃO MAIS
RECEBER NOMES DE PESSOAS VIVAS

Assim que
tomar posse, nesta quinta-feira (1º), Dino vai assinar um decreto proibindo que
bens públicos do Estado recebam o nome de pessoas vivas. A medida entra em
vigor já na sexta (2), quando será publicada no “Diário Oficial”.
O
ex-presidente José Sarney dá nome a escolas, bibliotecas e obras viárias em
todo o Maranhão. A mulher dele, os filhos e aliados políticos também batizam
instituições de ensino e hospitais, como a Maternidade Marly Sarney, em São
Luís.
A Folha
apurou que o decreto de Dino exige a apresentação de certidão de óbito nas
iniciativas para a denominação de locais públicos e diz que o homenageado deve
ter “reconhecida idoneidade”.
A medida
não irá retroagir para tirar os nomes dos Sarney dos prédios já batizados, mas
eles poderão ser alterados se agentes públicos como secretários estaduais,
dirigentes e assessores dos órgãos solicitarem a mudança à Casa Civil.
Até o
Tribunal de Contas do Estado já teve o nome de Roseana Sarney
O sobrenome
Sarney aparece em mais de 160 escolas no Maranhão. Em alguns municípios, o
patriarca chega a batizar mais de uma instituição. É o caso de Bacabal (195 km
de São Luís), onde existem a Unidade Escolar Governador Sarney e o Centro de
Ensino Presidente José Sarney, além do Centro de Ensino Roseana Sarney.
Aliados
como os ex-ministros Edison Lobão (e a mulher dele, Nice) e Gastão Vieira,
todos vivos, também estão gravados nas fachadas de escolas da capital e do
interior.
Auxiliares
de Flávio Dino dizem não saber a quantidade exata de prédios públicos que
homenageiam a família Sarney e seu grupo político. Afirmam que a lista com
todas as construções do Estado foi solicitada ao governo Roseana durante a
transição, mas não foi entregue.
MILITARES
INCLUÍDOS
O decreto
de Dino também proibirá que bens públicos recebam o nome de pessoas que tenham
sido responsabilizadas, no relatório final da CNV (Comissão Nacional da
Verdade), por violações aos direitos humanos durante o regime militar
(1964-1985).
A medida,
nesse caso, se estende a pessoas mortas e terá efeito retroativo. Com isso,
locais batizados com os nomes dos ex-presidentes do Brasil no período, citados
no texto da comissão, terão que ser alterados.
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