ENTENDA POR QUE SOMOS NÓS QUE FAZEMOS NOSSOS PRÓPRIOS INFERNOS!

COMO FAZER UM INFERNO.
Sim, o inferno existe. Ele é individual, pessoal e intransferível.
 
















Cada pessoa carrega o seu onde quer que vá, feito por ela própria, da mesma forma que carrega o paraíso quando escolheu a opção oposta.

A receita para fazer um inferno é simples. As pessoas nascem sabendo como se faz isso e o fazem sem perceber que sabem como fazê-lo.

Em todo caso, para aqueles que ainda não possuem seu inferno, aqui vai a receita de como montá-lo de forma eficiente e eficaz:

Comece por aceitar todas as idéias prontas que surgem. Acredite que tudo que vem da televisão é verdadeiro.

Minta, minta bastante.

Nunca, em hipótese alguma, pare para questionar alguma coisa.

Pensar com critérios sérios, escolhendo com bom senso, agindo sinceramente consigo mesmo, são espécies de contra-receitas para fazer se um inferno. Ou seja, haverá fracasso na sua criação.

Atenção! Isto é importante: jamais seja sincero.

Falar demais e pensar de menos é um aditivo importante no processo.Os desentendimentos que isso causa podem acelerar sensivelmente a construção do inferno.

Endividar-se além das possibilidades de ganho é outro comportamento importante para obter êxito no pleito. Portanto, poupança nem pensar.

Ao invés de se dedicar na tarefa de descobrir as capacidades inatas em si mesmo, passando apenas a sentir inveja daqueles que o fazem, é algo que colabora demais na construção infernal.

Acreditar naquelas pregações baratas cujo único objetivo é o saldo de uma conta bancária ajuda demais. O processo é mais rápido para aquelas pessoas que emprestam sua fé para os outros por preguiça de procurarem elas mesmas a verdade.

Outro componente infalível na receita é sempre procurar trabalhar no que não gosta, ou não tentar - ao menos - descobrir algo para gostar no trabalho que faz.

Acreditar no que dizem os políticos sem pesquisar se há alguma verdade ali e depois votar naquele que achar mais simpático, carismático, eloqüente e, como diria o sábio povo da roça, escorregadio. Interessante neste caso é que não haverá colaboração apenas para a construção do inferno da própria pessoa que o deseja, mas também, para a coletividade no entorno.

Sim, existem pessoas que laboram pela construção de um inferno coletivo. Mas isso, na verdade, é apenas uma aglomeração de infernos próximos. As guerras acontecem dessa forma. Seus arquitetos são exímios construtores de inferno.
 
Outra parte importante da receita: ignore os conselhos paternos.

Agora existem ingredientes sutis na receita. Fazem parte da categoria dos sentimentos.

Cultivar a indiferença dizendo que nada tem a ver com o problema que afeta as outras pessoas.

Aceitar o ciúme como algo normal extrapolando na ilusão da propriedade sobre o outro e arrasando relacionamentos é certeza da construção de um inferno bastante sólido, cuja reversão custará um oceano de lágrimas.

Ampliar o repertório de desculpas.

Afinal, aquele que passa fome faz isso por conta própria. Isso é algo assim como o rabo do elefante afirmando que não pertence ao elefante, simplesmente porque não o pode ver por inteiro. Esta parte da receita, sozinha, é capaz de montar um inferno amplo, pois os preteridos da vida sempre acabam por se voltar indiscriminadamente contra tudo e contra todos. Esse é o famoso inferno que vem a cavalo.

Deixar as crianças por si mesmas entregues a toda sorte de vicissitudes é algo que não apenas ajuda a criar um inferno, mas faz com que ele se amplie geometricamente como se tivesse vida própria.
Não fazer agora o que deve ser feito agora, perdendo o momento adequado, é algo que auxilia demais. Mesmo porque, depois, a inutilidade do arrependimento é um fardo do qual será impossível se livrar. Aliás, esse é o inferno agregado.
Porém, se o objetivo é criar o paraíso, apenas inverta a receita.
O mais importante no entanto é:


 "Confie sempre em DEUS!'

Mensagem original: Desembargador Eduardo Mayr
(Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro)

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