Administrador regional de Samambaia, chega de férias, toma conhecimento das reclamações da população que já vinham desde maio/13 e ordena derrubada da "Banca Sinistra".
Mas será que é assim que se faz? Perguntam-se os moradores!
As reclamações na imprensa eram constantes desde o ano passado, sem serem atendidas.
Abandonada e sinistra! Por mais de 10 anos ela esteve
abandonada servindo de abrigo a todo tipo de escória, foi o terror dos
moradores das quadras vizinhas as QRs, 123,125 e do outro lado da avenida, nas
de numeração 300.
Como elemento do patrimônio público, obviamente administrado
pelo Governo do Distrito Federal, ficou a mercê das intempéries, sem que
ninguém tomasse conhecimento de sua existência, ou dos problemas que ela
causasse à população. Foram assaltos, uso de drogas, esconderijo de produtos
roubados, tentativas de estupro as mulheres que passavam por ali especialmente
a noite em meio a escuridão em que ela ficava.
A banca sinistra como ficou conhecida pela população local,
foi também alvo e estrela de várias reportagens nas principais redes de tv e
jornais da capital do país.
Até que senão de repente, ela foi ao chão, numa brusca
determinação do administrador regional de Samambaia, Risomau Carvalho, que
enviou na manhã desta terça-feira,14, mal chegado de suas férias, e certamente
irritado porque mais uma vez a voz da comunidade se fez presente pela imprensa,
já que não é ouvida por quem tem a obrigação de se debruçar e escutá-la, enviou
viatura policial,(coisa rara naquele local, diga-se de passagem) junto com funcionários
e um trator derrubando a banca, numa atitude típica dos que desprezam o
diálogo por não serem dados a ele, ou fazerem as coisas sempre fora de
tempo, e ao arrepio da vontade popular dos que os ajudaram a chegar aos seus
cargos e achando-se donos dos mesmos, em momento algum chamou a comunidade ou
seus representantes ao diálogo, para ver a possibilidade de outra destinação do
imóvel, como se fez em outras situações na cidade.
Restou apenas um monte de entulhos a ser removido do que um
dia foi um bem público entregue como concessão a alguém que não se interessou
em fazê-lo profícuo, errando ao recebê-lo e errando ao abandoná-lo da mesma
forma que o gestor público errou ao derrubá-lo, em um gesto de descontrole
mediante os legítimos reclames da fonte, da origem dos impostos que a
construíram e mantiveram enquanto bem público.
Gestos como este, desprovidos de diálogo com a comunidade,
mostram a face arrogante e o despreparo, daqueles que veem o bem público e os
cargos que ocupam, apenas como depositários de suas manobras políticas e
pessoais como se o grupo político ao qual pertencem, fosse reinar
indefinidamente sobre os destinos e necessidades do povo.
Bem diferente do tratamento dispensado aos aliados de ocasião, ou a funcionários da administração em especial, que tiveram, parquinhos, PECs, e até quadras de futebol de salão, construídos praticamente nas portas de suas casas.
SBT e DF-TV mostraram a situação tenebrosa da banca em suas várias etapas.
Sempre após as reportagens. os funcionários da administração regional apareciam quase que imediatamente, e juravam solenemente que providencias seriam tomadas. Só que nunca foram no prazo de quase um ano! Nem após a banca pegar fogo no início deste ano!
No momento das derrubada da banca, um morador que por ali
passava, fez a seguinte pergunta: ”Porque
não se fazer uma biblioteca comunitária, ou um espaço cultural qualquer como
foi feita no antigo posto policial da QR 519 também em Samambaia”?
Ao que veio a resposta imediata:
“Você está
no governo? No grupo dele? Não? Então, se chances! Porque aqui perto tem várias
obras que foram feitas próximo às casa de gente que trabalha no governo” disse
uma senhora aposentada e moradora na quadra próxima da banca”
Após a derrubada, a banca permaneceu com os fios ligados a rede da CEB, ainda portanto em condições de risco, e o entulho até o final da tarde não tinha sido removido.
A resposta deve ser dada nas reuniões que serão feitas pela
comunidade nos próximos meses para se discutir o abandono e o desinteresse do
governo em fazer obras públicas nessa porção da cidade, nem sendo pedidas no
Orçamento Participativo, criado e gerido com toda pompa pelo governo, supostamente
com o fito de atender as comunidades em suas prioridades em matéria de dobras,
o que no caso destas quadras vizinhas a
banca abandonada, ela mesma um sinal de desinteresse por par parte do governo
em olhar para as necessidades desta mesma população que o elegeu e espera que
ele atenda no mínimo o essencial do que foi prometido, não vem sendo feito.
Karlão-Sam
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