Enquanto um
punhados de bobalhões lamenta nas mídias sociais se rasga por políticos alguns
até condenados, ou então por cantores de funk que na verdade não cantam, apenas
simulam a ‘dança do acasalamento’, ou choram por causa da morte de estrelas
internacionais, mais de 190 crianças, menores de um ano morreram no Brasil.
Morrem mais de
95 por dia: por problemas de pré-natal da mãe, por doenças congênitas, por
microcefalia , dengue, zikavírus, por subnutrição, por falta de assistência
médica, por água contaminada.
E não vejo
nenhum desses bobagentos postando a sua tristeza por este verdadeiro massacre
de brasileirinhos, o futuro do País do Futuro.
Então vem a
lembrança da frase de Umberto Eco, mais uma vez a calhar:
“O drama da
internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”.
Dizia mais, o
semiólogo e escritor:
As redes sociais
dão o direito à palavra a uma “legião de imbecis” que antes falavam apenas “em
um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”.
O escritor italiano Umberto Eco, autor
de O Nome da Rosa, entre outros, morreu em 2016, aos 84 anos.
Sua obra de maior sucesso, O Nome
da Rosa, foi publicada em 1980 e adaptada para o cinema em 1986 por
Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery no papel principal. O livro lhe rendeu o
Prémio Strega, em 1981, e foi sua estreia na ficção. Entre outras obras de
destaque de Eco estão títulos como O Pêndulo de Foucault, A
Ilha do Dia Antes, Baudolino, A Misteriosa Chama da
Rainha Loana e O Cemitério de Praga.
Umberto Eco também é autor de importantes
obras e ensaios acadêmicos, como Apocalípticos e Integrados (1964),
que se tornou referência na literatura de cursos de comunicação. Seu último
livro, Número Zero, foi lançado em 2015. Eco, que lecionou entre
outras, nas universidades norte-americanas de Yale e Harvard, assim como no
Collège de France, é autor de uma vasta bibliografia teórico e é autor, entre
outros, de O Signo, Os Limites da Interpretação, Kant
e o Ornitorrinco, Seis Passeios no Bosque da Ficção e Como
se Faz uma Tese em Ciências Humanas.
Desde 2008, Eco era professor emérito e
presidente da Escola Superior de Estudos Humanísticos da Universidade de
Bolonha. Em 2014, Umberto Eco Eco recebeu o título de Doutor Honoris Causa da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A universidade brasileira foi a 40ª
a conceder o título ao intelectual italiano e a primeira instituição do país.
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