BRB É ALVO DE NOVA OPERAÇÃO POLICIAL! COMO SE FOSSE NOVIDADE A CADA TROCA
DE GOVERNO
O governador do Distrito Federal
Ibaneis Rocha (MDB) disse nesta terça-feira (29) que "tinha notícias de
que as coisas no BRB não andavam bem". Durante a manhã, a Polícia Federal
(PF) deflagrou uma operação que investiga um esquema de pagamento de propinas a
diretores e ex-diretores do Banco de Brasília (BRB).
Os pagamentos de propina seriam em
troca de investimentos em projetos como o do extinto Trump Hotel, no Rio de
Janeiro, atualmente LSH Lifestyle. De acordo com investigadores, a operação tem
o objetivo de desarticular uma organização criminosa instalada no BRB desde 2014.
Empresários e agentes financeiros
autônomos são suspeitos de cometer crimes contra o sistema financeiro,
corrupção, lavagem de dinheiro, gestão temerária, entre outros. A operação,
batizada de Circus Maximus, cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão,
autorizados pela 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, em endereços
comerciais e residenciais no Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e
São Paulo.
Em nota, o BRB informou que
"apoia e coopera integralmente" com todos os órgãos que conduzem a
operação. Segundo o banco, a investigação corre em segredo de Justiça e todas
as informações foram repassadas "exclusivamente" às autoridades
policiais.
O governador do DF disse que confia
na capacidade do Banco de Brasília. Ele citou projetos na área de habitação e
na renegociação de dívidas dos servidores públicos como trabalhos já em
andamento pela nova diretoria.
"É uma nova era para o BRB,
mas certamente há muitas coisas para serem apuradas ali dentro."
Ibaneis informou também que está
trazendo contas de outros estados, como Mato Grosso (MT), para o Banco de
Brasília. "Por ser um banco regional, pretendemos trazer a folha de
pagamento de Mato Grosso para cá", afirmou.
Investigados
A Operação Circus Maximus apura se
o Banco de Brasília fez operações suspeitas e com potencial de prejuízo. Entre
os investigados, estão Diogo Cuoco e Adriana Cuoco, parentes do ator Francisco
Cuoco. A Justiça decretou a prisão preventiva de Diogo e buscas na casa e na
empresa de Adriana.
O presidente licenciado do BRB,
Vasco Cunha Gonçalves e Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do
ex-presidente João Figueiredo, também são investigados. Os dois tiveram a
prisão preventiva decretada.
O G1 busca contato
com os investigados. Até a última atualização desta reportagem, ainda não havia
resposta.