VITOR-ASSIM COMO ESTE, MUITOS OUTROS MORRERÃO!

Eu vi este jovem crescer nas ruas de Samambaia, participar de reuniões de igreja na minha casa e depois ser seduzido para os caminhos do crime.
Detalhe: Ele não estava armado e era a primeira vez que foi participar de um assalto onde os outros já com passagem pela Justiça, estavam armados, um dos quais perdeu um irmão assassinado no meio da rua na QR115.
Ou seja; a estupidez da matemática da violência, não respeita ideais, teorias, números e nem estatísticas, sendo fria e cruel como uma roda viva que não para de crescer e gerar seus sinistros recordes.
Isso fica claro pela imagem dele caído na porta do ônibus, mas certamente e com razão o policial não iria marcar um tempo no relógio para de arma em punho perguntar se iriam atirar nele ou não.
Resultado: Morreu o iniciante, que como eu disse, vi crescer e com quem tive oportunidade de conversar várias vezes dando-lhe conselhos para estudar e tentar melhorar sua vida e de sua família. Mas, nada adianta agora!
E lá se vai mais vítima da incompetência de pais e mães que em alguns casos não sabem mais que jogar os filhos no mundo.
Não me interesso pelo mimimi dos que acham que sabem tudo de fazer Justiça contra marginais, e que são apenas mais um CPF cancelado, e que na hora em que eu me ver na frente de um deles armado, aí vou me lembrar de chamar a polícia(que certamente pouco anda por aquelas ruas) e vão dizer que defender marginais é ser igual a eles, mas deixo claro que depois de ver todos os meus filhos, quando ali morei, serem assaltados vindo de igreja, colégio, casa de amigos ou descendo de uma parada de ônibus, não irei jamais estar do lado deles, é claro, mas vejo nisso uma realidade difícil de mudar, eu que já vi nos últimos anos tantos jovens morrerem nesta mesma localidade, sabidamente uma das mais esquecidas por todos os governos do DF especialmente os pequenos de periferia e os mais pobres e esquecidos por esta mesmas justiça, enquanto os grandes bandidos de paletó e gravata nos roubam milhões por dia.
Lamento por ele por sua família por seus pais e por outras famílias que que conheço e que bem sei, estão a caminho desta mesma estrada sem retorno, num tecido social que a cada dia se rompe mais em função da negligência do Estado e seus aparelhos corrompidos e ausentes.
Não julgo, não sou juiz, apenas conheci esta realidade, vindo de uma favela trazido pela mão de uma mãe que buscava ter e dar uma vida melhor para mim e meus quatro irmãos, nenhum dos quais graças a ela e a Deus enveredou por estas trilhas desde 1969 quando aqui chegamos.
O resto e os mimimis deixo para quem acredita ter solução para todas as mazelas sociais, mas só da boca para dentro!

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