Angela Merkel encontrou um inimigo
que não pode ser batido. Pela primeira vez a Alemanha deixará de liderar o
bloco europeu sem qualquer contestação.
O questão não é que Trump não pode
ser desafiado; o problema é que ele não pode ser vencido; não por uma União
Européia fragilizada, afogada em problemas de imigração e com um estado de bem
estar social tão inchado que a impede de competir com as grandes produtoras do
mundo.
A Europa sobrevive por dois únicos
motivos: porque sobretaxa e porque se aproveita da política fiscal condescendente
dos Estados Unidos.
Em 1993 a Europa assina a etapa
mais importante do então chamado ato único europeu, que prevê quatro elementos
fundamentais para a chamada União Européia:
1. Livre circulação de mercadorias.
2. De serviços.
3. De pessoas.
4. De capitais.
Nos próximos sete anos as
principais economias do bloco, com exceção da Inglaterra, que já antevia a
desvantagem cambial em relação com os alemães, adotariam o Euro.
Assim teve início o imperialismo
cambial e fiscal alemão sobre os demais países.
A Alemanha é um país exportador.
Com mão de obra qualificada, altíssimo grau de escolaridade e um mercado que
depende quase que exclusivamente de produtos com alto grau de sofisticação, ela
precisa mandar tudo para fora.
Através do câmbio único e da livre
circulação de mercadorias, ela achata a concorrência dos italianos, franceses e
espanhóis e domina uma vastidão tão grande de mercados que vão da indústria
automobilística aos equipamentos hospitalares.
O Euro é a vacina que a Alemanha
precisa para equiparar a moeda, eliminando as fronteiras cambiais. Um
Volkswagen chega à Itália sem impostos e na mesma cotação. É um estupro.
Durante quarenta anos a Alemanha
vem se beneficiando da boa vontade fiscal americana para atolar o país com seus
veículos; mantendo os pátios no próprio território, a sua indústria mantém-se
aquecida, com empregos e impostos gerados no local, enquanto que a mercadoria
percorre os quatro cantos do mundo.
E tudo foi bom; o país floresceu, a
sua economia se desenvolveu e o seu povo prosperou, às custas de um emaranhado
de negociações, que vão desde o empréstimo de dinheiro aos países mais fracos
do grupo até o lobby político direto, para que projetos benéficos à Alemanha sejam aprovados pelo bloco.
Enfim...o plano era ótimo; até que surgiu Donald Trump.
Trump diz: "chega de mamata.
Querem continuar mandando as sua quinquilharias para cá? Nos taxem, ai, da
mesma forma. Não dá para vocês pagaram 6% para virem pra cá e nós, quando
queremos entrar no mercado de vocês, pagarmos 16%".
O problema é que, sem esse bolsão
de proteção tributária, boa parte dos produtos europeus se tornariam preteridos
frente aos americanos, mais baratos e mais abundantes.
E, se quiser entrar pra valer na
concorrência, os europeus teriam que enfrentar chineses e japoneses, que
pressionariam ainda mais os seus preços e achatariam as suas margens.
Mas o problema não é nem tanto
esse; com uma população velha e que se acomodou ao estado de bem estar social e
ao arranjo de mercado que os protege dos predadores fora do continente, a
Europa definhou competitivamente.
Com exceção da própria Alemanha, da
Suíça e da Inglaterra, todos os outros não aguentariam a competição.
Sobreviveriam em alguns mercados de excelência, mas, na maioria, perderiam.
O que Trump pede? Justiça
tributária e comercial. O que a Europa pede? Regalias e uma balança desleal.
O problema (para os europeus) é que
finalmente alguém possui bolas grandes o bastante para dizer: "Se não for
assim, não será; e se preparem para pagar, por aqui, o mesmo que pagamos por
ai".
Estima-se que essa brincadeira
custe até 190 bilhões de dólares aos cofres europeus, apenas em sobretaxas aos
automóveis e caminhões leves.
Demarty, diretor geral do comércio
da UE, já demonstrou o seu desespero: "O bloco não quer jogar ainda mais
lenha na fogueira"; ele sabe que, se Trump quiser estender a todos os
produtos, a conta pode chegar a 1 trilhão.
A Europa responde com sobretaxas de
2.8 bilhões de euros aos produtos americanos. É aquele tipo de coisa que você
faz só para mostrar que não tem medo, ainda que todos saibam que você já borrou
as calças.
Parte dos países europeus pedem que
o bloco ofereça um acordo de livre mercado com os americanos; para os países
mais pobres é lindo: terão acesso a produtos mais baratos (as vezes melhores) e
fogem da ditadura alemã. Para a Alemanha? O golpe comercial mais duro dos
últimos 25 anos.
Há, inclusive, de acordo com o
próprio Demarty, ameaças de abandono do bloco, em favor de acordos ainda mais
favoráveis com os americanos. Mais um pesadelo para Merkel: tanto os Estados
Unidos quanto a China podem oferecer acordos comerciais muitíssimo mais
interessantes do que os Alemães.
Pouco a pouco a Alemanha se dá
conta: o desmonte do seu feudo é inevitável. Foi bom enquanto durou.
Os Chineses, aguardam
pacientemente; a abertura dos mercados representaria uma economia de 1.6
trilhão em acordos que eles estavam costurando para, a longo prazo, chegarem
aos mesmíssimos objetivos, com 20 anos de antecedência.
Para a Europa, há dois caminhos: se
abrir ou pagar o pedágio do seu protecionismo. Os países menores já anunciaram
que optam pela primeira opção; para a Alemanha, só resta um: ceder e
empobrecer. :)
OPINIÃO:
Sem dúvidas e acrescento: aí vem
muito mais, porquê para desgosto da esquerda diabólica, Trump marcha célere na
consecução de tudo o que que prometeu, mas não por ser imbatível, mas por
colocar o seu país à frente de qualquer projeto populista egoísta como alguns
politiqueiros mequetrefes daqui.
Por isso, pela visão de Estado é
que ele é realmente o cara.
Trump sempre disse "NÓS
podemos"!
A esquerdinha ladra e corrupta
daqui diz: "EU, sou o cara. Faço e aconteço"!
Nem que seja na cadeia!