GOVERNO DE
BRASÍLIA DESATIVARÁ LIXÃO DA ESTRUTURAL ATÉ OUTUBRO
Anúncio foi
feito por Rodrigo Rollemberg em entrevista coletiva nesta quarta (10) no
Palácio do Buriti
O aterro
controlado do Jóquei, conhecido como lixão da Estrutural, será desativado
definitivamente até outubro deste ano. O anúncio foi feito pelo governador de
Brasília, Rodrigo Rollemberg, na manhã desta quarta-feira (10), no Salão Nobre
do Palácio do Buriti.
O aterro controlado do Jóquei,
conhecido como lixão da Estrutural, será desativado definitivamente até outubro
deste ano.
O anúncio foi feito pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg,
na manhã desta quarta-feira (10), e pela diretora-presidente do SLU, Kátia
Campos.
“Considero
um salto civilizatório na história da nossa cidade. Era uma vergonha para
Brasília ter o segundo maior lixão do mundo, um lixão de triste história onde
houve todo tipo de atentado à dignidade humana”, declarou o chefe do Executivo,
ao lado da diretora-presidente do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Kátia
Campos.
“Faremos a
incorporação dos catadores de materiais recicláveis de forma produtiva,
adequada e segura nos centros de triagem”, completou Rollemberg.
A região da
Estrutural é utilizada desde a década de 1960 para depósito de lixo. O aterro
ocupa aproximadamente 200 hectares, está próximo ao Parque Nacional de Brasília
e a cerca de 20 quilômetros da Esplanada dos Ministérios.
Até o
início da operação do Aterro Sanitário de Brasília, em janeiro, a
área na Estrutural recebeu a totalidade dos resíduos da coleta domiciliar do
Distrito Federal. Segundo o relatório de atividades do SLU de 2016, 830.055
toneladas de resíduos foram depositadas no local no último ano.
830.055
toneladasQuantidade de resíduos depositada no aterro controlado do
Jóquei em 2016
O espaço
está na lista dos 50 maiores lixões a céu aberto do mundo. Fica na região do
Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA) — Estrutural, que se
formou, como mostra a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios de 2015 da região,
com pessoas que eram atraídas para o lixão em busca de meios de sobrevivência.
Nessa procura, alinhavam barracos para moradia.
Colocar
resíduos sólidos em lixões é considerado irregular pela Política
Nacional do Meio Ambiente, de 1981, e pela Lei
de Crimes Ambientais, de 1998.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei
nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, estabeleceu, entre outras imposições, que os
aterros sanitários somente poderão receber rejeitos — material que sobra após a
retirada de tudo que pode ser reaproveitado.
Lixão
começou a ser desativado em 2015
O processo
de desativação do lixão da Estrutural teve início em 2015, com a criação de um grupo de trabalho formado por diversos órgãos, que tem como
finalidade elaborar e executar o plano de intervenção que visa ao encerramento
das atividades irregulares.
Desde
então, várias medidas foram adotadas, como:
- autorização para entrada de
pessoal somente pela portaria principal
- registro de entrada e saída de
todos os catadores
- proibição para dispor resíduos
em local inadequado
- proibição da entrada de
alimentos vencidos ou a vencer sem descaracterização
- instalação de placas de
sinalização
- asfaltamento de uma das
entradas
- criação de área de convivência
- instalação de banheiros
químicos
- manutenção diária do
cercamento da área
Além disso,
são desenvolvidas programações de cunho social, como a seleção de catadores
para atuar como agentes de cidadania ambiental e a inserção de filhos desses
trabalhadores no programa Brasília + Jovem Candango.
Aterro
Sanitário de Brasília fica entre Ceilândia e Samambaia
Marco na
gestão dos resíduos no Distrito Federal e com operação iniciada em 17 de
janeiro deste ano, o Aterro Sanitário de Brasília está entre Ceilândia e
Samambaia. Ele foi projetado para comportar 8,13 milhões de toneladas de lixo
durante a vida útil de aproximadamente 13 anos.
Por
enquanto, ali é depositado cerca de um terço da produção diária de lixo do DF,
que vem das usinas de tratamento do SLU no P Sul (Ceilândia) e na Asa Sul
(Plano Piloto) e das áreas de transbordo de Brazlândia e de Sobradinho.
A
construção está dividida em quatro etapas. Apenas rejeitos são depositados no
local, que não conta com a presença de catadores, já que o material encaminhado
para ele não é mais passível de reciclagem.