SAMAMBAIA E A 2° MELHOR VISADA PARA ASSALTOS DENTRO DE ÔNIBUS

SAMAMBAIA E A 2° MELHOR VISADA PARA ASSALTOS DENTRO DE ÔNIBUS




Assaltos a ônibus no Distrito Federal aumentam 50% em um ano
Os roubos em coletivos são os crimes que mais registram alta no DF. Segundo rodoviários, as linhas da Estrutural e de Samambaia estão visadas
O motorista de ônibus Silênio Santos da Silva, 33 anos, viveu momentos de terror na linha 373.2, que cumpre o itinerário Rodoviária do Plano Piloto—Samambaia Norte. Com quatro anos de profissão, sofreu quatro assaltos ao volante de um coletivo. “É uma situação terrível. Eles (os bandidos) são muito violentos. Colocaram a arma na minha cabeça e pediram dinheiro. O cobrador já tinha dado o dinheiro todo e eles querendo mais, dizendo que atirariam, que matariam a gente”, lembra.

Os rodoviários brasilienses denunciam que os criminosos agem da mesma forma: entram em dupla ou trio, armados, rendem o motorista e o cobrador, e, depois de limparem o caixa, levam os pertences dos passageiros. Por causa disso, muitas vezes, esses profissionais passam reto nos pontos caso desconfiem de quem faz sinal para o veículo parar. De acordo com eles, Estrutural e Samambaia são as localidades mais perigosas para o ofício.

Após experiências traumáticas, o motorista Mário Ferreira, 53, pensou em largar o trabalho por medo de morrer. Em menos de um ano, ele sofreu dois assaltos dentro da Estrutural. Também teve o veículo apedrejado e ouviu ameaças de morte e de que teria o carro queimado. Atualmente em outra rota, ele não esquece o que passou. “Eles xingam a gente e ainda entram tirando onda com a nossa cara. A gente fica traumatizado. Eu gosto do que faço, mas, se eu tivesse de continuar lá, eu pediria demissão”, afirma.

A insegurança também faz parte da rotina dos passageiros. Desde que sofreu um roubo há dois meses na Via Estrutural, na altura da Cidade do Automóvel, a operadora de telemarketing Lilian de Moraes, 37, fica em alerta após passar a roleta. “Quando eles anunciaram o assalto, o motorista abriu as portas. Todo mundo ia descendo do ônibus pela porta do meio e a minha pasta caiu. Quando eu abaixei para pegá-la, ele pegou a minha bolsa. Agora, eu só ando olhando para os lados”, lamenta.

A auxiliar de serviços gerais Lauzinete Ribeiro, também 37, explica que, antes de sair de casa para pegar a condução na Estrutural, observa a movimentação da rua pela janela. “Quando eu ando para a parada, já vou tremendo. Tenho medo. E, no ônibus, também é perigoso, porque a gente não sabe quem entra disfarçado. Qualquer um pode estar com uma arma”, acredita.

Flagrantes

Levantamento da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social mostrou que o assalto a coletivos é o crime que mais cresceu no Distrito Federal no último mês. Os ataques aumentaram 49,4% em março, na comparação com o mesmo mês de 2015 — à época, 158 veículos sofreram roubos, enquanto, neste ano, o número subiu para 236. Se for considerado o primeiro trimestre de 2016, o delito cresceu 26,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

O diretor de Base do Sindicato dos Rodoviários do DF, Ismael Figueiredo, 38, reclama da falta de estrutura para garantir a segurança nas linhas de ônibus. Ele afirma que a categoria trabalha com medo e que, todos os dias, colegas relatam casos de violência. “A situação está precária. A gente fica exposto a várias situações. A abordagem da Polícia Militar deixa um pouco a desejar. Eles param a gente, pegam o nosso nome, mas não fazem revistas, não fazem o procedimento que eu acho que deveriam fazer”, queixa-se.

Correio Braziliense

A VERSÃO SEMPRE IGUAL DO GOVERNO DO DF:


ASSALTOS EM CASAS E EM ÔNIBUS TÊM ALTA NO DF.


Governador Rollemberg e a cúpula da Segurança Pública apresentaram os dados
Os roubos em residências cresceram 16,6% em 2015, elevando a quantidade de ocorrências de 517 para 603. Os assaltos   em coletivo,  por sua vez, aumentaram 34%  em novembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foram 256 registros para 191.  As estatísticas constam do balanço divulgado  pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social.
"Faremos uma ação integrada em que a PM intensifique as abordagens e a Polícia Civil  trabalhe no sentido de identificar autores contumazes para   tirá-los de circulação por meio de prisões", detalhou a secretária interina de Segurança, Isabel Seixas.
Desde o início de 2015 até o mês passado, policiais militares fizeram 45.973 abordagens a ônibus. De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Florisvaldo Ferreira Cesar, esse número aumentará em dezembro, por meio de uma operação   de fim de ano.
De acordo com ele, as estatísticas mostram que a maior incidência criminal vai das 10h  às 22h. "É nesse período que a gente tem que colocar nosso maior efetivo", observa. No comparativo dos 11 primeiros meses do ano, houve redução de   0,1% nos casos de roubo em coletivos — 2.144 em 2015 contra 2.147 em 2014.
Nos primeiros 11 meses de 2015, registraram- se 548 homicídios, o menor número dos últimos sete anos. Em relação a 2014, a diminuição foi de 14,4%, quando houve 640 assassinatos.
Outra  modalidades de crimes  apresentaram queda de janeiro a novembro em comparação ao mesmo período de 2014. 
Os latrocínios (roubos seguidos de morte) caíram de 44 para 40 (-9,1%).  A quantidade de roubos de veículos encolheu 33,8% (de 6.651 para 4.401) e a de furtos, 30% (de 14.805 para 10.364). O roubo em comércio teve decréscimo de 32,6%. 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília, com Agência Brasília







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