SAÚDE PUBLICA DO DF: GOVERNADOR ROLEMBERG E SEU SECRETÁRIO DE SAÚDE FÁBIO GONDIM PROMOVEM O FIM DAS UPAS.

GOVERNO ROLEMBERG E O ENTERRO DA SAÚDE PÚBLICA DO DF.
 UPAS são desmontadas por falta de visão administrativa do GDF.

Lançadas como parte da Política Nacional de Urgência e Emergência (2003)  no Brasil, as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) do Distrito Federal, aos poucos, estão sendo transformadas em simples postos de saúde. O desmonte é geral. A UPA do Núcleo Bandeirante já não atende mais na linha vermelha quando o paciente corre o risco de morrer. O desmonte faz parte do plano do Governo de Brasília para entregar o sistema de saúde à OSs. 
O deputado Ricardo Vale pensa em pedir a convocação de Fábio Gondim para dar explicações. Enquanto isso o povo segue morrendo por falta de atendimento.

Quem chega à UPA do Núcleo Bandeirante não consegue atendimento por falta de médicos. Ontem havia apenas 1 no plantão que deveria ser de dois médicos. O hospital de pronto atendimento desativou a chamada sala vermelha onde pacientes em risco de morte são levados para o atendimento de urgência. O Governo que conclama o DF para uma guerra sem trégua ao mosquito Aëdes aegypti, porém deixa as Upas sem o teste básico da dengue como ocorre no Núcleo Bandeirante. Quem chega na hora da morte ao hospital o único conforto dirigido por parte do atendente é : “ reza pra ser atendido”.

O Conselho Regional de Saúde, órgão deliberativo vinculado à Secretaria de Saúde, composto por representantes do governo, trabalhadores da área da saúde e da comunidade, foi informado do desmonte da Sala Vermelha da UPA/ NB. Em nota o CRS/Band afirma que vai tomar providências.

“Não vamos deixar que a nossa cidade seja lesada por pessoas que não têm compromisso com a nossa população. A UPA foi uma conquista coletiva. O Núcleo Bandeirante passou a ter um leito digno de internação, um RX e o melhor tempo resposta para emergências cardiovasculares com a chegada desta Unidade. Vidas foram salvas e como todos sabemos o HRGU nossa referencia de internação está constantemente com o atendimento restrito”, diz a nota.

A morte de cinco pacientes no decorrer de uma semana na UPA de São Sebastião e a falta de médicos e enfermeiros na Upa do Núcleo Bandeirante, bem como as interrupções no atendimento e ameaças de fechamento da Upa de Sobradinho são sinais de um projeto deliberado de desmonte do sistema para justificar a sua privatização. A entrega está a caminho.

O Decreto nº 37.080, de 25/01/2016 assinado por Rodrigo Rollemberg , determina que o o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e a Saúde Pública – GAMP, com sede em São Paulo, ficará responsável pela execução de projetos e programas de governo na Saúde Pública do DF. Em outras palavras, administrar os hospitais e postos de saúde da capital do país. Transformar a saúde pública em terra arrasada é a estratégia do Governo de Brasília.

A situação é tão grave que o pai do secretário de saúde Fábio Gondim, deu entrada no Hospital de Base neste domingo (28) fato publicado pelo Blog Agenda Capital , apresentando um quadro de angina, uma dor no peito devida ao baixo abastecimento de oxigênio (isquemia) ao músculo cardíaco e que pode levar ao infarto.

O paciente foi levado ao Hospital Publico por não possuir plano de saúde. Segundo informações apuradas pelo Agenda Capital, um dos filhos do paciente se indignou com a falta de atendimento, por ter que aguardar mais de 4 horas para realização dos exames de sangue. Segundo informações de enfermeiros o Hospital de BASE não dispõe dos reagentes necessários para realizar um simples exame de sangue, que é feito em apenas 40 minutos.

O deputado Ricardo Vale que travou uma grande briga com o governo de Brasília para impedir que a Upa de Sobradinho fosse fechada definitivamente em novembro do ano passado desconfia que há um plano meticuloso em curso visando o desmonte total do sistema de saúde público do DF para entregar, em seguida, as Organizações Sociais. “Isso é típico de governos privativistas. Primeiro quebra tudo para depois entregar de mão beijada um patrimônio que é função do Estado gerir”, analisou o distrital.

Ele lamenta que para conseguir o que quer o Governo de Brasília esteja levando ao sacrifício, e até mesmo a morte a população que recorre aos hospitais do DF. Ricardo Vale disse ainda que fará um pronunciamento sobre a situação e defenderá na Câmara Legislativa que o secretário de Saúde, Fábio Gondim seja convocado a dá explicações.


Da Redação Radar

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