Música, dança e contato fazem parte da programação, que
começa nesta sexta-feira (7)
Uma parceria entre a Secretaria de Políticas para as
Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Semidh), por meio da Coordenação
de Promoção dos Direitos das Pessoas Idosas (Codipi), e o Hospital da
Universidade Católica de Brasília (HUCB) oferecerá atividades gratuitas para
pessoas idosas lesadas pela doença de Alzheimer. O primeiro encontro será nesta
sexta-feira (7), a partir das 14 horas, no hospital, que fica em Taguatinga.
Os encontros ocorrerão sempre às sextas-feiras, durante o
período de um ano. O espaço comporta até 30 doentes, acompanhados de seus
cuidadores. "Nossa proposta com esta parceria é estimular a afetividade, o
aprendizado constante e o convívio social., situações fundamentais para o
envelhecimento saudável", afirma o coordenador da Codipi, Valério Tomaz.
Podem participar dos encontros não só os portadores da
doença, mas também cuidadores e familiares. A coordenadora do projeto pela
Universidade Católica, professora Lucy Gomes, explica também que é importante a
participação de crianças que sejam da família ou que conheçam os doentes.
"O estímulo afetivo remete a pessoa a momentos importantes, apagados pela
doença", relata.
O projeto trabalha com o auxílio da música, da dança, do
toque e do carinho, que propiciam aos pacientes comunicação não verbal, por
meio das expressões faciais e das atitudes corporais. "Esta é a chamada
biodança. Assim, é possível que se consiga diminuir os transtornos
comportamentais que freqüentemente atormentam as pessoas idosas com a
demência", explica a professora.
Uma das explicações para o bom resultado é que as ondas
sonoras provocam as ondas cerebrais, fazendo com que os doentes recuperem
sensações e sentimentos esquecidos. Os exercícios são realizados utilizando
músicas, preferencialmente da época deles. Além de promover uma melhora na
saúde do paciente, o objetivo é dar mais qualidade de vida ao cuidador.
Lucy Gomes lembra que o trabalho já é realizado há quatro
anos. Nos grupos anteriores, verificou-se que os pacientes com demência
melhoram seu comportamento, diminuindo a ansiedade e agressividade, e também o
déficit de memória. Verificou-se ainda, após exames de sangue, melhoras na imunidade,
o que favorece a diminuição do número de infecções.
Estímulo e terapia - A biodança foi criada na
década de 1960 pelo psicólogo e antropólogo chileno Rolando Toro como uma forma
de dar mais qualidade de vida a seus pacientes. A técnica mistura exercícios e
música para melhorar a saúde, a comunicação e estimular a criatividade. A
biodança trabalha com cinco linhas: vitalidade, sexualidade, criatividade,
afetividade e transcendência.
Postar um comentário