BRASÍLIA, TÚMULO DA CULTURA!
Em artigo especial para o
Brasília 247, o colunista Lelê Teles aborda a situação caótica da cultura no
Distrito Federal: ‘O Teatro Nacional Cláudio Santoro está fechado. O Museu da
República é somente a maquete de uma nave espacial. A moderníssima Biblioteca
Nacional não tem acervo disponível para o povo. Agora, os artistas da cidade se
perguntam, por onde andará Rollemberg?’, diz ele sobre o governador Rodrigo
Rollemberg (PSB)
Por Lelê Teles
A ALMA DE BRASÍLIA MORRE, EM
SILÊNCIO.
O Teatro Nacional Cláudio
Santoro está fechado. O Museu da República é somente a maquete de uma nave
espacial. A moderníssima Biblioteca Nacional não tem acervo disponível para o
povo, é uma mera sala de estudos, de luxo, para concurseiros.
O Polo de Cinema é uma
cidade fantasma. O Espaço Cultural Renato Russo está a ser devorado pelas
traças. O Museu de Arte de Brasília é um elefante manco, a Galeria Athos Bulcão
é só saudades, o espaço Mosaico e o Teatro Perdiz foram embora, o Balaio Café e
o Café da Rua 08 também.
Hoje em Brasília ouve-se
mais cigarras do que guitarras.
Uma ridícula Lei do
Silêncio, a tal Lei nº 4.092/2008, sufocou os artistas que cantavam em bares e
fins.
No último edital de apoio à
cultura, o FAC, os projetos vencedores não receberam um mísero centavo, levaram
calote. Há 28 anos a Secretaria de Cultura não realiza um concurso público.
Bares tradicionais e teatros
fecham suas portas às artes, o espaço cultural ocupado há mais de uma década
pelo tradicional e inventivo grupo Seu Estrelo será fechado pelo estado. Não há
cinemas e nem teatros nas cidades satélites.
Hoje Brasília é o túmulo da
cultura.