A INCRÍVEL MONTANHA DE DINHEIRO QUE O PT ARRECADA!

O PT, sozinho, arrecada em dinheiro o dobro de PSDB, PMDB e PSB somados.                            
                               

E por que, então, o partido quer proibir a doação de empresas privadas?


O PT quer acabar com as doações de empresas privadas a campanhas. Infelizmente, já há uma maioria no STF formada em favor dessa tese. Muito bem! Não é que o partido esteja se dando mal com o sistema em vigência, não! Muito pelo contrário! Segundo informam David Friedlander e Ricardo Mendonça, na Folha de hoje, empresas que tradicionalmente doam dinheiro para partidos políticos e que mantêm negócios com o setor público repassaram ao PT, no ano passado, QUASE O DOBRO DO QUE, ATENÇÃO!, DOARAM AO PSDB, AO PMDB E AO PSB! R$ 79 MILHÕES CONTRA R$ 46,5 milhões. Há quatro anos, o “Partido dos Companheiros” já tinha uma vantagem sobre os demais de R$ 9,4 milhões; agora, de R$ 33,2 milhões
Por que o PT quer tanto acabar com um modelo que o beneficia? Porque não gosta de privilégios? Ora…Quem aí acredita que, uma vez proibidas as doações privadas, elas não continuarão a ser feitas, mas por baixo dos panos? A Folha só conseguiu chegar aos números porque, afinal existe o registro. Quando não houver mais…
Leiam trecho da reportagem. Volto em seguida:
“Nos últimos dias, a Folha conversou com um consultor, um tesoureiro de partido, um empresário e dois executivos de construtoras. Eles só aceitaram falar anonimamente. Segundo eles, é difícil não dar preferência ao PT, que ocupa a Presidência. Como Dilma estava muito à frente nas pesquisas, a força da sigla para captar era ampliada. Caso a disputa presidencial fique mais acirrada, como sugerem as últimas pesquisas, a divisão de verbas tende a se equilibrar. “Quem trabalha com governo não tem preferência”, diz um alto executivo de uma grande construtora. “Precisa ser amigo de quem estiver no poder.” Um consultor com muitos anos de experiência em arrecadação define assim: “Para as empresas, a doação funciona como um investimento para ter acesso aos candidatos que elas ajudam a eleger”.
Retomo
Muito bem! Proibidas as doações privadas, o interesse desses financiadores de campanha vai desaparecer? É curioso o caminho que essa questão tomou: é como se a transparência incomodasse: “Vejam como empresas com interesse no governo doam dinheiro para partidos!”. Sim, é verdade! E quando a lei proibir? O tal interesse desaparece por força da interdição?
Nos últimos tempos, nota-se um aumento das doações de empresas. Não há explicação para isso a não ser uma: muita gente que apelava ao caixa dois ficou com medo de ver seu nome envolvido em alguma operação da Polícia Federal. Não se faz esse tipo de coisa sem recorrer ao serviço dos “Albertos Youssefs” da vida. Vale dizer: escolheram o caminho legal; preferiram sair da clandestinidade.
Daqui a pouco, a lei vai empurrá-las de novo para o submundo. E se viverá, então, a sensação de que a política foi moralizada. É uma piada!

Por Reinaldo Azevedo


E NÃOÉ SÓ ISSO!



Os 27 partidos políticos do país receberam até agosto deste ano, 2010, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um total de R$ 201,1 milhões. 
Os recursos vêm do Fundo Partidário, voltado à manutenção das agremiações políticas de todo o país. A verba do fundo, em sua maior parte, vem do Orçamento da União e fica sob administração do Tribunal. Até o final do ano, as legendas devem receber um total de R$ 326,1 milhões. As informações são do site Contas Abertas.
A quantia total destinada à cada agremiação é definida de acordo com a votação anterior de cada sigla à Câmara Federal. 
Os repasses, no entanto, podem ser suspensos caso não seja feita a prestação de contas anual pelo partido ou esta seja reprovada pela Justiça Eleitoral.
Este ano, os partidos PT, PMDB e PSDB lideram a lista dos maiores beneficiados. Até julho, o Partido dos Trabalhadores havia recebido R$ 24,1 milhões. O PMDB, no mesmo período, recebeu R$ 22,2 milhões. O PSDB, terceiro colocado, R$ 17 milhões. Coincidentemente ou não, os líderes nas pesquisas eleitorais em grande parte dos municípios (principalmente nas capitais) são destes partidos.
De acordo com Antônio Flávio Testa, cientista político da Universidade de Brasília (UnB), a dependência do fundo é maior conforme diminui o tamanho dos partidos. 
Para ele, quase todos usam o fundo para manterem sua militância e custearem despesas operacionais.
- Há pouca aplicação na formação de quadros e desenvolvimento político – disse Testa, ressaltando que a legislação diz que 20% do valor destinado às agremiações devem ser aplicados na criação e manutenção de institutos ou fundações de pesquisa, doutrinação e educação política. O cientista político também é contra um eventual crescimento do modelo de financiamento público das siglas.
- Deveria sim haver mais fiscalização e transparência sobre a aplicação dos recursos – afirmou. Segundo ele, o fundo deveria ser gerenciado profissionalmente, com a apresentação de um plano estratégico para aplicação dos repasses da União.

O Globo




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