O juiz da 7ª Vara Criminal de
Brasília aceitou a denúncia oferecida pelo MPDFT contra 19 acusados de
participação no Mensalão do DEM, esquema criminoso desbaratado pela operação da
Polícia Federal, que ficou conhecido como “Caixa de Pandora”.
Respondem à ação penal os réus: 1º)
José Roberto Arruda; 2º) Paulo Octávio Alves Pereira; 3º) José Geraldo Maciel;
4º) Durval Barbosa Rodrigues; 5º) Fábio Simão; 6º) José Eustáquio de Oliveira;
7º) Márcio Edvandro Rocha Machado; 8º) Renato Araújo Malcotti; 9º) Ricardo
Pinheiro Penna; 10º) José Luis da Silva Valente; 11º) Roberto Eduardo Ventura
Giffoni; 12º) Omézio Ribeiro Pontes; 13º) Adailton Barreto Rodrigues; 14º)
Gibrail Nabih Gebrim; 15º) Rodrigo Diniz Arantes; 16º) Luiz Cláudio Freire de
Souza França; 17º) Luiz Paulo Costa Sampaio; 18º) Marcelo Toledo Watson e 19º)
Marcelo Carvalho de Oliveira.
A decisão de recebimento da
pronúncia foi proferida no dia 10/4. O juiz determinou:
“(I) todos os acusados terão acesso
aos autos no balcão, evitando que a carga por uma parte impeça o acesso por
outra;
(II) sejam fornecidas às partes
cópia dos autos em versão eletrônica mediante a apresentação à serventia
judicial de suporte físico (CD, pen-drive ou HD, conforme a situação exigir);
(III) terceiros eventualmente
interessados em ter cópias dos autos só poderão obtê-las, em cartório, mediante
pedido escrito”.
Outra providência tomada pelo
magistrado foi a de quebra do Segredo de Justiça. “Considerando que alguns dos
acusados eram, à época dos fatos, responsáveis pela gestão da coisa pública,
não há motivo para que se decrete o sigilo dos presentes autos”, afirmou.
O processo entra agora na fase de
Instrução, na qual os acusados serão intimados e deverão, por meio de advogado
constituído ou da Defensoria Pública, apresentar defesa prévia e, se quiserem:
arguirem preliminares, oferecerem documentos e justificações, especificarem as
provas pretendidas e o arrolamento de testemunhas.
Histórico da Ação:
O comando Democrata do GDF à época,
Arruda e Paulo Otávio estão arrolados no processo.
A ação faz parte do Inquérito
650/DF, instaurado perante o Superior Tribunal de Justiça – STJ, em setembro de
2009, e que se transformou em ação penal (APN 707/DF) naquela Corte, em
6/8/2012, após o recebimento da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da
República. Em decisão colegiada datada de 5/6/2013, o STJ, ao apreciar questão
de ordem, decidiu pelo desmembramento do feito, preservando na sua competência
apenas o processamento e julgamento dos crimes imputados ao denunciado Domingos
Lamóglia, por prerrogativa de foro.
Por Chico Santana E Blog do Protázio
ARRUDA,LILIANE RORIZ,DURVAL BARBOSA E A ROUBALHEIRA!NADA MUDA?
A OUTRA PARTE DA HISTÓRIA QUE ALGUNS NÃO ESQUECERAM:
"O MESMO POVO QUE APANHOU, PEDE A VOLTA DE QUEM BATEU!"
ARRUDA,LILIANE RORIZ,DURVAL BARBOSA E A ROUBALHEIRA!NADA MUDA?
ELE SAIU DEBAIXO DE XINGAMENTOS E "OVACIONADO":
AGORA DIZ QUE SUA CANDIDATURA É "IRREVERSÍVEL"!
Entenda-se o povo!
José Roberto Arruda diz que sua candidatura ao governo de
Brasília é "irreversível". Arruda renunciou ao governo do Distrito
Federal, em 2010, depois de filmado recebendo dinheiro.
Em 2001, então senador, Arruda renunciou ao mandato. Por
envolvimento no escândalo de adulteração do painel de votação do Senado.
Agora, em comício e vídeo, Arruda diz: deixou o governo do DF
não pelo flagra recebendo grana, mas por ação das "forças do mal" e
da "maldade humana".
E, claro, Arruda informa ao distinto público: ele agora é um
homem "de fé" e está próximo de Deus.
Quem sabe não veremos Arruda na "Marcha da Família com
Deus"?
A vice de Arruda será Liliane Roriz. Liliane é filha de
Joaquim Roriz, que renunciou ao governo, em 2007, atolado em denúncias de
corrupção.(Ou, NÃO;já dizem que não será e que prefere ir para o Senado).
Liliane é irmã da deputada Jaqueline Roriz, que também
apareceu em vídeo.
Cena em que Durval Barbosa, delator do chamado
"mensalão do DEM", distribuía maços de R$ 50 mil.
Arruda anuncia ser candidato pelo PR. A vice, Liliane Roriz,
é do PRTB.
O presidente do PRTB, é o eterno candidato Levi Fidelix do Aero -Trem fantástico e surreal, e Luiz Estevão
Estevão, ex-senador, cassado por envolvimento no escândalo do
Fórum do juiz Lalau é o dono do partido no DF. Estevão fez um acordo: está devolvendo R$ 468 milhões aos
cofres públicos.
Arruda quer ainda o apoio de Paulo Octávio, do PP do igualmente indiciado e conde nado várias vezes pela justiça, Benedito Domingos. Paulo Octávio
foi governador de Brasília por 22 dias. Vice de Arruda e acusado de corrupção. Octávio também renunciou ao governo.
A candidatura Arruda é algo inacreditável, mesmo para os
padrões da política brasileira. E impõe algumas questões.
Sabe-se que o processo contra Arruda dormiu por anos no STJ.
Mas, ainda assim, pergunte-se: o que tem a dizer a justiça do Distrito Federal?
Como explicar, para um cidadão comum, a candidatura Arruda
& Cia?
Como um político filmado recebendo grana, depois preso, isso
já há 4 anos, vai disputar o governo da capital do país?
Essa candidatura leva também a outras perguntas, de endereço
geral: cadê a "indignação moral" com a corrupção? Onde estão o ímpeto
investigativo e o barulho?
Como Arruda & Cia, para não falar de tantos outros,
submergiu por 4 anos quase sem ser incomodado?
A candidatura de Arruda & Cia é um tapa na cara. Tapa na
cara não apenas da chamada "sociedade", que não aceita mais, e
coberta de razões, impunidade.
É tapa na cara da "moralidade" de ocasião. Da
"indignação" quando apenas usada para fazer política na falta de
ideias e projetos sólidos.
Velho e doente Joaquim Roriz tenta passar sua herança política para suas filhas, todas sem nenhum carisma
político a não ser o sobrenome do velho ex-governador.
Um discurso moral hipócrita quando não resiste às biografias
e nem ao espelho de tantos dos "acusadores".
Discurso que serve, tantas vezes, para apascentar a alma e o
fígado de ressentidos e recalcados.
A candidatura de Arruda & e Cia nasce do silêncio
cúmplice. E desnuda os que escolhem… o que deve ser condenado e o que deve e
precisa ser escondido.
Com texto em parte de:
http://esquerdopata.blogspot.com.br/
A OUTRA PARTE DA HISTÓRIA QUE ALGUNS NÃO ESQUECERAM:
"O MESMO POVO QUE APANHOU, PEDE A VOLTA DE QUEM BATEU!"
sábado, 12 de
dezembro de 2009
Três mil estudantes não se amedrontaram com bombas e
cassetetes e mandaram seu recado.
O governador de Brasília, José Roberto Arruda (DEM), mandou a
polícia reprimir com uma violência inaudita a manifestação de estudantes
organizada na quarta-feira, em frente ao Palácio do Buriti, contra os
escândalos de corrupção nos quais ele é o cabeça. Cerca de 3.000 estudantes
foram agredidos por 400 policiais e pela cavalaria da Polícia Militar. A
selvageria ordenada por Arruda feriu oito pessoas, entre elas uma menina de 12
anos, moradora de Valparaíso, que acompanhava a irmã no protesto. Estava na calçada,
em frente ao tribunal, e foi atingida nas pernas por cassetetes.
.De acordo com os manifestantes, o movimento transcorria
pacificamente em frente ao Palácio e recebia o apoio dos motoristas que
trafegavam pelo local, quando a polícia iniciou as agressões. “Apesar de todos
os carros que estavam parados estarem nos apoiando, a polícia quis repreender
os manifestantes. Começou uma grande confusão e daí se expandiu”, relata Levy
Brandão, integrante da comissão “Fora Arruda e sua máfia”.
.
Diversas faixas pedindo a saída do governador foram
estendidas pelos manifestantes. Uma delas tinha os dizeres “Arruda, seu lugar é
na Papuda”. Em referência à penitenciária da capital. O governador foi flagrado
em gravações feitas por um de seus secretários, recebendo um pacote de R$ 50
mil diretamente das mãos do seu funcionário. A Operação “Caixa de Pandora” da
Polícia Federal obteve e divulgou fartas imagens do governador e de seus
aliados recebendo pacotes e mais pacotes de dinheiro, indignando a sociedade.
Em nota, alegou que o dinheiro “era para comprar panetone para o povo carente”.
.O secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, foi
o funcionário que fez o acordo de delação premiada com a PF e gravou os filmes.
Calcula-se que o esquema tenha movimentado ao todo mais de R$ 500 milhões. Um
dos aliados de Arruda, o presidente da Câmara Distrital, Leonardo Prudente
(DEM), chegou a ser filmado guardando dinheiro em todos os bolsos e até em suas
meias.
.Foram onze os pedidos de impeachment do governador e de seu
vice, Paulo Otávio (DEM), também citado nos depoimentos como beneficiário do
esquema montado dentro do governo do Distrito Federal. A divisão era 40% para o
governador, 30% para o vice e o restante para os demais. Contudo, dos onze
pedidos a Câmara Legislativa do DF aceitou três que agora passam a tramitar na
Casa. Os pedidos de impeachment de Paulo Octavio foram rejeitados, porque a
Procuradoria da Câmara entendeu que o vice só poderia ser alvo de afastamento
se estivesse no exercício do cargo, segundo lei federal.
O local escolhido para o protesto contra Arruda foi
simbólico porque a administração de Brasília vem funcionando temporariamente na
cidade satélite de Taguatinga. O ato teve início com pronunciamentos de
políticos e representantes das entidades que compõem o “Movimento Contra a
Corrupção”. “Só conseguiremos tirar o governo local se houver mobilização
popular. É preciso conscientização para mudar todo esse esquema sujo”, afirmou
a presidente da Central Única dos Trabalhadores no Distrito Federal (CUT-DF),
Rejane Pitanga. Fizeram parte ainda do protesto, a UNE, a UBEs, centrais
sindicais e outras entidades populares.
.
Montados em cavalos e atirando com bombas de gás lacrimogenio
e balas de borracha, os policiais deram o início à agressão para dispersar os
manifestantes. Com cassetetes, eles foram ao encontro dos estudantes. Mas a
repressão não foi o bastante para coibir a manifestação. Os estudantes se
reuniram em outros lugares e se espalharam por todo o gramado até a Rodoviária
de Brasília.
.
Cenas chocantes mostraram um estudante deitado no meio da
pista sendo pisoteado pelos cavalos. Outro manifestante, arrastado para o
gramado, sofreu várias agressões. Os policiais usaram gás de pimenta para
afastar os jornalistas que filmavam a ação.
.
Com frases como “Arruda na papuda e PO (Paulo Otávio) no
xilindró” e outras, os ativistas caminharam entre os carros. Muitos motoristas
manifestaram apoio, buzinando e mostrando panfletos, ou adesivos, com os
dizeres “Fora Arruda”. A polícia bloqueou a passagem dos carros para poder
agredir os manifestantes. Foi o momento que eles atiraram com as armas de
borracha e lançaram bombas de gás.
.
A violência de Arruda foi repudiada por vários setores da
sociedade. O presidente em exercício da Câmara Legislativa do DF, Cabo Patrício
(PT), disse que a pressão pelo afastamento dos envolvidos vai continuar. O
Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) protestou e
convocou novos protestos. Durante o ato foram colhidas assinaturas pedindo a
abertura de impeachment contra o governador. A Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), que também já havia entrado com processo contra a dupla Arruda/Otávio
também protestou.
.
Entre as denúncias, Durval Barbosa revelou à Polícia Federal
que recebeu um pacote de dinheiro enviado por Sedex pela empresa de informática
CTIS “para chegar ao governador José Roberto Arruda (DEM) e demais pessoas”. Durval
fez chegar o pacote à Polícia Federal que iniciou as investigações. A CTIS
Tecnologia S/A é uma empresa que tem em sua direção o tucano Fernando Gusmão
Wellisch, que foi diretor de tecnologia do Banco do Brasil na administração
Fernando Henrique Cardoso e dirigiu a Secretaria de Coordenação e Controle de
Empresas Estatais, órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, no período em
que Serra foi ministro da pasta. A empresa tem um contrato para alugar 100 mil
microcomputadores ao governo de José Serra (PSDB), em São Paulo, no valor de R$
400 milhões.
.
Arruda, o preferido de José Serra para compor a vice em sua
chapa para as eleições de 2010, depois do flagrante, responde agora a processo
de expulsão do partido. O caminho da violência não vai impedir as punições ao
governador demista.
.SÉRGIO CRUZ
Original em Hora do Povo
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