NORDESTE VIOLENTO! POLICIAIS NÃO GANHAM TÃO MAL, MAS A VIOLÊNCIA SÓ CRESCE.

 Relatório divulga estados mais violentos do 

Nordeste; Pernambuco é 3°.


















 Os nove estados do Nordeste gastaram, juntos, pouco mais de R$ 9 bilhões com Segurança Pública em 2011, um incremento de 11,53% em relação ao ano anterior. A Bahia puxou as despesas da área, ao expandir os recursos em 30,81%, totalizando R$ 2,57 bilhões. Por outro lado, as verbas para o setor caíram 17,89% no Piauí, que aplicou R$ 239,77 milhões. Os dados fazem parte da 6ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), apresentado hoje (6) em São Paulo.
Alagoas continua sendo o Estado com maior taxa de homicídios dolosos no País, com 74,5 mortes por grupo de 100 mil habitantes. O número é 9,3% maior do que o registrado em 2010 e representa um total de 2.342 assassinatos no ano. A taxa cresceu 12,9%, 5,6% e 11,2% na Paraíba, em Sergipe e no Maranhão, respectivamente, atingindo 43,1 entre paraibanos, 32,1 entre sergipanos e 17 mortos a cada grupo de 100 mil habitantes maranhenses. Já Bahia, Ceará e Pernambuco viram esta taxa recuar 4%, 1,8% e 0,5%, chegando a 31,1, 30,7 e 36,7, na mesma ordem. Por outro lado, a Bahia é o Estado da região com maior número absoluto de homicídios dolosos: 4.380. Os dados de Piauí e Rio Grande do Norte não foram obtidos.
Os números do Anuário sobre ocorrências criminais foram conseguidos, em grande parte, a partir dos dados do Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública (SINESPJC), gerido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. O SINESPJC foi institucionalizado pelo projeto de Lei nº 12.681, de 2012, que cria o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp). O sistema, que representa uma grande conquista para o setor, ainda não é abastecido adequadamente por dois Estados da região: Rio Grande do Norte e Piauí. Além disso, os dados do Maranhão possuem baixa qualidade, não sendo reportados adequadamente.
É importante destacar que os dados criminais publicados pelo Fórum têm por fonte os registros policiais, que são qualificados conforme a qualidade e a confiabilidade das informações. Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Ser gipe estão no Grupo 1, de melhor qualidade dos dados; Maranhão está no Grupo 2 (baixa qualidade, mas que alimenta o SINESPJC); Rio Grande do Norte está no Grupo 3 (alta qualidade, mas não abastece o SINESPJC) e Piauí está no Grupo 4 (baixa qualidade e não alimenta o SINESPJC).



Sistema Penitenciário – Pela primeira vez, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública traçou um perfil do preso no sistema carcerário nacional. Dos 77,68 mil presidiários no Nordeste do País, a maior parte é de homens (94,1%) pardos (52,98%) com idade entre 18 e 24 anos (28,09%). A maior parte dos detentos, 10,23 mil, foram condenados a mais de quatro e menos de oito anos de prisão. Apesar de o Nordeste do País ter 77,68 mil presos, só há 44,62 mil vagas no sistema penitenciário local. Um total de 1,7 detentos por vaga. Em Alagoas e Pernambuco, entretanto, a situação é ainda mais critica, sendo que há 2,6 e 2,4 presos por vaga no sistema penitenciário. Boa parte do problema, segundo levantamento do FBSP, poderia ser resolvido com mais celeridade do sistema Judiciário, já que 37,77 mil dos detentos locais (48,63%) são presos provisórios, com casos ainda não julgados. Em Pernambuco, Sergipe e no Piauí, a parcela de presos provisórios, ainda aguardando julgamento, corresponde, respectivamente, a 58,7%, 65,6 % e 67,7% do total.

Força policial – O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2011 apresenta, também, o efetivo da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil no País de acordo com dados do Ministério da Justiça, Secretaria Nacional de Segurança Pública e do Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal (SINESPJC). Além disso, o anuário traz, pela primeira vez, informações sobre os salár ios dos profissionais de segurança nos mais diversos cargos. No total, há pouco mais de 150 mil profissionais trabalhando com Segurança Pública no Nordeste do País: são 112 mil policiais militares, 27,5 mil civis e 13,9 mil bombeiros. Pernambuco é o Estado com maior efetivo da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros, com 6 mil e 3,9 homens, respectivamente. 
Já a Bahia conta com o maior número de policiais militares, 31,9 mil. Na região, salário de um delegado da Polícia Civil pode variar de R$ 4.496,86 a R$ 23.615,30, sendo que os menores valores são pagos pela Bahia e os maiores por Sergipe. 
Já na PM, o salário de um coronel pode variar de R$ 7.694,45 a R$ 22.932,27, sendo que os menores salários são pagos no Ceará e os maiores no Piauí.

Da redação do jornalextra.com

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