INDEPENDÊNCIA OU PANCADARIA GERAL!



Um cenário de guerra sucedeu os desfiles de 7 de Setembro no DF. Em vez de protestos pacíficos, desta vez prevaleceu o conflito entre policiais e manifestantes. Os confrontos começaram na W3 Norte, em frente ao Brasília Shopping, no início da tarde.  De um lado, manifestantes mascarados, segurando pedaços de pau, pedras e tudo que pudessem  atirar. Do outro, policiais armados, com escudos, gás de pimenta e bombas de efeito moral. 

Durante a briga, os jovens chegaram a quebrar vidros de uma concessionária e de um restaurante. Além disso, tentaram invadir o shopping, mas foram contidos pelos  seguranças.

Após o tumulto, os manifestantes seguiram para o Conjunto Nacional, onde encontraram carros de retenção da polícia parados. A intenção era evitar que os protestos chegassem em frente ao Estádio Nacional, onde ocorreu o jogo Brasil x Austrália. Com a barreira, os jovens seguiram em direção à plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto, onde encontraram mais PMs. “Queremos um novo Brasil. Chega dessa palhaçada que acontece no Congresso. Chega de corrupção”, gritava a jovem Maria Dias, 19 anos. Ela e mais três amigas participavam pela primeira vez dos atos que tomaram conta do País desde julho deste ano. 

Black blocs

À frente dos protestos, os chamados black blocs, mascarados, puxavam o grupo. Durante o percurso, cones e placas do Detran que indicavam o esquema de trânsito foram depredados. A todo momento, provocações eram direcionadas aos PMs. A corporação, por sua vez, também não deixou em branco e chegou a apontar as armas para os jovens. Todo o trajeto foi acompanhado por helicópteros da polícia. “Não adianta. Não vão conseguir nos intimidar”, declarou um jovem que cobria o rosto com uma camiseta. Ele preferiu não se identificar. 


Pancadaria

Spray de pimenta, gás lacrimogêneo, cassetetes: valia tudo para conter os manifestantes. Do outro lado, jovens atacavam com pedras, paus e, até mesmo, garrafas e latinhas. “Não se desespere! Não se desespere!”, gritou um pai para o filho pequeno, que chorava em meio às brigas. O tumulto foi tanto que um fotógrafo da  agência de notícias Reuters caiu e quebrou a perna. Com a confusão, parte da imprensa tentou tirar satisfações da corporação, que agiu com a agressividade e, novamente, fez uso do spray de pimenta. Tudo aconteceu ao lado da Torre de TV.

Jornal de Brasília-DF

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