Em 1941, o grande artista francês Henri Matisse recebeu um diagnóstico devastador: câncer abdominal. Sobreviveu a uma cirurgia arriscada, mas as sequelas foram severas — cadeira de rodas, longos períodos acamado, dores constantes. Para muitos, seria o fim da criação. Para ele, foi apenas o início de uma nova fase.

Do seu apartamento no Hôtel Régina de Cimiez, em Nice, Matisse transformou a convalescença em renascimento. Entre muletas e lençóis, concebeu o projeto que chamou de “o culminante da minha vida”: a Capela do Rosário, em Vence.

Sem a força das mãos de outrora, armou-se de tesouras, papéis coloridos e uma imaginação indestrutível. Criou vitrais que banhavam o espaço em luz, murais de traços puros que transmitiam espiritualidade, e um mobiliário onde cada detalhe respirava fé.

A imagem de um corpo enfraquecido, mas de um espírito que continuava a criar mundos inteiros, tornou-se símbolo de resistência artística. Matisse não se rendeu. Trabalhou até o último fôlego, em 1954, provando que a verdadeira arte não nasce dos músculos, mas da alma.

O seu legado permanece como testemunho: quando o corpo cede, a determinação pode erguer monumentos eternos.

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