Há quase 50 anos nos confins do espaço, a Voyager 1 desafia o tempo…
E, mesmo com mais um milhão de anos de viagem, ela ainda não terá cruzado nossa galáxia.
E aquela linha vermelha? Ela marca o limite de sua jornada nesse período inimaginável.
Lançada em 1977, a sonda detém o título de objeto humano mais distante, agora a mais de 24,8 bilhões de quilômetros de casa. Desde 2012, navega pelo vazio interestelar a 61 mil km/h.
No entanto, na vastidão da Via Láctea, isso é apenas um passo.
Em um milhão de anos, ela ainda estará vagando pelo nosso vizinho Braço de Órion, praticamente nas redondezas de seu ponto de partida. Levará 40 milênios para fazer uma aproximação discreta de outra estrela e uma espantosa quantia de 400 milhões de anos para completar uma única órbita ao redor do centro galáctico.
Sua luz está se apagando. Alimentada por seu gerador nuclear (RTG), a Voyager ainda envia sinais para casa, mas a NASA prevê que o silêncio chegará por volta de 2030.
Quando a última conexão se perder, a Voyager 1 iniciará sua verdadeira missão eterna: uma viagem solitária e silenciosa através da escuridão, carregando para sempre o Disco de Ouro – uma cápsula do tempo da Terra, destinada a talvez nunca ser encontrada.
Postar um comentário