Na vida, aprender com as atitudes e formas de atuar dos outros é uma demonstração clara de humildade e vontade de evoluir.
Ontem assisti a dois jogos. Um time e um atleta entraram em ação quase ao mesmo tempo.
De um lado, um atleta que já conquistou tudo, venceu tudo e não precisa mais provar nada. Do outro, uma seleção que representa uma nação, com jogadores jovens e outros experientes. Ambos já foram referência e número 1 do mundo.
Ao assistir ao sérvio, vemos atitude, brilho nos olhos, fome e muita vontade. Cada jogo é uma chance de exercer sua profissão com garra e respeito. Mesmo chegando aos quase 40 anos, ele respeita seu público jogando e se preparando da melhor maneira. Ele gerencia sua carreira sabendo que cada detalhe impacta no resultado e na sua credibilidade. Não à toa, tem um Murray no seu banco e segue à risca a cartilha de fazer seu melhor todos os dias.
Assim que o jogo dele acabou, liguei a televisão para ver a seleção. E, por alguns momentos, pensei que, mesmo sendo esportes diferentes, o jogo deveria ser jogado com o coração da mesma forma. Por sorte, o adversário do Brasil nos fez perceber que o problema não era o futebol, e sim nossa atitude. Nosso planejamento. Nossa humildade.
Desde a declaração anterior, passando pelo quanto vimos o time não querer perder, até o conformismo com o resultado, ficou claro que não estávamos prontos para competir. Como atletas, fomos jogar. Não fomos ganhar. Em nenhum momento aquele jogo pareceu ser a coisa mais importante. Era apenas mais um jogo.
A seleção deixou, há tempos, de ser algo que brilha os olhos de jogadores, técnicos e dirigentes.
Na expressão de Djokovic e na seleção argentina, ontem, vimos as respostas. Vimos como o sérvio cuida da própria carreira. Vimos como se trata uma camisa cada vez que ela entra em “quadra”.
Djokovic ama futebol, todos sabemos disso. Ele também ama o Brasil. Fico imaginando o que ele achou da nossa organização e atitude. Certamente, achou que não entendemos nada de esporte.
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