VÍTIMA-PADRÃO DE
COVID-19 NO BRASIL É HOMEM, POBRE E NEGRO
Compilação de dados do SUS mostra perfil mais atendido em meio à pandemia de coronavírus
Dados coletados no
Sistema Sivep-Gripe, do OpenDataSUS, mantido pelo Sistema Único de Saúde,
apontaram qual a vítima-padrão da Covid-19 no Brasil. O levantamento feito pela
revista Época aponta que, de 54.488 vítimas, a conclusão é que a doença mata
mais pobres e pardos, mais homens que mulheres e mais jovens do que em outros
países onde a pandemia inviabilizou sistemas de saúde, como na Itália e na
Espanha. O censo foi encomendado através da consultoria Lagom Data.
Por meio do Sistema
Sivep-Gripe, é possível ler o que cada profissional da saúde escreveu na ficha
de cada paciente infectado pelo novo coronavírus no Brasil. A inserção tem uma
certa defasagem: na terça-feira 30, última coleta feita pela reportagem da
Época, eram contabilizadas 54.488 mortes, enquanto os números do Ministério da
Saúde estavam em 60 mil.
Confira os dados:
Dados
coletados no Sistema Sivep-Gripe, do OpenDataSUS, mantido pelo Sistema Único de
Saúde, apontaram qual a vítima-padrão da Covid-19 no Brasil. O
levantamento feito pela revista Época aponta que, de
54.488 vítimas, a conclusão é que a doença mata mais pobres e pardos, mais
homens que mulheres e mais jovens do que em outros países onde a pandemia
inviabilizou sistemas de saúde, como na Itália e na Espanha. O censo foi
encomendado através da consultoria Lagom Data.
Por
meio do Sistema Sivep-Gripe, é possível ler o que cada profissional da saúde
escreveu na ficha de cada paciente infectado pelo novo coronavírus no Brasil. A
inserção tem uma certa defasagem: na terça-feira 30, última coleta feita pela
reportagem da Época, eram contabilizadas 54.488 mortes, enquanto os números do
Ministério da Saúde estavam em 60 mil.
Sexo, idade e localização são as informações mais completas nas fichas pesquisadas. Com isso, é possível saber que 96% dos pacientes que morreram de Covid-19 após serem internados no Brasil viviam em zonas urbanas e quase seis em cada dez eram homens. A cor da pele é preenchida em cerca de dois terços das fichas e, apesar das lacunas, os números evidenciam o impacto da desigualdade.
Das vítimas cuja cor foi identificada, 61% constam como pardas e pretas, enquanto, segundo o IBGE, os pardos e pretos no país representam 54%. No Norte, 86% das vítimas eram pardas e pretas, um número proporcionalmente maior do que a desses fenótipos na população da região — que é de 76%. No Nordeste, eram 82% dos mortos, mesmo sendo apenas 70% da população, de acordo com o IBGE.
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