Um esquema milionário para rifar candidaturas pelo Brasil em
troca de dinheiro. É o que denuncia o Coronel Meira, candidato a deputado
federal pelo PRP em 2018.
Em entrevista ao “Portal de Prefeitura”, Meira afirma
que sua candidatura ao governo de Pernambuco foi retirada pelo PRP após
negociação feita entre o presidente estadual da legenda, Ernesto de Paula, e o
PSB do governador Paulo Câmara. Tudo teria sido apadrinhado pelo presidente
nacional da legenda, Ovasco Resende, ao custo de R$ 1,5 milhão.
Segundo Meira, também participaram da negociação, que ele
chama de “quadrilha” responsável por orquestrar as eleições no Nordeste, Julian
Lemos (PSL), Gustavo Bebianno, Antônio de Rueda (PSL) e o deputado
federal Luciano Bivar, presidente do PSL, que teria arrebatado um terreno no
Recife Antigo como pagamento das negociações.
A manobra fez o PRP retirar a candidatura de Coronel Meira,
passando a integrar a base de apoio do socialista Paulo Câmara, reeleito
governador.
Além da negociação no estado de Pernambuco, Bivar também
teria rifado a nomeação do General Augusto Heleno (PRP) ao cargo de
vice-presidente na chapa do Presidente Jair Bolsonaro (PSL), que segundo Meira,
não sabia das negociações.
“Ele (General Augusto Heleno) seria vice de Bolsonaro,
ficou tudo acertado, e aí na reunião que foi para definir e divulgar para a
imprensa, o Ovasco Resende disse que não daria o partido para ele ser vice de
Bolsonaro. Por que tinha acertado já com Luciano Bivar, que Luciano queria ser
o vice de Bolsonaro, aí ficou acertado um dinheiro, que dizem que foram três
milhões”, revelou Meira.
Segundo Meira, a reunião do PRP que não autorizou a
candidatura de Augusto Heleno aconteceu no Hotel Windsor, em Brasília.
Participaram dela o próprio Meira, a Deputada Bia Kicis (agora no PSL), o
General Paulo Chagas (na época pré-candidato ao governo do Distrito Federal),
Ovasco Resende (presidente nacional do partido), o General Augusto Heleno e
Adalberto Monteiro (presidente do PRP no DF).
“Na hora lá General Heleno deu um murro na mesa e disse que
sairia do partido”, disse Meira.
Atualmente, Augusto Heleno é ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro.
Atualmente, Augusto Heleno é ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro.
Por fim, Meira destacou está disposto a prestar
esclarecimentos às autoridades sobre os fatos narrados.