MARCONI PERILLO É PRESO PELA PF
ENQUANTO PRESTAVA DEPOIMENTO
Ex-governador é suspeito de receber
R$ 12 milhões em propina de empreiteiras. Prisão não ocorreu anteriormente em
razão da lei eleitoral
Ex-governador de Goiás Marconi
Perillo (PSDB) foi preso enquanto prestava depoimento à Polícia Federal (PF)
nesta quarta-feira (10/10), em operação que investiga pagamento de propinas em campanhas
eleitorais. A declaração dele estava marcada para as 15h, em Goiânia, mas
ele teria chegado duas horas mais cedo e entrado pelos fundos para evitar os
jornalistas.
O depoimento de Perillo já havia
sido adiado após pedido de sua defesa que pediu à PF para aguardar o fim das
eleições. O político disputava o cargo de senador, mas não foi eleito e por
isso está sem foro privilegiado.
No fim de março, cinco pessoas
foram presas quando a Operação Cash Delivery foi deflagrada: Jayme
Rincón, ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) e
coordenador financeiro de campanha eleitoral em 2010; o filho dele, Rodrigo
Godoi Rincón; Márcio Garcia de Moura, policial militar e motorista de Rincón; o
empresário Carlos Alberto Pacheco Júnior e o advogado Pablo Rogério de Oliveira.
Marconi Perillo é suspeito de
receber R$ 12 milhões em propina de empreiteiras para os pleitos eleitorais de
2010 e 2014. Em nota, a defesa do ex-governador se disse “perplexa” com o
decreto de prisão. “Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique”,
disse.
“O Tribunal Regional da Primeira
Região já concedeu duas liminares para determinar a liberdade de duas outras
pessoas presas nessa mesma operação, através de decisões de dois ilustres
desembargadores. O novo decreto de prisão é praticamente um copia e cola de
outra decisão de prisão já revogada por determinação do TRF 1. Na visão
da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento indireto dos
fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados”,
afirmou Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
Metrópoles.com DF
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