MAR DE LAMA BRASIL.
O resumo do mar de lama que inunda
os porões da República
2 ex-presidentes (Lula e Dilma) e 1 presidente da República (Michel
Temer)
16 governadores de Estado
167 deputados federais por 19 partidos
179 deputados estaduais em 23 estados
Um número ainda não especificado de Senadores da República.
1.829 políticos na soma absoluta da corrupção
Apostando em um futuro bom relacionamento com
prováveis candidatos que fossem eleitos em 2014, a J&F (holding
controladora do grupo JBS) destinou mais de R$ 500 milhões para ajudar a eleger
governadores, deputados estaduais, federais e senadores de todo o país, segundo
os delatores. Em um dos depoimentos que prestou ao Ministério Público
Federal (MPF), com quem firmou acordo de delação premiada já homologada pelo
Supremo Tribunal Federal (STF), o diretor de Relações Institucionais e Governo
da J&F, Ricardo Saud, entregou um levantamento detalhado em que aponta
todos os candidatos financiados pela empresa.
De acordo com Saud, o total em dinheiro
repassado por meio de “pagamentos dissimulados” alimentou as campanhas de 1.829
candidatos. Destes, 179 se elegeram deputados estaduais em 23 unidades da
federação e 167, deputados federais por 19 partidos.
O delator não deixa claro quais pagamentos
foram feitos via caixa 2 e quais foram doações oficiais. No depoimento,
divulgado após a retirada do sigilo da delação, ele dá a entender que os
valores citados se referem apenas às campanhas de 2014. Em outro depoimento, o
dono da JBS, Joesley Batista, também afirmou que a maioria
das doações feitas pela empresa tratava-se de propina disfarçada por
contrapartidas recebidas.
“Doamos
propina a 28 partidos”, contou Saud, admitindo que os mais de R$ 500 milhões
destinados a agentes públicos para as eleições de 2014 formavam um
“reservatório de boa vontade”. “Era para que eles não atrapalhassem a gente”,
afirmou.
O delator cita ainda que foram distribuídas
“propina para 16 governadores eleitos e para 28 candidatos ao Senado que
disputavam a eleição, a reeleição ou a eleição para governador”, acrescentou.
Segundo ele, os governadores eleitos pertenciam ao PMDB (4), PSDB (4), PT (3),
PSB (3), PP (1) e PSD (1).
Ao entregar a documentação aos procuradores,
Saud enfatizou a importância do “estudo” que fez por sua própria conta. “Acho
que, no futuro, isso aqui vai servir. Aqui estão todas as pessoas que direta ou
indiretamente receberam propina da gente.” Os documentos liberados pelo STF não
trazem a lista de todos os nomes que fariam parte deste levantamento aponta por
Saud.
A partir desse pressuposto, confirmada a íntegra da delação e
processados todos, as eleições gerais deveriam contemplar também os estados, na
intenção precípua de se manter um mínimo de respeitabilidade nos executivos e
legislativos estaduais implicados. O povo não vai perdoar a permanência de
corruptos em todos os níveis da Federação.
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