GDF NÃO TEM DINHEIRO PARA PAGAR DEVEDORES, MAS GASTA 27 MIILHÕES SÓ COM PASSAGENS NESTE ANO!








Não há dinheiro por exemplo, para resolver os problemas da Saúde Pública, como as UTIs e remédios de alto custo, mas para as viagnes, a gastança é soberba!
Em meio à crise financeira, que quase levou o Executivo a fatiar os salários dos servidores este mês, o Governo do Distrito Federal (GDF) gastou, durante os primeiros oito meses de 2017, em diárias, passagens e despesas com locomoção, mais que em todo o ano anterior. Os dados do Portal da Transparência mostram que, até o dia 23 de agosto deste ano, foram desembolsados exatos R$ 27.766.396,99. O montante é maior que o valor liberado para o mesmo fim nos 12 meses de 2016 — R$ 27,2 milhões.
O aumento dos gastos vai na contramão do discurso de austeridade que o Buriti vem pregando. Em fevereiro de 2016, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) determinou a redução desse tipo de despesa por meio do Decreto nº 37.121. A resolução proíbe as pastas de assumirem compromissos que impliquem em desembolsos com “passagens aéreas, diárias de hotéis, participação de cursos, congressos, seminários e afins”.
No entanto, os dados divulgados trazem valores altos, que chamam atenção. 
Há gastos com passagens e com viagens dentro do país da Secretaria de Saúde que chegam perto de R$ 1 milhão. Valores como R$ 835.074,98; R$ 424.366,08; R$ 202.613,32 e R$ 100.004,52 aparecem na lista publicada pelo Portal da Transparência. Procurada pela reportagem, a pasta afirmou que essas despesas são para o transporte de pacientes inscritos no programa de Tratamento Fora de Domicílio.
Outras pastas
Na Educação, o maior valor encontrado para viagens pelo Brasil foi de R$ 487.819,09, verba repassada a uma agência. Uma outra empresa recebeu exatos R$ 184.074,93 para organizar uma viagem de 127 professores e estudantes de escolas públicas e privadas do DF que participaram dos Jogos Escolares da Juventude 2016 e das Paralimpíadas Escolares 2016. O primeiro evento ocorreu em João Pessoa (PB), e o segundo, em São Paulo.
Na Secretaria de Cultura, a viagem mais cara custou R$ 143.635,66. O montante, de acordo com a pasta, bancou as passagens para a Bienal do Livro de 2016. A secretaria informou ainda que os recursos são fruto de emendas parlamentares repassadas ao órgão. Há também gastos nos valores de R$ 76.117,81 e R$ 42.673,21 não informados pela secretaria.
Viagens internacionais
Na Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer aparecem muitas viagens internacionais. Os gastos com passagens e despesas para outros países chegam a quase R$ 100 mil por trecho. Na lista, há os seguintes valores: R$ 83.4878,22; R$ 96.329,85; R$ 57.521,36 e R$ 76.363,34. Para viagens dentro do Brasil, há repasses ainda maiores: R$ 199.789,05; R$ 106.526,23 e R$ 296.642,30.
Procurada pelo Metrópoles, a pasta informou que os valores apontados correspondem a gastos de servidores e de atletas do Compete Brasília. “O programa tem como objetivo incentivar a participação de atletas de alto rendimento, inclusive deficientes, das mais diversas modalidades em campeonatos nacionais e internacionais”, completou.
Já o Governo do Distrito Federal garantiu que os R$ 27.766.396,99 incluem gastos de “órgãos independentes”, como a Defensoria Pública do DF e o Tribunal de Contas. “Nesse sentido, informamos que o valor realmente gasto neste momento é de R$ 15 milhões. Os dados disponíveis no Portal da Transparência englobam diárias, passagens e locomoção e também incluem outros itens, como frete e locação de veículos”, explicou a Subchefia de Relações com a imprensa, em nota.
“Precisamos entender porquê, para quê e com qual intuito esses servidores estão viajando em uma época de austeridade”, disse o professor da Faculdade de Finanças, Economia e Contabilidade da Universidade de Brasília (Face-UnB) José Carneiro.
Demais gastos
Em tempos de arrocho financeiro, outros gastos recentes de órgãos públicos têm chamado a atenção. Nas próximas semanas, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), por exemplo, vai desembolsar R$ 9,5 milhões em uma reforma no edifício-sede da Corte, localizado à beira do Eixo Monumental, na Asa Norte. O órgão ressaltou que o prédio não passa por mudanças há 30 anos e que a obra “é extremamente necessária e urgente”.
Em meio à falta de remédios, insumos básicos e de vagas em UTIs, a Secretaria de Saúde reservou R$ 10,6 milhões para gastar com móveis, como armários, cadeiras, estações de trabalho e mesas. A pasta diz que as aquisições são para “reorganizar a atenção primária da saúde” a partir da “expansão e da qualificação da estratégia Saúde da Família”.

METROPOLES.COM

SAÚDE DOENTE:


A saúde do DF está na UTI! Nessa mesma UTI faltam leitos para os pacientes em estado grave.

De acordo com dados do Portal da Transparência do Distrito Federal, ¼ das vagas estão indisponíveis, aumentando ainda mais o drama da população que depende dos serviços públicos de saúde.

A Saúde do DF conta com 353 leitos de UTI para internação. Entretanto, 78 encontram-se interditados, reduzindo para 275 o número de unidades disponíveis. Enquanto isso, a fila para uma vaga aumenta a cada dia.

De acordo com a própria Secretaria de Saúde, o déficit de leitos é devido a manutenção de equipamentos e falta de médicos para as UTI’s.

Para completar o descaso com a saúde, existe a epidemia de dengue que cresce sem controle no DF e o período de carnaval, época em que o abuso de álcool costuma movimentar os hospitais.

Mas, é sempre bom lembrar que a saúde do DF não está na UTI só por falta de leitos. Essa situação não vai melhorar tão cedo. Faltam médicos, remédios, infraestrutura e gestão.


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