Número de mamografias é reduzido e mulheres são expostas ao
câncer de mama
O acesso a exames de prevenção ao câncer de mama na rede
pública de saúde está restrito pela Portaria 1253/13, que tem deixado milhões
de brasileiras com menos de 50 anos, com maior risco de desenvolver a doença,
por falta de diagnóstico precoce.
A denúncia veio do Conselho Federal de Medicina (CFM),
Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Sociedade
Brasileira de Mastologia (SBM), que aproveitaram o Dia Nacional da Mamografia
(5 de fevereiro) para chamar a atenção do Governo e da sociedade para o problema.
A Portaria foi editada pelo Ministério da Saúde no ano
passado e passou a excluir o direito de mulheres de até 49 anos de realizarem
mamografia diagnóstica no Sistema Único de Saúde (SUS). A estimativa é que
40% das mortes de mulheres entre 40 e 49 anos seriam evitadas se elas pudessem
realizar a o exame gratuitamente.
ENTIDADES REPUDIAM POSTURA DO GOVERNO FEDERAL:
para Mulheres entre 40 e 70 anos. Para as entidades médicas, a portaria é
ilegal por contrariar a Lei 11.664/08 - que afirma que o SUS deve assegurar “a
realização de exame mamográfico a todas as mulheres a partir dos 40 anos de
idade”.
As entidades médicas alertam que a mamografia é um exame que
exige a comparação das duas mamas. Com a Portaria, pode-se interpretar que é
possível realizar a mamografia unilateral. Mas não há como selecionar um dos
lados a examinar sendo que a lesão procurada muitas vezes não é palpável.
Tampouco se pode admitir a espera de que o tumor cresça para se examinar a mama
com maior chance de câncer. Além disso, a chamada mamografia unilateral
reduziria pela metade o número de casos diagnosticados. Se esse despropósito
continuar, será inevitável o aumento de mortes e de retirada de seios
(mastectomias) que poderiam ser evitadas”, avisam as entidades médicas em nota.
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