TRANSAMAZÔNICA DE 1,5 BILHÕES DE DÓLARES.PRA QUE?
E PORQUE NUNCA SAI DO ESTADO ATUAL?
Quem viaja pela Transamazônica tem a impressão de trafegar sobre um esboço de estrada. O asfalto só existe em trechos esparsos e a sinalização é um luxo inexistente. Nos seis meses do verão amazônico, a falta de chuvas ajuda a secar os atoleiros e o tráfego flui em meio a grossas nuvens de poeira.
E PORQUE NUNCA SAI DO ESTADO ATUAL?
Para construir os 4 073 km da Transamazônica, o governo gastou 1,5 bilhão de dólares na época (hoje 7,7 bilhões de dólares). Não foi tarefa de pouca monta.
A obra foi quase toda em mata fechada e a extensão da estrada poderia cobrir todo o continente europeu, de Lisboa, em Portugal, a Kiev, na Ucrânia. Mais da metade da estrada, 2,2 mil km, não é asfaltada. Durante o período de chuva, de 6 meses, é quase impossível transitar ali.
A maior parte da via não tem sinalização e iluminação.
A partir de Marabá, no Pará, quando começa o trecho de floresta, surgem os problemas.
No Amazonas, dos 1,5 mil km de estrada, só 14 km são asfaltados. Nos anos 90, caminhoneiros indignados incendiavam as pontes de madeira, que costumavam ceder sob o peso das carretas. A maior parte dos rios da região é atravessado por balsas.
Em muitos trechos, a “estrada da integração nacional” é só uma picada. Na briga entre homem e natureza, nossa espécie perde por goleada (ainda que cada gol que marque represente uma séria devastação no frágil ecossistema amazônico).
Nos seis meses do verão amazônico, a falta de chuvas ajuda a secar os atoleiros e o tráfego flui em meio a grossas nuvens de poeira. Centenas de tratores ocupam-se de efetuar reparos em vários pontos. É um ritual que se repete há décadas no período da seca. Nos seis meses seguintes, quando a chuva não dá trégua, a natureza e o tráfego de caminhões se encarregam de destruir o pouco que foi consertado. Acaba a poeira, volta a lama. Os caminhoneiros já se adaptaram ao ciclo infernal.
PRÓXIMO A SANTANA DO ARAGUAIA-PA.
Quem viaja pela Transamazônica tem a impressão de trafegar sobre um esboço de estrada. O asfalto só existe em trechos esparsos e a sinalização é um luxo inexistente. Nos seis meses do verão amazônico, a falta de chuvas ajuda a secar os atoleiros e o tráfego flui em meio a grossas nuvens de poeira.
Centenas de tratores ocupam-se de efetuar reparos em vários pontos. É um ritual que se repete há décadas no período da seca. Nos seis meses seguintes, quando a chuva não dá trégua, a natureza e o tráfego de caminhões se encarregam de destruir o pouco que foi consertado. Acaba a poeira, volta a lama. Os caminhoneiros já se adaptaram ao ciclo infernal. "Quando as mangueiras e castanheiras começam a florir, é hora de voltar para casa", diz o gaúcho Alemar dos Santos, caminhoneiro há três décadas, que trabalha apenas na metade seca do ano. Os atoleiros tornam o frete tão caro que muitas vezes não vale a pena fazer o transporte.
Quem insiste acaba por enfrentar um rali na selva. "Para percorrer os mesmos 800 quilômetros, demoro oito dias no verão e 25 no inverno", diz o paraense Antonio Eduardo Figueira, cuja carga inclui peças de motocicleta e combustível.
Faz parte de sua rotina passar noites em atoleiros à espera de um reboque.
A Transamazônica, que passa por trinta municípios nos estados do Pará e Amazonas, está em situação igualmente precária. Em seu entorno mora 1,2 milhão de pessoas, a maioria delas no Pará. O trecho paraense concentra 60% da produção de cacau e 20% de gado do estado. Não há argumento ambientalista capaz de justificar a manutenção de tantos brasileiros no isolamento.
A Amazônia brasileira perdeu mais de 700 mi
l quilômetros quadrados de sua cobertura
florestal nas últimas quatro décadas. Isso
corresponde a uma área maior do que a da
França. O desmatamento da maior floresta tropical do planeta, e as
queimadas a ele associadas, são a principal contribuição brasileira ao aquecimento global. Por causa do
desmatamento, o Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases que provocam o efeito estufa.
O desmatamento da Amazônia tem várias
causas, mas o ponto de partida é quase
sempre a exploração predatória e ilegal de madeira. Com suas moto-serras e tratores,
madeireiros abrem a floresta virgem em busca das árvores de valor comercial.
l quilômetros quadrados de sua cobertura
florestal nas últimas quatro décadas. Isso
corresponde a uma área maior do que a da
França. O desmatamento da maior floresta tropical do planeta, e as
queimadas a ele associadas, são a principal contribuição brasileira ao aquecimento global. Por causa do
desmatamento, o Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases que provocam o efeito estufa.
O desmatamento da Amazônia tem várias
causas, mas o ponto de partida é quase
sempre a exploração predatória e ilegal de madeira. Com suas moto-serras e tratores,
madeireiros abrem a floresta virgem em busca das árvores de valor comercial.
Quando saem, deixam atrás de si um rastro de destruição, representado por uma floresta ressecada e incendiável e uma rede de estradas ilegais que será utilizada por posseiros e fazendeiros. O que sobrou de floresta será posto abaixo e queimado para a implantação de
pastagens para o gado ou campos de cultivo de soja e outros grãos.
pastagens para o gado ou campos de cultivo de soja e outros grãos.
"Alguns acreditam que a cara do Brasil é a Amazônia
Mas, na verdade; a Amazônia é a Alma do Brasil
Floresta Equatorial Tropical, és a floresta das florestas, com hegemonia
És, o paraíso! Tens, do mundo, a terra mais viva e fértil!"
(Hernandes Leão)
Mas, na verdade; a Amazônia é a Alma do Brasil
Floresta Equatorial Tropical, és a floresta das florestas, com hegemonia
És, o paraíso! Tens, do mundo, a terra mais viva e fértil!"
(Hernandes Leão)
Informações: parte, minhas viagens; outras, amigos do Face e Green Pe
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