A REDE GLOBO TORCE E DISTORCE... ATÉ NO FUTEBOL
O tempo passa, o tempo
voa e as organizações Globo não perdem o vício da parcialidade em seu
noticiário, agravado pela informação deturpada. Até nas páginas
esportivas encontramos tal deformação.
Quer ver um
exemplo? Na última quinta-feira, um dia depois dos jogos das
equipes cariocas na Copa Sul-Americana, que eliminou da competição Flamengo e
Botafogo, e classificou o Vasco, mandava o jornalismo honesto e
imparcial que se desse o devido destaque à vitória do Vasco, único vencedor e o
último time do Rio na competição, sobretudo porque reverteu um placar negativo
de 3 a 1, quando enfrentou o Aurora, na Bolivia, no
primeiro jogo, para uma vitória por 8 a 3, no jogo de volta, em São Januário.
Só o fato de uma
vitória por placar dessa magnitude já mereceria o devido registro, mas o Globo
Online ignorou solenemente e optou por destacar em manchete que a Copa
Sul-Americana não desperta interesse, e o subtítulo em letras pequeninas: “Vasco
é o único brasileiro ainda na competição”.
Quando você clica para
ler a matéria, a nova manchete é ainda mais perversa: “Eliminação de Fla e
Botafogo com reservas em campo mostra que Sul-Americana ainda não pegou no
Brasil”.
Perceberam a
má-fé? Bastou o Flamengo, time sabidamente do coração do fundador do
jornal, Roberto Marinho, e dos herdeiros do império, para que a competição
fosse relegada ao lixo, algo de somenos importância.
Além de maldosa, a
manchete induz o leitor a acreditar que o Flamengo foi eliminado porque escalou
uma equipe reserva, o que é no mínimo uma meia verdade. Qualquer torcedor
que acompanha o noticiário esportivo sabe que o Flamengo tomou uma lavada de
quatro a zero, do Universidad do Chile,jogando em casa, com seu
principal jogador em campo, Ronaldinho, o famoso R10 das baladas cariocas.
Ora, tendo levado uma
surra em casa do Universidad do Chile, o time nem em sonhos
teria como reverter esse placar lá em Santiago. Daí a opção pela
escalação de jogadores reservas. Estratégia, aliás, utilizada
por todas as equipes, inclusive o vitorioso Vasco, fato que passou despercebido pelos
autores da matéria.
A matéria tenta
desavergonhadamente justificar a eliminação do Flamengo com argumentos e
informações deturpadas. Além disso, usa a tática traiçoeira de desqualificar
a competição, como na história da raposa e as uvas. E já determinou que
ela não interessa aos clubes brasileiros, como se vê pelo tom afirmativo
da pergunta que submete à opinião dos leitores: “por que a Copa
Sul-Americana ainda não pegou entre os clubes brasileiros?”.
Não pegou porque o
Flamengo foi eliminado, responderam centenas de leitores nos comentários sobre
a matéria, que não estão mais disponíveis na página online do jornal. Claro, o
torcedor não é trouxa e odeia esse partidarismo clubístico do jornal dos
Marinho.
Está certo que se
queira criticar o calendário da Copa Sul-Americana, cujos jogos coincidem com a
reta final do Brasileirão, mas tentar justificar a eliminação do “time da casa”
e desmerecer a vitória de outro desqualificando a competição não é um
jornalismo ético... nem honesto.
E aí a gente fica
sempre com aquela dúvida: se no noticiário esportivo, o Globo torce e
distorce informações, de acordo com seu interesse, o que será que
ocorre no noticiário político e econômico? Respostas para a seção
de cartas do jornal.
PS. Não encontrei
ilustração ligando o Globo ao Flamengo, só a com o logotipo da TV Globo.
Mas acho que o leitor entenderá que não faz diferença.
PS2. Nesta
segunda-feira, o Globo voltou a mostrar seu partidarismo clubístico. Na
manchete sobre o Vasco: "Empate com sabor de derrota".
Sobre o Flamengo que tomou um baile em Porto Alegre, depois de estar vencendo
por 2 a zero: "Flamengo mais longe do título".
É ou não é uma
vergonha?
Fonte: