Mais de 16 mil comissionados do
governo Rollemberg serão atingidos pelo “decretão” que será assinado com
“caneta bic” pelo governador eleito Ibaneis Rocha e publicado no Diário Oficial
do Distrito Federal, no dia 1º de janeiro de 2019. Os comissionados, cuja
maioria é militante do PSB, partido do governador, já começam a limpar as
gavetas de seus postos de trabalho. Final de governo é sempre assim: sai o time
que perde e entra em campo o time que ganha
Desde o dia 28 de outubro, data que
foi demitido pelas urnas, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) se vinga de
outra maneira: já mandou publicar no Diário Oficial cerca de 1.000
demissões de funcionários que ocupavam cargos de livre provimento.
No entanto, ainda ficarão na
estrutura do governo mais de 16 mil pessoas que serão “degoladas” pelo decretão
do governador eleito Ibaneis Rocha.
Sem mais o que fazer, o governador
socialista, segundo apurou o Radar, deve ficar despachando no Buriti até o dia
20 de dezembro.
Em seguida, o governador derrotado
vai passar o natal fora de Brasília com a família e só retorna para
entregar a faixa ao seu sucessor no dia 1 de janeiro.
O novo governo entra em campo com a
proposta de substituir, de forma gradual, os comissionados que ocupam 70% dos
postos de trabalho na estrutura governamental por funcionários efetivos até o
fim do mandato.
Para isso Ibaneis terá que nomear
os aprovados em concursos públicos e realizar outros certames para a área de
educação, saúde, segurança pública e transporte.
Apesar do uso da “caneta bic” para
assinar o “decretão” o novo governo, por questões lógicas e operacionais,
demitirá e readmitirá em seguida grande parte de comissionados que ocupa postos
chaves dentro do governo.
Em janeiro de 2010, ao assumir o
cargo de governador, o petista Agnelo Queiroz provocou um “apagão” no primeiro
ano de seu governo por realizar demissões em massa. Rollemberg não usou do
mesmo modus operandi.
Preferiu continuar com
petistas mamando nas tetas do governo por um bom período até tomar pé da
situação.
O socialista só perdeu a eleição,
por ter escolhido um secretariado sem experiência, composto por “iluminados” da
UNB, que só conseguiram aprender alguma coisa já no finalzinho do
governo. Aí já era tarde.
A permanência de Rollemberg no
Buriti vai ater o dia 20 por ser também o prazo limite de encerramento das
atividades do governo de Transição.
RADAR DF, POR TONI DUARTE.