DIRETOR DE COLÉGIO PARTICULAR EM SAMAMBAIA AGRIDE PROFESSOR DENTRO DO SINDICATO.

DIRETOR DE COLÉGIO PARTICULAR EM SAMAMBAIA AGRIDE PROFESSOR DENTRO DO SINDICATO.


O Coordenador do Centro de Ensino Logos de Samambaia, Paulo Victor Bezerra atacou a socos o professor Cristiano Alexandre Batista, 36 anos, na sede do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF), no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), quando o docente tentava homologar rescisão contratual.
Cristiano relatou ao Metrópoles que o conflito se iniciou porque a escola quis descontar valor equivalente a três dias de trabalho da multa pela rescisão. Segundo o professor, a instituição alegava faltas não compensadas do profissional. Conforme argumentou o docente, ele não lecionou nesses dias por problemas de saúde.
“Tenho rim transplantado há 11 anos. No início do mês passado, tive intercorrências e precisei ir ao Instituto Hospital de Base (IHB). Por isso, faltei”, narrou Cristiano. “Inclusive, tenho dois atestados médicos. Um, de cinco dias, concedido em 3 de maio deste ano. O outro, de quatro dias”, acrescentou. O professor lecionou no colégio por nove meses e, segundo ele, foi demitido no mês passado.
Após contestar o desconto feito pela escola, Cristiano teria afirmado ao funcionário do Sinproep responsável pela homologação que faria ressalvas. Naquele momento, Paulo Victor supostamente se irritou. “Ele me chamou de ‘moleque’ e ‘irresponsável’. Falei que isso era ele. Aí fui empurrado e agredido com socos e pontapés”, relatou a vítima.
Ainda de acordo com Cristiano, o coordenador do colégio colocou a vida dele em risco ao chutá-lo próximo à região do rim transplantado. “Vou acionar a Justiça contra o desconto feito pela escola e por causa da agressão física”, finalizou, logo após ter registrado boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central).
O sindicato reprovou a atitude e prestou apoio ao professor. Inclusive, disponibilizou o próprio advogado para suporte ao docente. O diretor jurídico do Sinproep, Rodrigo de Paula, afirmou que colegas da rede privada de ensino organizam manifestação em frente ao Centro de Ensino Logos.

Outro lado
A reportagem questionou o advogado sobre o porquê de o coordenador ter continuado a desferir golpes mesmo após Cristiano cair no chão. “O Paulo tentou fazer com que ele (professor) não se levantasse, porque estava em momento de fúria. Se há um agressor, é o professor. Se há um agredido, é o Paulo, no aspecto moral, físico e emocional”, respondeu.
A nova legislação trabalhista diz que rescisões contratuais não exigem homologação nos sindicatos, mas podem ser feitas diretamente com o empregador. Apesar disso, o diretor jurídico do Sinproep afirma que o procedimento é realizado no DF por causa de uma convenção da categoria. Após a confusão, a homologação da rescisão do professor foi suspensa.
NOTA DO COLÉGIO
Colégio Logos em Samambaia.
Por e-mail, o Centro de Ensino Logos negou as agressões contra o docente: "O Centro de Ensino LOGOS, em nome do seu corpo diretivo, ressalta que os fatos mencionados na presente matéria pelo seu ex-colaborador não condizem com a verdade, tendo em vista que trata-se de uma instituição que atua no ramo educacional há 28 anos e sempre zelou, cuidou e cumpriu com todas as suas obrigações". A instituição também afirma que sempre cumpriu rigorosamente com todos os direitos cabíveis em relação aos seus colaboradores, pagando os tributos, impostos e outros concerctários alegados pelos professor, declarando ainda que "não passam de meras falácias".
O centro de ensino também frisou que "em momento nenhum o ex-colaborador foi demitido estando de atestado médico, mais uma vez trata-se de meras falácias por parte do professor. Portanto, a postura do preposto da instituição foi apenas se defender da fúria e palavras de baixo calão proferidas pelo professor, direcionadas ao preposto da instituição". E complementou dizendo que o agressor foi o docente Cristiano e não o sócio e advogado Paulo. "O Centro de Ensino Logos ressalta que o agressor não foi o preposto da instituição, na realidade o preposto da instituição foi agredido e insultado pelo professor. Em relação a agressão vale dizer que quem foi agredido foi o preposto da instituição pelo professor acima mencionado e que ao seu tempo a verdade será demonstrada".
SINDICATO REALIZOU ATO EM REPÚDIO A AGRESSÃO DE PROFESSOR
O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (SINPROEP) convida os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais para um Ato de Solidariedade nesta segunda-feira (11), às 7h, em frente ao Centro de Ensino Logos de Samambaia. A manifestação é um repúdio a agressão sofrida pelo professor Cristiano Alexandre Batista.

Cristiano lecionava no Colégio Logos há quase um ano e foi agredido pelo diretor da escola no momento que homologava seu contrato de trabalho na última quinta-feira (07), no SINPROEP. Segundo representantes do sindicato, a vítima lutava para ter seus direitos reconhecidos e quando teve a recusa do diretor da escola, foi agredido com vários socos.

O combate a todo tipo de violência contra um professor sempre foi uma das grandes lutas do Sinpro-DF. Tal violência representa uma ameaça à educação e ao futuro deste país.



Com informações de Metrópoles.com e 

Correio Braziliense

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