CASO VERGONHOSO QUE EXPÕE A PMDF ENQUANTO A POPULAÇÃO DO DF CLAMA POR SEGURANÇA!
Enquanto os bandidos fazem a festa, vejam o polpudo dinheiro que este "coroné" recebeu após reformado e acusado de irregularidades.
Com a nova função, ficou responsável por toda a gestão voltada ao
aparelhamento e ao pagamento da PMDF. Da compra de viaturas, coletes, rádios e armamentos
a obras e reformas de imóveis, tudo sob sua responsabilidade.
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CORONEL SUSPEITO DE CORRUPÇÃO
RECEBE CONTRACHEQUE DE R$ 539 MIL DA PM
Francisco Eronildo Feitosa foi transferido para a reserva em 26 de
janeiro. Pagamento se refere a benefícios e é legal, diz corporação.
Preso em 14 de novembro, após ser acusado de corrupção, o coronel
Francisco Eronildo Feitosa Rodrigues, que chefiava o Departamento de Logística
e Finanças (DLF) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), recebeu R$
539.346,69 líquidos em fevereiro deste ano. O valor consta no contracheque
expedido pela corporação no mês seguinte à soltura dele, autorizada pelo
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
Do total, R$ 200 mil são referentes ao pagamento de indenização de
férias, e R$ 255 mil foram identificados como ressarcimento de licenças
especiais. Francisco Feitosa ainda embolsou R$ 70 mil a título de ajuda de
custo, aponta o documento.
Ele foi solto em 25 de janeiro deste ano, um dia antes de ser transferido
para a reserva remunerada, com salário de R$ 17,6 mil. À época, a PMDF reforçou
que, como Feitosa tem 30 anos de serviço, a lei lhe assegura a aposentadoria.
Mas, em caso de condenação à perda do cargo, o benefício financeiro mensal será
suspenso, de acordo com a corporação.
Veja o contracheque do coronel Francisco Feitosa
O OUTRO LADO
Em nota, a PMDF disse tratar-se de valores de gratificação, o que ocorre
uma “única vez na carreira do policial militar”. Segundo a corporação, ajuda de
custo, licenças, férias vencidas e não gozadas por necessidade do trabalho são
benefícios acumulados ao longo do tempo de serviço e aos quais os integrantes
da tropa têm direito quando passam para a inatividade.
Por meio do advogado Carlos Henrique Nora Teixeira, o coronel Feitosa
disse que não se manifestaria sobre as cifras discriminadas no comprovante.
Para o fundador e secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello
Branco, embora a remuneração possa ser legal, a moralidade do pagamento é
questionável. “O problema é que foram criados tantos penduricalhos que surge
uma remuneração como essa. Há uma imoralidade latente”, afirma.
Sob o ponto de vista do cidadão comum, tanto a decisão que o soltou
quanto esse valor de meio milhão são imorais. Ambos passam a sensação de que o
crime compensa"
Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da ONG Contas Abertas
Envolvimento em fraudes
Francisco Eronildo Feitosa Rodrigues foi preso no âmbito da Operação
Mamon. De acordo com as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o coronel participava de um esquema
de cobrança de vantagens indevidas em contratos para prestação de serviços de
manutenção em viaturas da PM, além de burlar procedimentos licitatórios.
Antes de ter o pedido de soltura deferido em janeiro, porém, a defesa
enfrentou recusa do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do juiz Henaldo Silva
Moreira, da Auditoria Militar do DF. Agora, Francisco responde ao processo em
liberdade.
Segundo o defensor Carlos Henrique Nora Teixeira, a ação está em fase de
instrução, na qual as provas são colhidas e anexadas aos autos. O coronel é
acusado de concussão, crime no qual o funcionário público faz exigência, para
terceiros, de valores injustificados. A pena prevista para tal delito no Código
Penal Militar é de reclusão de 2 a 8 anos.
O Metrópoles apurou que outros militares lotados no departamento são alvo
da operação. As investigações foram realizadas pelo MPDFT com apoio da
Corregedoria da PMDF. A operação foi batizada de Mamon, termo derivado da
Bíblia, usado para descrever a cobiça.
O comandante-geral da PMDF, coronel Marcos Nunes, disse à reportagem que
a corporação está colaborando com as investigações e que não há o que esconder.
“Se crimes praticados por policiais militares forem confirmados, vamos cortar
na carne. A PMDF sempre foi reconhecida por ser uma instituição livre de
corrupção e será mantida assim”, afirmou
HISTÓRICO DE PROBLEMAS
Em janeiro do ano passado, mesmo depois de ser denunciado por crime
sexual e embriaguez em horário de trabalho — duas situações que foram alvo de
apuração interna e constrangeram a Polícia Militar —, o coronel Francisco Eronildo Feitosa
Rodrigues foi escolhido chefe do Departamento de Logística e Finanças
(DLF) do subcomando-geral da corporação.
Ele responde na Justiça por assediar duas mulheres, entre elas, uma
sargento da PM. O coronel está na Polícia Militar há 26 anos. Antes de ser
nomeado para o DLF, foi diretor de Execução Orçamentária e Financeira do
Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal, do subcomando-geral da
corporação.
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