METRÔ- UMA FONTE ANTIGA E PERMANENTE DE PROBLEMAS
METRÔ-DF: PARA ONDE VAI TANTO
DINHEIRO.
O Metrô-DF, carrega por dia em seus trens, aproximadamente 150 mil
passageiros, que esperam em média 5 minutos por cada partida em horários de
pique. Sem investimentos e apresentando sucessivas panes, fez acender o sinal vermelho
da falta de investimentos.
150 mil usuários
O sistema metroviário tem 23 estações e 42,3km de linhas que ligam
Brasília a Ceilândia e Samambaia, passando por outras cidades. Vinte vagões
transportam cerca de 150 mil passageiros todos os dias. Os intervalos dos trens
variam de 4min35 a 21min, de acordo com o horário, o dia e o percurso desejado.
Grande parte do percurso é feito sobre a terra e não atende a população da
parte norte do DF.
No entanto, em 2014, recebeu ainda no Governo Agnelo a promessa de 700 milhões
de reais em investimentos para melhorar seu atendimento a população, que vejam
o absurdo, chega apenas a 0,2% da população do DF atendida. Sem novas estações
e repletos de problemas, os vagões atuais sofrem para cumprir com um dia de
trabalho em estações completamente lotadas.
Aí fica a pergunta; se não acontecem os investimentos, para onde vai
tanto dinheiro inclusive de empréstimos feitos em Governos anteriores, como os
de Joaquim Roriz, junto a organismos internacionais?
Ninguém dará esta resposta com certeza!
Uma fonte permanente de problemas e
acusações de má gestão. Veja:
E EM 2002 JÁ DAVA PREJUIZOS.PODE?
Metrô causa prejuízo no DF devido à baixa demanda
ter, 01 out 2002 - 12:00 — frc.vfco
Notas de Imprensa
01/10/2002
Metrô causa prejuízo no DF devido à baixa demanda
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou à Coordenadoria Especial
do Metrô do Distrito Federal que adote providências para reduzir o prejuízo do
sistema metroviário, por meio de medidas que incentivem o aumento da demanda e
viabilizem o funcionamento do Metrô-DF na capacidade ideal. O Governo do
Distrito Federal (GDF) gasta, por mês, aproximadamente R$ 5,3 milhões com
manutenção e conservação do metrô, enquanto as receitas representam,
atualmente, por volta de R$ 750 mil, pouco menos de 15% do valor referente ao
contrato de manutenção.
Em prosseguimento ao acompanhamento da obra de implantação do Metrô-DF, o
TCU realizou auditoria abrangendo do segundo semestre de 2001 ao primeiro
semestre de 2002. A fiscalização teve como finalidade, também, a verificação
dos quantitativos das medições de serviços realizados nas obras e seu custo
real, nos termos solicitados pelo requerimento de auditoria da senadora Heloísa
Helena, encaminhado pela Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal.
Levando em conta a grande disparidade entre os objetivos, houve
desdobramento em duas auditorias, com finalidades específicas e equipes
distintas. Uma delas ficou a cargo da Secretaria de Obras (Secob), por sua
natureza voltada para a engenharia civil, e a que está em questão, sob a
coordenação da 5ª Secex.
Ficou constatado que o custo atual da manutenção e apoio à operação do
metrô apresenta-se, no momento, incompatível em relação às receitas. Além
disso, o ritmo irregular da realização do projeto tem trazido mais despesas com
manutenção, geradas por indesejáveis paralisações.
De acordo com relatório da unidade técnica, o valor mensal dispendido
pelo contrato de manutenção corresponde, aproximadamente, ao transporte de
120.000 passageiros/dia a R$1,50. Hoje, a média de passageiros transportados é
de 30.000 ao dia, sendo 25.000 pagantes, a uma tarifa de R$1,00. "Isso
sugere problemas no planejamento do metrô, pois são realizadas despesas agora
que só seriam compatíveis com cenários que estão muito além do verificado atualmente",
mostra o relatório.
Para o ministro Adylson Motta, relator do processo, para que o sistema
torne-se viável economicamente, "é necessário que haja grandes fluxos de
passageiros e isso explica o fato de praticamente todos os sistemas
metroviários do mundo serem deficitários. Todavia, o problema do Metrô do
Distrito Federal é a magnitude do atual déficit".
A unidade técnica afirma que o valor do investimento realizado é o
principal imperativo para a urgência na elevação do número de usuários do
sistema. Esse custo corresponde a, aproximadamente R$ 2,135 bilhões, o que
representa, mais ou menos, um investimento de R$ 142 mil por usuário
beneficiado.
Os estudos de origem/destino dos usuários de transporte no DF permitem o
estabelecimento de uma demanda potencial para o metrô muito superior à
verificada atualmente, porém, a falta de integração das malhas de transporte
não permite atingir essa demanda. Dessa forma, o tribunal entendeu que os
recursos federais, a serem direcionados para o metrô, devam priorizar a
conclusão das obras que viabilizem a integração ônibus/metrô.
O ministro relator afirma que, para que o sistema torne-se viável,
"é necessário que haja uma grande integração com a malha viária e o
transporte coletivo rodoviário, haja vista que estes servem como indutores ao
sistema metroviário. Tal fato, conforme constatado, não está ocorrendo".
O TCU determinou o encaminhamento de cópia do relatório ao Tribunal de
Contas do Distrito Federal (TCDF) para uma análise mais profunda no que se
refere à manutenção do empreendimento, custeada pelos cofres do GDF, e que não
sejam alocados recursos da União para a atividade de manutenção e operação do
metrô, diante das dúvidas quanto à forma como os serviços foram contratados e
como são acompanhados pelo Metrô-DF.
Ao Ministério dos Transportes, o TCU determinou que, ao liberar recursos
para o projeto, leve em conta a conclusão do trecho Taguatinga/Ceilândia, que
vem sofrendo inúmeros problemas de interrupção retardando a execução do
empreendimento, e a integração ônibus/metrô. A aquisição de novos trens deverá
ser realizada de acordo com o ritmo de ampliação da demanda.
A Coordenadoria Especial do Metrô-DF deverá acrescentar, aos seus
relatórios trimestrais de acompanhamento, quadro contendo a posição atualizada
do cronograma físico-financeiro de todo o empreendimento, desdobrado em parte
executada e a executar e contendo o esquema dos recursos financeiros,
compatibilizados com suas respectivas aplicações. Deverá acrescentar também
quadro de usos e fontes, contendo o resumo dos valores executados e o
detalhamento dos recursos financeiros utilizados, referente ao período
trimestral sob exame. Além disso, deverá utilizar o valor relativo à
Bonificação e Despesas Indiretas (BDI) de 41,21%, para que haja clareza nos custos
unitários constantes da planilha de quantidade e preços, que são aqueles que
devem ser comparados com os de mercado.
Serviço:
Dispomos de cópia do relatório, voto e acórdão
TC-009.067/2002-7 Plenário
E TAMBÉM JÁ TINHA DEFICIT DE
PESSOAL EM 2009
CORREIO BRAZILIENSE
12/08/09
Uma rotina de insegurança
Metrô DF conta com 139 agentes de segurança, quando o número ideal seria
350, de acordo com o Sindicato dos Metroviários. Há três semanas, briga em
estação poderia ter acabado em tragédia.
Dois homens discutiram na estação do metrô. Na briga, um tentou jogar o
outro nos trilhos. A ação deveria ter sido impedida por agentes de segurança da
estação. Eles têm poder de registrar ocorrência, prender autores de crimes e
entregá-los à polícia. Mas não havia nenhum desses funcionários no local no
momento do incidente. Isso porque a Companhia do Metropolitano do Distrito
Federal trabalha com menos da metade dos agentes de segurança que deveriam
compor o quadro de trabalhadores. Assim, não é incomum passageiros serem
assaltados, molestados e, ainda, correm riscos de cair nos trilhos em meio às
discussões alheias.
O número de agentes de segurança do Metrô DF está defasado em 60%,
segundo o diretor de assuntos jurídicos do Sindicato dos Metroviários do DF
(Sindimetrô), Carlos Alberto Cassiano. O sistema conta apenas com 139
trabalhadores de segurança para as 23 estações em funcionamento. A quantidade é
ainda inferior à existente antes da inauguração de 10 estações no ano passado,
em Ceilândia e na Asa Sul. Até março de 2007, o sistema transportava, por dia,
cerca de 50 mil pessoas. À época, 199 agentes faziam a segurança das estações.
Mas, atualmente, a quantidade de passageiros triplicou. O horário de
funcionamento (1 foi estendido e o número de agentes de segurança não
acompanhou o crescimento. Pelo contrário, diminuiu.
De 199 agentes, o número caiu para 139 para atender cerca de 150 mil
pessoas por dia. “Algumas pessoas saíram porque passaram em outros concursos
que têm plano de carreira, coisa que não existe no Metrô. Só nos últimos meses,
30 agentes pediram para sair”, explica o diretor do Sindimetrô. Para garantir a
segurança dos milhares de passageiros que circulam todos os dias pelo
transporte sobre trilhos, o número ideal seria de 350 agentes. Ou seja, 210
profissionais a mais. E, de acordo com o sindicato, não há mais aprovados no
banco de reservas para fazer a reposição de funcionários. “O cadastro de
reserva já se esgotou. Eles preferem esperar por outros concursos a ficar no
metrô, onde os salários não têm previsão de aumento”, afirma Cassiano.
Para o Sindimetrô, a quantidade mínima de funcionários de segurança que o
metrô precisaria é 271 agentes. “Mesmo assim, eu, como sindicato, teria um
problema com os trabalhadores, que trabalhariam no esquema 4-2-4 (quatro dias
trabalhados, duas noites e quatro folgas). Eles não gostam desse ritmo, por que
não se acostumam com o horário”, alega o diretor do Sindimetrô.
Um concurso foi realizado, em 4 e 5 de julho, para a contratação imediata
de 100 funcionários do Metrô DF. Desses, 66 vão ser operadores de máquinas. Os
outros devem ser divididos entre os cargos de agente de apoio aos pátios, de
estação e de segurança operacional; piloto; inspetor de tráfego e de segurança.
A partir desta seleção, será feito um cadastro reserva de 631 pessoas para os
níveis fundamental, médio e superior. Mas um impasse burocrático pode atrasar a
nomeação dos profissionais. “O edital teve de ser refeito duas vezes por causa
de erros. Uma ação do Ministério Público tenta impedir a terceirização da
bilhetagem do Metrô, mas a companhia insiste. Se isso acontecer, o Metrô vai
ser multado em R$ 1 mil por empregado contratado. E até que se resolva esse
impasse, os aprovados não serão convocados ”, explica Carlos Alberto Cassiano.
Tumulto
A discussão entre dois homens na estação da 114 Sul aconteceu há três
semanas. Segundo o enfermeiro Ivan Rodrigues, 34 anos, que presenciou a briga,
havia quase 100 pessoas na área de embarque e desembarque à espera dos vagões.
Trabalhadores voltavam para casa e crianças saíam da escola. Eram
aproximadamente 18h, horário de pico no metrô. Um homem de aproximadamente 40
anos esbarrou em outro, de 30. Um não gostou e retrucou. Durante 10 minutos,
bateram boca na estação. Ninguém da segurança apareceu para apartar a
discussão. As pessoas esperavam, apreensivas.
Os ânimos se exaltaram e os dois partiram para a briga. Os passageiros
tentaram se afastar, mas a estação estava lotada. No tumulto, um vigia de
patrimônio (2) apareceu para controlar a confusão. “Mas foi em vão. Um dos
homens era muito forte e não queria parar. Durante a briga, ele tentou jogar o
outro nos trilhos do metrô. Um perigo, porque eles são energizados. A briga só
acabou porque homens de bom senso que estavam em volta ajudaram a segurar os
brigões”, descreve o enfermeiro e morador da Asa Sul, que usa o meio de
transporte todos os dias para ir ao trabalho em Ceilândia.
Assédio no vagão
Um drama pior foi vivido por uma amiga de Núbia Raquel Dias Fernandes, 30
anos. Na última segunda-feira, a mulher foi molestada por um homem dentro do
vagão. “Ela estava de saia e o senhor estava sentado ao lado dela. O vagão não
estava cheio. O homem passou a mão na perna dela. Ela achou que havia sido
acidentalmente, mas ele repetiu o ato”, conta a diarista, que mora em São
Sebastião. “Minha amiga se levantou assustada e saiu de perto dele. Mas ela fez
errado. Deveria ter descido e avisado aos seguranças do metrô.”
A Companhia do Metropolitano do DF, por meio de assessoria, confirma que
a quantidade de agentes de segurança é insuficiente, mas não divulga os
números. E alega que o sistema de segurança do metrô mudou com a instalação de
câmeras de filmagem. Segundo a assessoria, as imagens das estações são
controladas pelos funcionários e, a qualquer movimento estranho, a viatura do
corpo de segurança é convocada. Casos de assaltos ou atitudes suspeitas devem
ser avisados aos responsáveis pelo Metrô. A assessoria também não soube
informar sobre a briga entre passageiros.
1 - TODOS OS DIAS
O metrô funciona das 6h às 23h30, de segunda a sexta-feira. Nos fins de
semana e feriados, abre às 7h e segue até as 19h. A passagem custa R$ 2.
2 - PROTEÇÃO
Vigilante patrimonial, como o próprio nome diz, é um profissional
especializado na proteção do patrimônio. É ele que vai impedir que alguém
destrua o estabelecimento, ou, por exemplo, piche as estações do metrô.
O QUE DIZ A LEI
O artigo 4 da Lei 6.149, de 2 de dezembro de 1974, dá autonomia ao corpo
de segurança do metrô de colaborar com a polícia local para manter a ordem
pública, prevenir ou reprimir crimes e contravenções penais nas áreas do
serviço de transporte metroviário. Cabe ao agente de segurança remover os
feridos para pronto-socorro ou hospital; prender autores de contravenções
penais e apreender objetos que tiverem relação com o fato, entregando-os à
autoridade policial local; e isolar o local para verificações e perícias, se
possível e conveniente, sem a paralisação do tráfego. Em qualquer dos casos, o
corpo de segurança do metrô lavrará boletim de ocorrência, encaminhando-o à
autoridade policial competente, em que serão consignados o fato, as pessoas
nele envolvidas, as testemunhas e os demais elementos úteis para o
esclarecimento da verdade.
O número
100 funcionários
Número de aprovados em concurso realizado em julho para o Metrô DF
E O TREM DO ENTORNO, PORQUE NÃO
SAI?
QUARTA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2009
TREM DO ENTORNO
PROPOSTA DE TRENS DE PASSAGEIROS
ENTRE A RODOFERROVIÁRIA E LUZIÂNIA É RETOMADA
Gabriela Lima
Publicação: 23/09/2009 17:47 Atualização: 23/09/2009 17:58
Acabar com a superlotação dos ônibus que atendem o Entorno Sul do
Distrito Federal e, de quebra, reduzir a quantidade de veículos nos
engarrafamentos da BR-040. Esses seriam os benefícios da instalação de uma
linha suburbana de trem, que iria da Rodoferroviária de Brasília até Luziânia
(a 58 km de Brasília). O projeto não é novo, mas foi apresentado na manhã desta
quarta-feira (23/9) pelo senador goiano Marconi Perillo (PSDB), durante café da
manhã com o governador do DF, José Roberto Arruda.
A idéia é reaproveitar os trilhos da ferrovia que já existe nesse trecho.
Atualmente, a linha é utilizada apenas por trens de carga. Para o senador, ela
poderia servir também ao traslado de pessoas, como uma alternativa ao
transporte coletivo rodoviário.
Para o secretário de Transporte do DF, Alberto Fraga, a proposta é
viável. "Teríamos alí um grande corredor de passageiros. É necessário
levantar os custos", disse. A secretaria vai procurar o Ministério dos
Transportes para desenvolver um projeto em conjunto.
Além de Fraga, participaram do evento os secretários do GDF Augusto
Carvalho (Saúde), José Humberto (Governo) e Valdivino de Oliveira (Fazenda),
além de deputados da bancada goiana e de prefeitos de cidades do Entorno.