Pais de crianças assassinadas recorrem a familiares para suportar a perda.
A mãe busca conforto na Bíblia. Eles lembram o talento
musical de João e de Drielly e pretendem consolar amigos do caçula.
Sentados lado a lado, Márcia Machado da Silva, 43 anos, e
Valdir Santos, 45, pareciam constantemente trocar forças para suportar a dor da
perda dos dois filhos mais novos, João Guilherme da Silva, 9 anos, e Drielly da
Silva, 13 anos, mortos após um incêndio criminoso, na última segunda-feira, em
Ceilândia. O casal, junto há 25 anos e casado há 18, passou o tempo todo da
conversa com o Correio de mãos dadas e trocando olhares carinhosos, falando
inúmeras vezes de como contam com o apoio da família para se recuperar.
Assim estão ao lado de familiares e dividindo as dificuldades com os amigos.
Unidos ao filho Marcos Paulo da Silva Santos, 20 anos, eles
se mudaram temporariamente para a casa da avó materna do jovem, onde ainda
estão a filha mais velha do casal, o genro, a irmã de Márcia, o cunhado e os
sobrinhos. “Minha outra filha não está aqui porque ficou muito abalada. Nós
preferimos que ela fique na casa dela para se acalmar”, conta Márcia.
Correio Braziliense.
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